isso é ótimo!

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— Eu só estou dizendo que jogar calda em um milk-shake, sendo que não vai alterar o sabor, não faz o maior sentido. Você acaba de tomar o sorvete, mas a calda fica lá, no fundo do copo. É como as colheres a mais de açúcar no café já doce, não serve para nada, a não ser ficar no fundo da xícara, indicando o claro desperdício. — o castanho de olhos claros explicou, apertando o botão do elevador.

— eu gosto raspar a calda com o canudo. — argumentou Derek dando de ombros, encarando o botão piscar, indicando que o grande cubículo de metal já vinha em sua direção.

— as vezes eu acho aquilo doce demais e acabo jogando fora. — ditou o castanho vendo Derek lhe encarar por sobre os ombros.

— mas não é um desperdício? — perguntou irônico, vendo o Stilinski tomar uma expressão pensativa.

— agora você me pegou... — respondeu o castanho, ouvindo o moreno de olhos verdes soltar um “Rá”, antes de sorrir minimamente.

O silencio reinou por alguns segundos e os dois puderam ouvir o som de pessoas berrando perguntas há uma certa distância. Stiles suspirou um pouco irritado, tentando ignorar aquele som irritante que já se repetia há dias. Sempre tinha alguém no portão do prédio ou na recepção, querendo fazer perguntas ou obter alguma informação sobre Derek. Os dois ouviram o som de passos apressados, enquanto podiam ver flashs sendo refletidos pelas paredes do prédio.

— Senhor Hale, sua correspondência. — disse o porteiro, se aproximando. No mesmo instante Stiles se virou para o homem com uma expressão gentil.

— obrigado. — disse o Stilinski erguendo uma das mãos, enquanto analisava o homem parado a sua frente.

— me desculpe, mas eu tenho ordens de entregar as correspondências apenas nas mãos de seus destinatários ou em seus apartamentos – falou o homem, encarando o castanho com seriedade, enquanto o mesmo ainda lhe sorria.

— e eu tenho ordens de não deixar ninguém suspeito se aproximar do senhor Hale, sem que ele permita. E se ele permitir e a pessoa vier com uma câmera, eu quebro a câmera e o braço do ser humano. — falou o castanho, vendo o homem engolir em seco. — é, aquelas pessoas ali fora, todas, são sanguessugas. Algumas com veneno. Não se importaram de acabar com o emprego de ninguém se conseguirem o importante para manter o seu, que no momento, é alguma imagem do senhor Hale. Portanto, enquanto o senhor Hale estiver aqui fora, comigo, eu peço, humilde e atenciosamente, que me entregue as correspondências. — ditou o Stilinski, estendendo a mão para o homem, que, trêmulo, lhe entregou a correspondência.

— obrigado. — o castanho voltou a sorrir gentilmente, antes de o elevador de abrir e ele empurrar a cadeira de Derek para o interior do mesmo.

— foi mal, Jeff. — disse o moreno do elevador, olhando por cima do ombro, apenas para ver o porteiro erguer as mãos, soltando um “Tudo bem”. Quando as portas do elevador se fecharam, Derek lançou um olhar acusatório para o castanho.

— o que foi? — perguntou o Stilinski, lhe entregando a correspondência, antes de girar a cadeira do moreno para o deixar de frente para a porta.

— por que o tratou daquela maneira? O homem só estava tentando fazer o trabalho dele. — questionou o moreno de olhos verdes, vendo o que havia chegado para si. Apenas as contas do apartamento, uma carta de sua filha, Erica. Essa mulher parecia gostar mesmo de cartas.

— ele estava com uma câmera. — disse Stiles, vendo o moreno lhe fitar com uma sobrancelha erguida

— e como sabe? — perguntou o Hale, vendo o castanho sorrir ladino, antes de encarar as mãos do moreno, notando um pequeno envelope laranja. Derek também notou a correspondência estranha e a abriu instantaneamente. Derek encarou o interior, notando um pequeno objeto ali.

Meu anjoOnde histórias criam vida. Descubra agora