Derek sentia uma luz intensa e irritante incomodar os seus olhos, mesmo eles estando fechados. O moreno sentia não só os seus olhos doerem com aquela luz, mas também todo o seu corpo doía. A cabeça doía, os braços doíam, o torso doía. As únicas coisas que não doíam eram suas pernas, e Derek agradeceu aos céus por isso. O moreno desistiu de continuar a dormir devido a toda essa dor, sem falar que ele não sentia sono algum, parecia que havia dormido por dias. Ele se sentia estranho. Ele não se sentia em sua cama. Essa parecia tão... pequena.
O Hale abriu os olhos apenas para confirmar o que seu subconsciente lhe dizia. Diferente do que Derek esperava, ele não estava em seu quarto. Derek estava deitado encarando o teto, tentando reconhecer o local, olhou em volta com muito esforço, pois o seu pescoço doía. Branco. Era o que via. A cor facilmente refulgia a claridade, irritando seus olhos.
Tentou se levantar, mas o seu corpo doía demais, e cada movimento seu era como levar um golpe de ombro no queixo durante uma partida. Derek soltou o corpo de vez naquela cama, fazendo algumas dores aumentarem, como as de suas costas, por exemplo. Ao levar a mão ao rosto, para cobrir sua careta de dor, Derek sentiu algo estranho tocar o seu rosto. Ao afastar a mão de seu rosto, para poder fitar melhor aquele corpo estranho, Derek percebeu que era uma daquelas coisas de hospitais. Então ele estava em um hospital. Só agora Derek havia notado que seu peito estava coberto de eletrodos. O moreno percebeu também que, ao lado de seu corpo, estava um controle com alguns botões. Derek apertou o primeiro e a cama se inclinou para frente. Ele apertou o segundo e a cama voltou à posição inicial. Ele apertou o último, mas nada aconteceu, o botão apenas ficou piscando, como uma daquelas luzes utilizadas no natal. Quando Derek menos esperava, a porta foi aberta e uma morena vestida de enfermeira adentrou o local. Derek encarou a mulher e ela lhe sorriu, antes de se aproximar e analisar os equipamentos que estavam ligados.
— ainda bem que acordou. — falou a mulher o encarando agora. — como se sente? O doutor já está vindo – falou pegando um pano molhado e passando na testa suada do homem, que nem percebera que estava ensopado de suor.
— onde eu estou? Que lugar é esse? — perguntou encarando a mulher com desconfiança.
— você está em Los Angeles, no hospital. — respondeu a enfermeira desligando alguns dos equipamentos que estavam ligados ao moreno.
— e o que eu faço aqui? — Derek indagou um tanto confuso.
— o que todos os pacientes fazem aqui: recebendo cuidados adequados para suas situações. — respondeu a enfermeira analisando sua prancheta ela aparentava ser mais velha do que Derek, que a analisava com cuidado.
— e qual é a minha situação? — perguntou o Hale e a enfermeira parou um pouco, antes de pegar uma caneta presa a sua orelha e escrevendo algo.
— o doutor vai lhe deixar informado de sua situação assim que ele chegar.
Ela murmurou pegando uma seringa e injetando alguma coisa na mangueira de soro que ligava uma bolsa com soro ao braço do moreno, que encarava o ato da morena com um pé atrás.
— agora eu vou sair, tenho que ver mais alguns pacientes. Qualquer coisa basta apertar o terceiro botão do controle. — explicou a mulher. Saindo logo em seguida, sem dar tempo de resposta ao moreno.
Derek ficou algum tempo encarando o controle em sua mão, antes de voltar o seu olhar para o ambiente, olhando em volta. Talvez fosse efeito da substancia que a mulher colocara em seu soro, mas Derek se sentia mais acordado. Ele tentava se lembrar de algo, mas nada vinha em sua mente. Apenas imagens dele e Jennifer transando naquela manhã, dele e seu filho, Theo, conversando sobre a escola no carro, enquanto ouviam música, parados em um semáforo. Depois disso não vinha mais nada em sua cabeça, nada. Sua última lembrança era a de seu filho, rindo no banco do carona, enquanto tocava alguma música de batida animada no som do carro. Derek olhou para a janela do quarto e pôde ver as luzes dos prédios de Los Angeles iluminando aquela noite fria e escura. Derek ficou algum tempo encarando a bela paisagem noturna de Los Angeles. Para tudo! Noturna?! Luzes iluminando a noite escura e fria?! Derek murmurou um “Merda ” antes de arrancar os eletrodos com uma das mãos, enquanto tentava se levantar. Mas antes que pudesse se quer se sentar, a porta fora aberta por um homem negro.
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Meu anjo
Fanfiction"na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe" Esses foram os mesmo votos que Derek e Jennifer usaram, assim como todos fazem diante do altar. Dizem que - diante de uma grande dificuldade - o casal se une, ainda mais...