Capítulo 24- Antônio

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Sem Revisão *
Boa leitura!

Luna

Acordei na cama de hotel fria.
Ao contrário do dia anterior não havia café da manhã na cama, nem o meu chefe saindo apenas de toalha do banheiro.

Suspirei desligando o despertador do telefone, conferi se havia alguma mensagem de Clarice, mas nada.

Levantei me sentindo dolorida do sexo quente com o desconhecido de ontem e sorri, mas logo o sorriso desapareceu quando vi as pétalas ainda no chão e suspirei ao ler a frase no espelho refletida pelo sol escrita com a letra do Lucas.

'Luna, quer casa comigo?'

Deus, como tudo se complicou tanto?
As primeiras lágrimas ameaçaram cair e ela se apressou em mistura-las a água quente do banho.

Vesti um vestido leve com um pouco de decote e florido que ficava acima dos meus joelhos, sapatos e um blazer para parecer mais séria, não queria ainda ter que me trocar após a reunião, preferiria partir para a casa da minha família dali mesmo. Batom, rímel e um coque que amarrei com uma caneta.

Arrumei a mala e organizei os papéis da reunião.
A mala de Lucas também parecia já estar pronta.

Suspirei mais uma vez com tristeza, não que me arrependesse de ter saído com o desconhecido, mas me arrependia de não ter visto a surpresa antes, tudo teria sido diferente...  Mas no final estava certa, ela e Lucas não era para ficarem juntos, era o destino mostrando mais uma vez que não poderiam ser um do outro.

Caminhou para a reunião que aconteceria no restaurante do hotel.
Tudo no saguão estava pronto para o Natal, eu adorava aquela data.
Um enfeite em especial na grande árvore lembrou minha mãe, era uma estrelinha pequena dourada no topo, apesar de não ser brilhante quando as luzes da árvore acendiam ela se destacava.

— Ninguém deveria ficar triste no Natal!— Alguém murmurou atrás de mim.

Eu lembrava daquela voz.

Como não fiz menção de virar ele andou até a minha frente.

— Olá, Luna!

Mirei sua boca lembrando o quão prazerosa ela foi na noite anterior.

— Oi. — Eu disse timidamente.

— Bem, não sei qual o motivo desse sorriso triste, estou com um amigo, tomando café juntos antes de uma reunião. Me daria a honra de se  juntar a nós? Talvez uma boa companhia possa arrancar um sorriso alegre desse lindo rosto.

O desconhecido da noite passada estava num terno impecável, sua cor morena e seu sotaque sexy não deixaria qualquer mulher sã recusar.

Por que não? Pensei.

Afinal, que mal haveria num café da manhã?!

Sorri e aceitei o convite.

Caminhávamos para o restaurante enquanto ele me falava um pouco sobre como ele adorava o Natal, época em que todas as pessoas esqueciam as diferenças e se alegravam.

Sentamos numa das mesas que já estava posta.

— Acho que deveria haver um dia de Natal ao menos uma vez por mês. Imagine todas as luzes e trabalho para o Papai Noel o ano inteiro?!

Ri da sua proposta.

— Eu adoraria isto.

Ele sorriu.
— Deveria sorrir mais vezes, não sabe o quão linda é principalmente quando sorri. — Me elogiou.

A Secretária: Mais uma vez Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora