Capítulo 27- Perguntando pela segunda vez

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Boa Leitura!
* Sem Revisão

Acordei dolorida.

Sabia como devia estar meu cabelo, um emaranhado de Deus nos acuda e agradeci mentalmente ele não estar ali para me ver desgrenhada... 
No quarto ainda estavam o blaser de Lucas, suas chaves e sua carteira sobre uma cadeira, o que me levava a acreditar que ele ainda estaria por ali... Mas onde?

Abri a porta do banheiro, estava vazio e então um pensamento me ocorreu...

Me apressei em apanhar sua camisa branca do chão, vestir a primeira calcinha que encontrei na mala aberta dentro do armário, passar água no rosto e descer as escadas de dois em dois degraus confirmando minhas suspeitas...

Lucas estava na cozinha, descalço, trajado apenas com as partes de baixo do seu smoking de ontem, o cabelo molhado indicava que usou meu chuveiro mais cedo, e a forma como andava livremente pela cozinha da casa do meu pai parecia que sempre havia estado ali.

— O que está fazendo aqui Lucas? — Perguntei perplexa.

—Seu café da manhã, linda. — respondeu vindo até mim e me dando um beijo rápido antes de voltar para os ovos mexidos.

—Lucas, se meus irmãos te pegam aqui eles nos matam! Vai para sua casa, anda!

Tentei expulsa- lo, mas ao invés disso ele desligou o fogo, veio até mim e me colocou sobre o balcão da cozinha como se eu fosse uma pena.

—Não se preocupa! Uma hora eles terão que nos ver juntos, ué!

Eu tentei retrucar, mas ele tapou minha boca com um beijo, um beijo de verdade dessa vez.

Quando nos separamos ele me encarou com cuidado.

— Como você está? Me desculpa por ontem, eu sei que passei dos limites! — Acariciou o machucado nos meus lábios dos beijos bruscos de ontem.

— Está tudo bem, não se preocupe!— Tentei acalma- lo beijando a marca dos meus dedos que ainda estavam no seu rosto, depois o machucado das unhas no seu pescoço que não havia me dado conta que tinha feito.


—Vou te dar um analgésico! Eu sei onde estão os remédios da sua casa. Vivia me machucando de bicicleta com seus irmãos — Ele virou- se para pegar a maleta dentro de uma parte alta do armário e eu percebi que não apenas eu estava marcada.

Em suas costas haviam arranhões enormes, dois inclusive pareciam ter sangrado.

—Meu Deus Lucas, suas costas!—Me assustei.

— Não se preocupe linda, só está um pouco arranhado. Me lembre de aparar suas garras, gatinha! — Sorriu de lado e apanhou um comprimido da caixa e um copo de água e entregando.

— Não sei se sobreviveríamos a outro término.— Comentei tomando o comprimido de suas mãos e o tomando com a água.

Ele riu daquele jeito que aprendi a amar e eu o puxei para outro beijo, dessa vez mais quente.

Minhas mãos no seu pescoço e minhas pernas em volta da sua cintura. Suas mãos nas minhas coxas já adentravam por baixo da camisa quando ouvi um pegarrear atrás de nós.

A Secretária: Mais uma vez Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora