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— Ilka! Você ficou sabendo? – Emma exclamou, sentando-se ao lado da loira.

Os estudantes de Hogwarts estavam tensos naquela manhã, era perceptível que algo estava errado, alguma coisa havia acontecido durante a noite.

Ilka estava sentada no longo banco da mesa de Sonserina, comendo calmamente um bolinho de abóbora de café da manhã. Desviou o olhar de seu bolinho por um minuto para encarar Emma, que estava devidamente uniformizada e carregava alguns livros no braço.

— Bom dia para a senhorita também – comentou a menina para a amiga, que parecia ansiosa ao seu lado. – Não estou sabendo de nada, mas parece que as pessoas hoje estão esquisitas, o que aconteceu?

— Parece que alguém trouxe uma criatura da floresta proibida para dentro do castelo ontem. Cerca de seis alunos se machucaram e estão na enfermaria – revelou a ruiva.

— Seis? Por Merlin... Espero que se recuperem. Alguém que nós conhecemos se feriu? Devo me preocupar?

— Por incrível que pareça nenhum aluno da Sonserina se feriu.

Ilka não pôde deixar de fazer a ligação de toda aquela situação a Tom e a cena na câmara secreta no dia anterior.

Ela sabia que Tom voltaria lá e provavelmente tentaria controlar o basilisco mais uma vez, mas não imaginava que seria ainda no mesmo dia, também nunca pensaria na possibilidade de o garoto soltar uma criatura como aquela na escola.

— Você viu Tom por acaso Emma? Os professores confiam bastante nele, certo? Então ele deve estar envolvido de alguma maneira com esses alunos que foram feridos – questionou discretamente.

— Quando estava saindo do dormitório, eu o vi conversando com o professor Slughorn perto da sala de poções. Quer que eu vá com você? Se quiser eu posso tomar o café da manhã bem rapidinho e já te acompanho.

— Não precisa, pode terminar o seu café da manhã tranquilamente. Eu vou oferecer meu apoio e ajuda a ele. Caso você chegue primeiro que eu na aula de defesa contra as artes das trevas guarde um lugar para mim, por gentileza – despediu-se Ilka, terminando o seu bolinho rapidamente e levantando-se logo em seguida.

Ilka apressou o seu passo até as masmorras, para que desse tempo de conversar com Riddle antes das aulas terem o seu início naquele dia. Por sua sorte, logo que chegou por lá, a garota avistou Tom saindo da sala de poções.

Correu um pouco mais, com a ansiedade batendo forte em seu peito, e o puxou pela manga de sua camisa para um lugar mais privado, ali mesmo no corredor, atrás de uma estátua.

— O que você estava pensando? – Repreendeu-o, nervosa com as atitudes impensadas do garoto.

— Não entendi o que quer dizer – ele desconversou, esticando-se e olhando para o corredor, de olho se teria alguém vindo que pudesse escutar a conversa.

— Eu tenho certeza que entendeu. Seis feridos Tom! Seis! Não pensou nem por um momento que poderiam desconfiar de você? Ver algo? Que aquela coisa poderia perder o controle e fazer de você um dos feridos também? Mas que droga!

— Seis feridos? Foi o que encontraram? – Perguntou ele, finalmente olhando para a garota.

Ilka finalmente notou que havia algo de diferente nele. Sua aparência permanecia a mesma, mas ao redor dele pairava uma energia diferente. Tom parecia mais frio do que da última vez, e levemente mais pálido. Também aparentava estar mais centrado.

— Tem mais? – Sibilou, assustada com a possibilidade.

— Eu... – Riddle começou, tentando formular uma explicação, mas parou por alguns segundos e respirou profundamente antes de recomeçar. – Os alunos não foram feridos intencionalmente, eles nunca foram meu objetivo, justamente por isso eu estava ajudando o professor Slughorn com poções. Poções que vão servir para ajudá-los a se recuperar.

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