Capítulo 4- Dias sempre iguais

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Boa Leitura!

*Sem Revisão

Lucas

Ontem meu dia foi um completo fracasso.

Perdi minha secretária gostosa, que foi substituída pela Luna. Porra! Essa mulher parece um carma na minha vida...

Não me entendam mal, eu gosto da Luna, e é por gostar dela que a esnobo e a evito. O incidente de anos atrás ainda ressoam na minha mente, aquele dia em que tirei sua virgindade foi um dos quais se eu pudesse voltar no tempo o apagaria. A insistência daquela louca e a curiosidade de estar com uma menina virgem me fez cair em tentação, e deu no que deu.

Não me arrependo porque ela é desengonçada e feinha –até porque naquela época peguei meninas mais apavorantes que ela- arrependi-me porque ela era uma boa amiga, e seus irmãos -Aleksi e Dimitri- contavam comigo para protege-la dos marmanjos na escola. E olha só a cagada, eu mesmo comi a menina que deveria proteger.

Aleksi, seu irmão mais velho era meu melhor amigo, o cara era super- protetor, e seu pai era a porra de um ex militar ciumento e raivoso, provavelmente se ela houvesse engravidado logo depois que meu pai me arrancasse as bolas seu pai e seus irmãos me matariam e jogariam meu corpo em alguma vala nojenta, onde jamais encontrariam meu cadáver, claro, isso depois de me torturarem bastante. Porém só me dei conta do erro que foi aquela noite depois de cometer a sandice, já era tarde.

Em sequencia decidi me afastar, primeiro porque ela era uma menina que acabara de perder o cabaço, é óbvio que se eu não cortasse o mal pela raiz certamente iria grudar em mim como carrapato. Segundo que eu não conseguiria encara-la, não depois de estar dentro dela e ter traído a confiança do meu melhor amigo. De qualquer forma eu me sentia estranho em sua presença, me sentia culpado e desconfortável. Luna me transmitia uma coisa em seus olhos castanhos inocentes que eu não sabia o que era, era confuso, estranho e um caralho perturbador aquilo.

Cresci, me formei e meu primeiro emprego na filial da Dirksen's no Brasil dei de cara com ela outra vez, como se não fosse mais impossível Luna tinha se transformado em uma pessoa mais retraída e desengonçada. Pedi que esquecêssemos o passado, seria uma tragédia se alguém soubesse que me relacionei de forma íntima com a feiosa da empresa. Mas o mundo insiste em nos colocar um face a face com o outro, e cá estamos, em New York – EUA- trabalhando na mesma empresa e como desgraça pouca é bobagem, ela tornou-se minha nova secretária.

Aí está uma das razões do meu mau humor, perdi Alice, a melhor secretária que tive até hoje. Não porque trabalhava bem, porque aquela mulher era um desastre como profissional, mas essencialmente porque aquela safada sabia fazer mágica com aquela boca.

O fato era: ganhei uma fantasma do passado como nova secretária, feia e desajeitada, e pra completar a desgraça ouvi da única mulher que já senti algo forte na vida, Radassah Dirksen, que estava grávida do seu marido e ama meu chefe Liam Dirksen.

Aquela cena feliz fez meu coração em ruínas.

Não me pergunte como um cara como eu, me apaixonei por ela, mas aconteceu, e eu a perdi.

Entendem agora o porque do humor negro que se instalou sobre mim?

De qualquer forma, a merda sempre pode piorar. Saí com a Alice e a Samantha para meu apartamento logo após o anúncio da felicidade extrema da mulher que amo.

Já saímos algumas vezes juntos, Samantha é a filha de um dos maiores fornecedores de combustível do país. Como as duas já faziam parte do meu cardápio há algum tempo se sentiram no direito de exigirem uma escolha entre as duas. Claro que as dispensei, acabei a noite só e bêbado lembrando o quão fodido eu estava com aquelas duas loucas no meu pé e suspirando pela mulher do chefe.

A Secretária: Mais uma vez Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora