HanSeo voltava para casa quando escuta um som vindo de uma caixa perto da lata de lixo, e para sua surpresa, se depara com um bebê, de olhos negros como a noite e ali naquele momento, HanSeo jura que ira cuidar daquela criança com sua vida, até seu...
"Eu sempre gostei de brincar com fogo Eu ando no limite, minha velocidade vai no vermelho Sangue quente nas veias, meu prazer é a dor deles Eu amo assistir os castelos queimar Essas cinzas douradas se transformando em sujeira"
Sam Tinnesz - Play With Fire
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Vincenzo deixa HanSeo em casa e vai em busca de TaeHo, ninguém tinha o direito de sequestrar o seu filho.
- Filho? - Vincenzo se pega pensando em seu pensamento. - O que eles estão fazendo comigo? - Ele suspirou uma última vez antes de parar o carro na casa de campo que HanSeok estava hospedado. Cassano entra com facilidade e vê TaeHo sentado em uma cadeira no pé da porta, e assim que a criança o ver correr e Vincenzo o pega no braço. - Ele te machucou?
- Não. - Sussurra. - Papi está bem?
- Está... Onde está todo mundo?
- Não sei, também achei estranho ele ficar aqui sozinho... Parece até que...
- Que bom que chegou senhor Cassano. - HanSeok entra na sala enquanto enxuga o cabelo. - Eu pedi comida, ela chega daqui a cinco minutos, não achei que chegaria tão rápido.
- Não iremos ficar. - Vincenzo segura TaeHo mais forte.
- Temos assuntos a tratar. - HanSeok se joga a toalha e depois se senta no sofá cruzando as pernas. - Meus homens estão na casa de meu querido irmão, então é melhor você se sentar, daqui a alguns minutos teremos um encontro em família.
- Você não tem o direito de pegar o meu papi. - TaeHo pula do colo de Vincenzo e vai com passos pesados em direção de HanSeok, mas antes que a criança chega a seu destino Vincenzo o segura pelos braços. - Seu filhote de Comensal, eu deveria ter queimado essa casa quando tive a chance.
- Tem certeza que esse parasitando é uma criança? - HanSeok olhar debochado para Vincenzo.
- Não fale assim dele. - Uma voz surge de trás de Vincenzo.
- Papi. - TaeHo se solta de Vincenzo e corre até seu pai.
- Agora sim, a família toda reunida, não é belo enquanto feliz?
- ...
- ...
- ...
- Não façam essas caras.
- Tio mal é chato. - TaeHo puxa seu pai para ficar do lado de Vincenzo, ele sabia que só teriam chances de sair dali se ficasse perto de Cassano. - Se eu fosse um bruxo teria te lançado um Avada.
- Não vou mais te deixar ler Harry Potter. - HanSeo sussurra.
- Mas eu gosto. - TaeHo sussurra de volta e faz um biquinho em seguida.
- Deixe meu filho e Vincenzo ir... Eu volto com você para a Correia.
- Não. - TaeHo e Vincenzo falam ao mesmo tempo.
- Essa é sua descrição? Dará sua vida em troca da deles?
- Sei que você nunca saberá o que é amar, o que é dar sua vida por amor, de se entregar de corpo e alma por alguém. - HanSeo se afasta de seu filho de Cassano e se aproxima de HanSeok. - Nunca saberá o que é acordar todo dia e receber abraços e beijos de amor, e de noite dormir com alguém do seu lado que te ama. Nunca saberá o que é dormir sem medo de alguém te matar durante a noite, então sim... - Respira fundo. - Eu irei em troca de deixá-los vivos.
- Que ridículo. - HanSeok faz um mover de mão e homens aparecem e vão em direção de TaeHo e Vincenzo.
- Não faça nada Vincenzo, eu coloco meu maior tesouro em suas mão, então saia daqui e não faça nenhuma besteira. - Cassano acena e sai sendo acompanhado pelos seguranças de HanSeok.
- Agora somos só nós dois... Que pena eles não esperarem a comida. - HanSeok se levanta e vai em direção de HanSeo. - Eu poderia te matar agora, mas se eu fizesse isso perderia meu bichinho de tortura... Sabe quantas pessoas morreram nesses anos em que você esteve fora? Mas não se preocupe, você vai ser castigado por isso. Sabe os seguranças que levaram Vincenzo e o parasitinha?
- ...
- Eles iram matá-los, para você aprender que não se pode fugir de mim.
HanSeo não falou nada, na verdade ele não conseguia dizer nada. As lágrimas brotaram em seu rosto como uma tempestade.
- Olha que imagem linda, estava com saudades de ver essas lágrimas.
(...)
TaeHo estava sentado confortavelmente no colo de Vincenzo, que observava os homens que estavam no carro junto com eles, ele sabia que a qualquer momento eles poderiam os matar, e Vincenzo queria muito que eles tentassem.
- Papai Vin?
- Oi?
- O papi vai ficar bem?
- Claro que vai, eu irei trazê-lo de volta.
- Eu acredito no senhor. - TaeHo se encosta em Vincenzo fechando os olhos. Cassano tinha certeza que aquela criança não era normal, quem dorme no meio de um sequestro?
- Esse não é o caminho. - Vincenzo avisa, e os homens não falam nada. Cassano já se preparava para o que vinha a seguir. Se passam alguns minutos e o motorista pára o carro em um lugar deserto que Vincenzo conhecia muito bem, esses caras querem competir com ele, no território dele, patéticos. Cassano ajeito TaeHo em seus braços, seria um pouco difícil lutar com uma criança nos braços mas ele era pai agora, quem poderia imaginar que uma criança teria posto Vincenzo Cassano preso em volta de seu dedo mindinho.
- Desça.
- Deveria ter nos levado para casa. - Fala segurando TaeHo com uma mão. - Evitaria nos sujar de sangue.
- E quem vai se sujar de sangue?
- A gente... Com o sangue de vocês. - Aponta para cada um dos homens.
- Está muito confiante para quem está cercado.
- Eu não estou cercado, vocês que estão. - Vincenzo olha para trás deles, e acena. No mesmo momento, homens olham para trás e essa foi a deixa para Cassano pegar sua arma e atirar nos três homens deixando apenas um vivo. - Primeira regra. - Se aproxima do sobrevivente e pisa no local do ferimento. - Nunca dê as costas a seu inimigo. Não sou de atacar pelas costas, mas estou com uma criança, então ela vem em primeiro lugar. - Vincenzo ajeita TaeHo que ainda dormia. - Diga a seu chefe que irei salvar meu HanSeo, e tenha certeza que deixarei rastros de sangue por onde eu tiver que passar para salvá-lo.
