Luna sempre foi uma menina tímida e recatada, sempre obedecendo o rigoroso e autoritário comando do pai e os desmandos de seus irmãos super-protetores. Sua vida se resume praticamente ao trabalho e a família, mas o que nenhum deles sabem é ela que e...
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Luna
O despertador tocou ás 7: 30 da manhã.
O cheiro de Lucas e de café estava no ar. Eu particularmente, acredito que deveriam fazer um perfume com a mistura desses cheiros viciantes! Pensei encantada com a possibilidade e já sorrindo antes mesmo de abrir os olhos...
Estava deliciosamente dolorida, e a lembrança de mim e meu sonho de consumo chamado Lucas Sampaio, transando no chuveiro, na cama novamente, na mesa da cozinha, no chão da cozinha e na sua cama mais quatro vezes ainda estava viva em minha memória, na verdade, eu poderia descrê-las perfeitamente sem excluir nenhum detalhe! Gemi satisfeita com o pensamento dentre as cobertas de linho brancas que certamente custaria um rim meu...
O despertador chamou novamente e eu tive que abrir os olhos contra vontade.
─ "Lucas?!" Chamei assim que me vi nua, e sozinha sobre a enorme cama king size.
A xícara de café sobre o criado mudo chamou minha atenção, bem como o papel abaixo dele com a escrita do meu amado.
Apanhei a xícara, trazendo o bilhete próximo a minha vista. As palavras contidas nele me fizeram sorrir e me apressar em tomar o café que ele havia me deixado, nele dizia:
"Estava tão linda dormindo que não tive coragem de te acorda. Mas deixei o despertador ligado para que não se atrasasse! Se está lendo este bilhete neste momento, imagino que esteja tomando o café que lhe preparei. Há uma mesa posta pela senhora Cameron, espero que goste! Assim como espero que esteja com essa sua bunda deliciosa na minha sala em uma hora!
PS: Vista uma saia!
PSS: Não use calcinha! E ISSO É UMA ORDEM!
Seu chefe."
Juro que quase gozei só com a leitura desse bilhete!
Ainda terminei o café lendo e relendo suas palavras naqueles rabiscos sexy, antes de me dar conta que ainda teria que passar em casa, me arrumar e rezar para que a lindinha cooperasse, e mesmo com tudo isso, chegaria atrasada!
─ "Droga!" Xinguei ao me apresar em procurar minhas roupas.
Duas horas, quarenta e sete minutos e trinta e cinco segundos depois eu estava na empresa, mais precisamente no elevador. As portas se abriram, e cumprimentei as pessoas como de costume. Elas me olhavam admiradas, claro! e creio que meu atraso de uma hora e precisamente quarenta e sete minutos e trinta e cinco segundos depois do início do expediente logicamente, tem algo haver com isso...
Merda, merda, merda!
Para minha surpresa, ao chegar a minha sala, encontrei Lucas, impecável recostado na porta de sua sala falando ao meu telefone.
