Capítulo 26- Reinvindicando.

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Boa leitura!
*Sem Revisão

Luna.

Eu acordei escutando batidas na porta.
Me dei conta que ainda era cedo, mas estranhamente a casa estava barulhenta. 

— Luna? Preciso da sua ajuda. Abre, sou eu, Aleksei.

Sentia meu corpo moído. Lembrei da noite passada, das revelações e do espanto de todos. Me dei conta também que hoje seria o casamento do papai e que de uma forma ou de outra eu teria que enfrentar toda minha família, não que ficar trancada no meu quarto chorando não fosse uma boa idéia, mas se havia um conselho que lembrava de sua mãe era que não adiantava fugir dos problemas.

Arrastei meu corpo até a porta e a abri devagar.

Meu irmão mais velho me olhou preocupado.

— Você está um lixo!— Ele analisou.

Suspirei me aconchegando mais a minha coberta favorita.

— O que você quer?— Fui direta.

— Você sabe que não escapará de uma conversa com o papai, não sabe?!— Ele resmungou cruzando os braços fortes.

— Fala logo o que diabos você quer Aleksei!— Disse impaciente.

— Bem, o problema não sou eu desta vez. É a Anne, não me pergunte como, mas ela estragou o vestido de dama de honra, a Carla não atende o telefone, o papai está tentando consertar em vão o vestido, a garota está aos prantos e o Dimitri não consegue achar lojas de casamento  disponíveis em pleno domingo na cidade. Lembrei que você tinha uma amiga chamada Laura que trabalha em uma loja destas, talvez possa consertar esse caos.

— Você namorou com ela um tempo, porque não fala com ela você mesmo?

Ele coçou o queixo e trocou o peso de perna como sempre fazia quando se sentia desconfortável.

— Bem, eu traí ela com sua própria mãe na cama dos seus pais. Fui flagrado por ela e o senhor Ciro na noite de Natal, desde então ela troca de rua sempre que nos cruzamos pela cidade, acho que guarda um pouco de ressentimento. — Ele deu de ombros.

Suspirei derrotada.
Mas tia não poderia curtir uma fossa repleta de dor e sofrimento  enquanto  uma sobrinha chora, não é mesmo!?

— Você foi um escroto! Desço em cinco minutos. — Eu disse antes de bater a porta na cara dele e caminhar até o banheiro largando meu confortável cobertor na cama.

Meus olhos estavam inchados do choro, meu nariz um pouco entopido, minha voz estaria rouca com certeza e meus cabelos assustadoramente bagunçados.

Suspirei outra vez.
Decidi lavar o cabelo, depois de um banho quente me arrumei numa calça jeans apertada e uma blusinha de alças, um casaquinho leve e sapatilhas. Meus cabelos deixei secar naturalmente. Passei um pouco de corretivo e pó, um óculos escuro e um gloss nos lábios. 
Estava pronta, por dentro estava destruída, mas por fora aparentava estar bem.

Desci as escadas devagar, e notei que Aleksei não estava mentindo, tudo parecia um caos.

As pessoas corriam de um lado para o outro arrumando o jardim lateral da casa que ficava entre nossa casa e a dos Sampaio, revirei os olhos para isto.

— Vem cá linda da tia, nós vamos comprar o vestido mais belo do mundo para a melhor princesa do mundo!— Peguei Anne no colo que parou de chorar imediatamente.

— Da cor da plincesa Sofia?— Perguntou fazendo beicinho.

— Igualzinho! E também vamos arrumar os cabelos e unhas. — Limpei suas lágrimas.

A Secretária: Mais uma vez Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora