Boa Leitura!
*Sem Revisão
Luna
Ouvi o som do meu telefone tocando em algum lugar.
Praguejei baixinho e estendi a mão direita por sobre o que deveria ser meu criado mudo, mas nada encontrei.
̶ " Merda!" Xinguei sendo obrigada a abrir um olho e identificar que meu criado mudo estava diferente, era mais alto, mais claro e continha um abajur que não parecia o meu, mas não dei importância a isto, afinal o que poderia ter acontecido? Algum ladrão adentrou seu apartamento para roubar e ficou comovido com seus móveis envelhecidos e lhe trouxe um criado mudo bonito e abajur que provavelmente deveria ser mais caro que sua conta de luz? Não, aquilo era coisa da minha mente, tudo estava igual sempre foi, é que minha cabeça e meus olhos não estavam nos lugares certos mesmo...
O telefone tocou outra vez, e eu identifiquei minha bolça no pé da cama, apanhei-a e busquei o telefone. Não olhei o identificador para saber quem era, apenas o encostei na orelha atendendo e já fechando os olhos outra vez...
– "Alô?" Soou rude com quem a tirava de um delicioso sonho erótico com o qual seu chefe confessava querer lhe foder...
– "Luna, vim devolver o carro!" Sua melhor amiga murmurou do outro lado da linha.
– "E porque está me acordando a esta hora da manhã para me dizer isto, Clarice? Deixa a chave onde eu possa achar e me deixa dormir!" Resmungou mal- humorada.
Sua amiga sorriu replicando – "É que esqueci minhas chaves do apartamento, sabe como sou estabanada! Poderia abrir a porta para mim, por favor! É que queria pegar mais um par de roupas, passarei o fim de semana com a Radija, ela ainda está adoentada, coitadinha!"
– "Porque você sempre esquece a droga da chave?" Resmunguei entreabrindo os olhos somente o suficiente para identificar a porta, voltou a fechar os olhos e saiu serpenteando as mãos recostadas na parede enquanto resmungava com a amiga e sentindo sua cabeça martelar.
Achei uma saída do corredor que nem lembrava ser tão longo, por fim tropeçei em algo que parecia uma mesa e dei-me conta que perdi o sendo de direção e que deveria estar na cozinha, então entreabri um olho e vi estar realmente numa cozinha, mas estranhamente também não parecia com a minha, e não era apenas os armários e balcão que havia tropeçado, nada daquilo era familiar para mim, pensei na minha teoria maluca sobre o ladrão, mas por fim dei de ombros voltando a fechar os olhos e procurar a porta da frente que acabei encontrando, e ali sim, aquela porta era parecida com a minha...
– "Pronto, entra, chata!" Resmunguei outra vez dando as costas para voltar ao quarto assim que abri a porta na chave que estranhamente já estava inserida no buraco da fechadura.
– "Para de resmungar e abre logo a droga da porta, Luna!" Repreendeu Clarice.
– "Já abri, sua louca, entra logo e não faz barulho ao sair. Vou voltar a dormir!" Bocejei tateando novamente o caminho de volta ao quarto.
– "Luna, abre essa porta, eu não estou brincando. O chato do meu chefe está me esperando." Retrucou Clarice.
– "Eu já abri a maldita porta, Clarice!" Resmunguei agora na=brindo os olhos devagar.
– "Não, não abriu!" A outra respondeu.
Deu meia volta pisando firme e agora com um mau humor terrível em direção a porta – "Merda! Será possível isso?! Eu falei que já abri a maldita porta e vo..." Escancarei a porta se deparando com nada.
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A Secretária: Mais uma vez Livro II
ChickLitLuna sempre foi uma menina tímida e recatada, sempre obedecendo o rigoroso e autoritário comando do pai e os desmandos de seus irmãos super-protetores. Sua vida se resume praticamente ao trabalho e a família, mas o que nenhum deles sabem é ela que e...