Porque tão doce?

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Derek acordou se sentindo um pouco cansado. O moreno acendeu o abajur e olhou ao redor. O quarto ainda estava escuro e fechado. O Hale voltou a se deitar e encarou o teto. O moreno suspirou ao perceber que já eram dez da manhã e não sete, como Stiles lhe acordava. O castanho não fora lhe acordar, usando aquela maldita bola. Por incrível que pareça, Derek sentia saudades daquela desgraçada batendo na parede acima de sua cabeça, enquanto médico se encontrava na porta do quarto. 

“Ele deve ter perdido a hora, é só pode ser isso.” 

Pensou o moreno de olhos verdes enquanto suspirava e virava o rosto para o lado, encarando a foto dele com os filhos que ainda estava no criado ao lado da cama. Os sorrisos estampados naquele momento gravado. Derek parecia tão feliz naquela época, e ele sabia que era. Ele era tão feliz. Fazia o que gostava, tinha a família que amava tanto, a mulher que ele amava desde o ensino médio. Para o Hale, aquela era a vida perfeita. Para o Hale de antigamente? Era sim. Mas agora, Derek estava começando a duvidar se a sua vida realmente tinha aquela toda aquela perfeição que ele pensava que tinha. 

“O que você está fazendo, Jennifer? ” 

“Você realmente me amava? ” 

“Por que me abandonou, Jennifer? ”

“Por que? ” 

Se perguntava o Hale enquanto refletia sobre sua vida. Jennifer sempre implicava com Erica. Segundo a mulher, Erica era uma dama e deveria agir como tal. Mas a loira nunca gostou de bonecas, sempre preferia bolas e carrinhos de controle remotos, enquanto Jennifer a enchia de várias bonecas e roupinhas para as mesmas. Jennifer sempre mandava Erica usar vestidos e saias, mas a loira sempre preferiu calças e jaquetas de couro. Quando Erica trouxe o primeiro namorado para conhecer a família? Jennifer cismou de que o rapaz não era bom o bastante para filha. Dizia que ele era fraco de espírito, não conseguiria proteger a filha do mundo. Toby era um rapaz simples, estudioso e bastante simpático. 

Parecia estranho, mas Jennifer fazia mais o papel de pai do que Derek. Quanto a Theo? Jennifer não tinha do que reclamar. Exceto pelo instinto travesso do garoto. O qual herdara do pai, que achava divertido todas a travessuras do garoto. Jennifer vivia a mimar o menor, tanto, que as vezes Theo se revelava dependente demais dos pais. 

Derek suspirou, mais uma vez, ele sentia falta de sua família. Sentia falta de seus filhos, de sua mulher. Sentia falta das reuniões de família de sua mãe. Sentia falta de conversar com o pai. Falta de jogar conversa fora com os primos e irmãos. O moreno de olhos verdes se sentou na cama e alcançou a sua cadeira de rodas e a trouxe para perto da cama, antes de travar as rodas. O Hale se apoiou na barra ao lado da cama, enquanto levava uma de suas pernas para a beirada da cama, a posicionando ali, antes de seguir para a outra perna.

Era complicado, sabe? Tarefa, árdua, que ele fazia diariamente.

Você está acostumado a dar um salto da cama, ou apenas rolar para o lado, se jogando dela. Mas aí, você não consegue mais fazer algo tão simples, como mexer as pernas para o lado. Derek se apoiou mais na barra de ferro e ergueu o corpo. Girou com cuidado, vendo as pernas se enroscarem uma na outra, antes de se sentar na cadeira. Ele organizou as pernas no apoio de pé que havia na cadeira e a empurrou na direção do banheiro. 

Meu anjoOnde histórias criam vida. Descubra agora