Luna sempre foi uma menina tímida e recatada, sempre obedecendo o rigoroso e autoritário comando do pai e os desmandos de seus irmãos super-protetores. Sua vida se resume praticamente ao trabalho e a família, mas o que nenhum deles sabem é ela que e...
— Luna, como você está linda!— A senhora Carla me abraçou.
Retribuí o abraço tentando ao máximo sorrir, mas falhei miseravelmente.
— Obrigada, Senhora! Também está muito bonita. Mas eu não sabia que teríamos convidados, teria vestido algo mais apresentável.
— Oh, não se incomode querida, está deslumbrante!— Ela sorriu amistosa.
A senhora Carla era uma mulher bonita, elegante, e era a quem o filho havia herdados os olhos azuis mais lindos que já vi na vida.
— Se vestir algo mais apresentável não sei se sobrará pano para cobrir muita coisa, Luna Ivanov!— Meu pai chamou minha atenção.
— E quem é esta deusa que nos honra com sua presença, Lucas? — Aleksei se adiantou para cumprimentar a loira que sorria como uma hiena ao lado do meu chefe.
— Esta é a Patrícia! Eu havia convidado para jantar comigo esta noite, mas minha mãe insistiu para que viessemos. Espero não haver problemas senhor Ivanov!— Lucas falou.
— Bem, não estávamos esperando visitas, acho que o papai não cozinhou o suficiente. Talvez haja vagas no restaurante do Alerrandro, é há duas quadras daqui, ela irá amar o cardápio com certeza!— Eu falei tão rapidamente que notei loira confusa.
Lucas sabia onde era a barraquinha de cachorro quente do Senhor Alerrandro, na adolescência quando saíamos da missa ele e Aleksei me entretinham com cachorro quente enquando beijavam as moças da cidade atrás da igreja...
Meu pai me olhou zangado — A Luna hoje está brincalhona, não liguem, ela está usando drogas! Sua amiga é muito bem vinda nesta casa, filho!
— Muito, muito bem vinda! — Aleksei gaguejou como um bobão mirando seu decote, eu o belisquei e ele gemeu de dor me olhando sem entender.
— Obrigada!— Ela respondeu com sotaque sulista.
— O jantar está servido, vamos para mesa. — Papai chamou.
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A nossa sala de jantar também tinha algumas peças diferentes, eu perguntaria ao papai o porque daquelas mudanças logo os vizinhos saíssem dali...
O jantar estava deslumbrante. O papai retirou toda a prataria antiga da mamãe, o peru parecia apetitoso e havia salada, petiscos, tortas e outras massas.
— Onde encomendou a comida, papai? — Perguntei sabendo de seu histórico deprimente na cozinha...
— Eu a fiz. — Ele afirmou.
Sentei na cadeira ao seu lado, antes que todos sentassem, abri meu guardanapo no colo é o olhei com surpresa.
