Oi, gente, o Edu atualizou ontem, mas eu só vi agora, então desculpa. Vou colocar aqui o que ele falou nas notas do autor, leiam. Por favor.
''Envergonhado demais para dizer muita coisa. Primeira coisa: Sinto muito por demorar, mas por problemas técnicos - Meu note morreu de vez e perdi tudo, absolutamente td e fiquei tão puto que acabei travando. Dei um surto e fiquei sem criatividade até para conversar com as pessoas. E teve os problemas emocionais, problema com familia, namoro e faculdade me deixaram um caco. Isso não justifica, mas eu sinto muito mesmo, ok?
Outra coisa que me causou um bloquei foi uma critica nada agradevel que eu li, nossa eu fiquei meio: Nossa escrevo tanta merda assim? Ai fiquei mais arrasado ainda. Bom voces não tem culpa e sinto por ter demorado tanto, mas prometo não demorar, vou aproveitar que teria uma semana de folga e tentarei terminar essa fanfic o quanto antes, ok?
Boa leitura e perdão por tudo. ;)
P.S.: Capitulo sem revisão, estou sem word, tive que improvissar para postar. Entao desculpa o capitulo está meio ruinzinho e por conter mais erros do que a maioria. Sorry de novo.''Bom, foi isso.
Alguns dias depois...
Pov. Louis
Acordei naquele dia em especial me sentindo tonto. Uma sensação ruim me dominava, os pesadelos a noite me perturbavam e me deixavam ainda pior. Não sabia o que estava acontecendo, mas desde o fatídico dia em que reencontrei Will coisas assim vinham acontecendo, alem de uma mudança brusca no meu relacionamento com Harry.
Harry anda diferente comigo. Muito diferente. O cacheado estava mais calado, mais pensativo e consequentemente mais distante. Ele passava mais tempo no trabalho e evitava com todas as forças falar de qualquer coisa que envolvesse Will, ou a viagem.
No dia em que o resultado saiu Harry ficou radiante com a minha admissão e não hesitou em me dar os parabéns, mas quando comentei algo sobre comemorar com Will ele apenas de de ombros e disse que não poderia me esperar acordado já que teria que trabalhar no dia seguinte. E isso passou a se repetir todas as vezes em que eu tocava no nome de William, ele não demonstrava ciumes ou ódio, apenas se mostrava indiferente a ele ou ao que eu fazia com ele, Harry parecia evitar ao máximo se envolver com essa historia. E eu o permitia se afastar mesmo sem entender o porque.
E Will passava a se tornar cada dia mais importante para mim. Ele me lembrava coisas boas e eu me envolvia com isso me lembrando de tudo de bom que aconteceu quando estávamos juntos. Eu me sentia livre. E era divertido, mas tinha algo errado. Eu sentia que algo estava faltando sempre. Apesar de ser ótimo, não era completo. E sabia que faltava Harry. Mesmo com toda a indiferença dele eu sentia falta dele. Sentia falta da presença dele, das suas cenas de ciumes. Sentia falta dele se importar. Eu sabia que isso ocorria por algo que fiz ou falei na noite do dia em que encontrei Will, mas não me lembrava de nada, apenas de ter bebido e dançado muito.
Rolei na cama percebendo que Harry já havia partido e que eu estava completamente dolorido. Outra coisa que havia mudado era o sexo. Harry estava agressivo, não no geral, mas na cama. A mania de se afastar do meu toque voltou então minhas mãos estava sempre presas pelas dele ou amarradas, longe dele. A irá brilhava em seus olhos mais que o desejo e eu notava que quanto mais agressivo ele ficava mais excitado ele ficava. Os tapas, as mordidas, o uso de coisas do quarto vermelho da dor, deixavam tudo mais agressivo e aterrorizante, mas ao mesmo tempo tudo mais excitante. Harry sabia disso e abusava, mas eu também me impunha contra algumas coisas. E ele se mostrava atento a isso, mas as vezes me ignorava como se fosse um castigo por algo que eu não sabia o que era.
Olhei a minha volta novamente vendo minhas malas prontas no canto da porta. Amanhã eu partia com Will para a Alemanha e hoje tinha o dia para despedir. Na verdade isso ficaria para noite, em que Niall em um surto de bondade decidiu marcar um jantar como despedida e convidou todos os meus amigos e conhecidos. Mas como isso seria só a noite hoje teria o dia livre para fazer nada. Will não iria poder sair já que foi visitar a mãe e Harry estava trabalhando. Suspirei cansado apenas de me imaginar o dia todo sem absolutamente nada para fazer.
Me levantei indo direto para o banheiro fazer minha higiene matinal. Hoje seria um longo e entediante dia.
*
Depois de duas horas sozinho eu já havia tentado de tudo, desde arrumar algumas coisas bagunçadas até ver Tv. Mas nenhuma das opções foram satisfatórias, cada segundo que passava em me sentia mais sozinho e mais ansioso. Só de imaginar que ao acordar amanhã uma hora dessas eu estaria no frio alemão eu já me sentia tonto de emoção. Seria a experiencia mais inusitada e fascinante da minha vida.
Me levantei do sofá onde me encontrava jogado vendo uma reportagem qualquer sobre leões no Animal Planet na Tv e desliguei o aparelho me sentindo cansado de fazer nada. Talvez se eu encontrasse o carregador reserva de Harry poderia usar meu Notebook para algo. Entrei no closet indo na direção das coisas de Harry, as roupas sistematicamente organizadas e as coisas organizadas em seus devidos lugarem me deixavam fascinado com o como Harry conseguia manter seu lado do closet tão arrumado e não deixava nada bagunçado.
Suspirando eu olhei onde ele poderia ter guardado o tal carregador me lembrando dele ter dito está em uma das suas gavetas. Franzi a testa com isso, Harry não me parecia o tipo de pessoa que guardava coisas escondidas em suas gavetas, principalmente algo tão banal quanto um carregador. Dei de ombros abrindo a primeira gaveta e revirando os olhos ao ver as gravatas separadas e dobradas organizadamente dentro do compartimento, fechei partindo para a segunda de uma sequencia de seis gavetas, que ficavam ao lado de onde suas camisas e calças ficavam penduradas. A segunda gaveta continha os relógios e dei um sorriso sem graça ao notar que o que ele usava hoje era o que eu havia dado de presente para ele no natal, pelo menos com tantas mudanças eu sabia que pelo menos ele ainda gostava de mim e essas pequenas demonstrações, como usar o relógio mais barato e simples que ele tinha em meio a vários apenas porque fui eu que dei, deixava isso bem visível. Com um sorriso torto fitei a terceira gaveta notando que ela estava um pouco mais revirada e observei as meias dobradas, mas fora de lugar, estranho. Vi um envelope pardo no fundo da gaveta e dei de ombros fechando a gaveta e deixando minha curiosidade de lado. Eu não iria invadir a privacidade dele apenas por uma simples e mórbida curiosidade. Quando abri a ultima gaveta achei o carregador e percebi que era ali que Harry guardava os carregadores e cabos das suas coisas. Me sentei no chão do comodo dividido entre pegar ou não o maldito envelope no fundo da gaveta.
Eu sentia que não devia mexer, mas estava mais curioso que o de costume com aquele envelope. Suspirei enquanto mordia a unha já ruida, nervoso. Ótimo, agora eu era uma garotinha confusa. Bom poderia ser apenas papelada do trabalho. No mesmo instante em que pensei nisso neguei, as coisas de Harry que envolvia trabalho ficavam no escritório e eu duvidava que ele fosse largar qualquer papel assim, do nada em um lugar qualquer. E porque estava escondido? Sera que era algo que envolvia a mim?
Respirei fundo e mordi o lábio inferior abrindo a gaveta novamente, olhar não iria matar e eu colocaria no lugar novamente. Puxei o envelope do fundo da gaveta vendo as meias dele se bagunçarem mais ainda.
- Droga - reclamei enquanto puxava ainda mais o papel grosso e quando terminei de tira-lo, vi um pequeno envelope vermelho mais ao fundo, havia um lacre amarelo fechando o envelope de carta. - Não pensava que uma gaveta de meias tivesse tantas coisas guardadas - Resmunguei para mim mesmo jogando o primeiro envelope no chão e pegando o outro. Ele iria me matar se descobrisse, mas eu não poderia fazer muita coisa se a minha curiosidade não fosse morta eu iria morrer de qualquer jeito.
Me sentei mais confortável no chão e fechei a gaveta pegando o envelope maior que já estava aberto e tinha em caneta e em uma letra que não era de Harry por ser completamente desleixada escrito " Sr. Styles". Abri o envelope vendo um bloco com aproximadamente seis folhas, franzi a testa vendo o logo de uma companhia aérea, eram passagens de avião de Londres para Genebra na Suíça, tinha duas passagens uma em meu nome e uma em nome de Harry, a data já havia passado, era para o final de semana seguinte a da apresentação. Eu olhei aquilo boquiaberto imaginando o por que de Harry ter escondido aquilo. Fitei a outra folha e vi ser uma reserva em um hotel em St. Moritz, aproximadamente 500 quilômetros de Genebra. Seria mais ou menos cinco horas de viagem. A reserva do hotel em nome de Harry Edward Styles era de quatro noites e três dias. A programação ia de reserva em um restaurante que pelo nome parecia ser chique e refinado a um passeio de esqui pelos Alpes Suíços. Era um passeio romântico perfeito, era o sonho de qualquer casal. Mas a ultima folha era o cancelamento e o comprovante reembolso de tudo. A data de cancelamento era do dia anterior a apresentação, o dia em que brigamos pela primeira vez por causa de Will e acabei falando a besteira de dizer que ele era primeira coisa boa que me acontecia a muito tempo. Harry naquele momento da discussão parou, ele me encarou por menos de um segundo e negou com a cabeça rindo, os olhos verdes ficaram turvos de raiva e ai tudo começou, transamos como se não houvesse amanhã, mas eu via a tristeza dele. Depois tentei me desculpar, mas de nada adiantou, ele fingia que nem lembrava. Eu senti meus olhos arderem, ele planejando algo assim para nós e eu simplesmente digo aquilo a ele. Deus eu era um monstro. Suspirei guardando tudo e pensando em um jeito de abordar o assunto e pedir desculpas a Harry. Ele não merecia o que eu havia dito. Passei as mãos pelo meu cabelo o deixando ainda mais bagunçado. Eu não deveria ter mexido naquilo. O remoço me consumia agora. Tudo que eu disse de grosseria a Harry me esfaqueando enquanto eu lembrava, cada palavra de grosseria. Rosnei de raiva de mim mesmo e pensei seriamente em adiar aquela viagem. Eu amava Harry ou não afinal?
Peguei o envelope vermelho abrindo o lacre com cuidado para não danificar o papel grosso e áspero, enquanto deixava a culpa me atacar. Eu era um monstro. Meus pensamentos pararam quando o conteúdo do envelope se revelou. Meus olhos se arregalaram e senti meu estomago revirar bruscamente.
Eu esperava qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, menos aquilo. Menos aquela foto.
Era uma cena, e eu sabia onde a foto foi tirada pela parede vermelha atras do homem na foto e eu sabia que era no quarto vermelho da dor na mansão, apesar de parecer um pouco diferente do que eu me lembrava. Mas o lugar era irrelevante se comparado a situação em que o homem fotografado se encontrava. Ele estava nu, amordaçado, as mãos erguidas e presas juntas em uma barra de ferro, o corpo marcado por vergões vermelhos que pareciam autos em sua pele, seus olhos estavam voltados para o chão a expressão dolorida e extasiada misturada ali, seus pés mal tocavam o chão e podia imaginar o quanto doía, já que estive em uma situação parecida. Por um momento tentei não me imaginar com Harry fazendo aquilo comigo, mas se tornava impossível. Era isso que ele queria, sempre quis desde que me conheceu, eu nunca cedi, mas era isso que Harry queria de mim. Ainda me sentindo tonto com a imagem percebi que havia mais fotos além daquela. A cada foto que passava meu enjoo aumentava. Então era assim que Harry tratava seus submissos? Com a crueldade explicita em cada foto? E como se não fosse o bastante ainda os humilhava tirando as fotos? Deus!
A ultima foto ficou na minha mão mais tempo do que eu esperava, aquela foi como o ápice de tudo. Era Austin. Amarrado, a uma cadeira, as marcas variavam de padrão, os mamilos preso em pregadores de ferro, o membro ereto com algo o prendendo e um pedaço de alumínio brilhava na ponta do membro duro dele, a expressão de dor se sobrepunha ao prazer e não queria nem imaginar o que era as gotas brancas espalhadas próxima ao seu rosto. Deixei as fotos caírem no chão enquanto me levantava e corria para a cozinha em busca de água. Meu Deus. Como eu pude chegar tão perto de cometer esse erro?
Como pude ao menos cogitar assinar aquele contrato. Tudo que eu vive com Harry parecia distante agora, tudo que ele disse e fez como se fosse uma mentira bem contada. Ele me queria como queria aqueles garotos das fotos. Como se não fossem nada, apenas um objeto que ele usava para se satisfazer. Eu tremia enquanto levava o copo de água aos lábios. Eu estava em choque.
Não que eu esperasse algo menos do passado que Harry guardava tão bem, mas ver em imagens vividas e reais me deixou no minimo... apavorado. E se um dia ele me exigisse algo assim? E se eu negasse e ele me forçasse? Deus eu não sabia mais nem o que pensar.
Tentei me acalmar enquanto voltava para o quarto entrei no comodo onde estava anteriormente e guardei os envelopes no lugar de onde nunca deveria ter saído. Arrumei a gaveta de um jeito que não deixasse visível que eu mexi ali.
Naquele instante eu agradeci por nunca ter aceitado o contrato e pela viagem para a Alemanha ser amanhã.
*
Pov. Harry
- Jace se acalme - eu resmunguei autoritário vendo o garoto na minha frente andando de um lado a outro com tablet na mão tagarelando algo sobre ir para Liverpool. Ele parou me encarando com os olhos castanhos em uma mistura de alivio por poder finalmente se acalmar e desespero por não saber o que fazer.
- Mas senhor Styles! O senhor vai perder o contrato... Ele é bilionário! - eu dei uma risada me acomodando melhor na minha cadeira e apontei para ele se sentar na cadeira a minha frente. Meio hesitante ele se sentou e o fitei dando um sorriso de lado. Ele era um bom garoto.
- Não posso simplesmente largar o Louis no aeroporto e pegar um avião para Liverpool - ele assentiu, mas me olhou com uma careta de duvida.
- Mas senhor Styles você poderia pegar o voo para depois que o Louis embarcar... Se perder esse negocio... Vai perder muito dinheiro - ele fez um bico de desentendimento e assenti enquanto tentava por meus cabelos longos demais no lugar. Jace havia se tornado um bom ouvinte e um bom concelheiro nos últimos dias. Ele estava me ajudando a lhe dar com toda a confusão que Louis me causava. Eu me sentia todos os dias a beira de um precipício de emoções, as vezes pensava que tudo estava como antes, mas quando falava com Louis parecia que Will era o único assunto e a unica pessoa que existia na sua vida. Eu em maioria ignorava e deixava passar, mas descobri uma maneira de descontar. Não podia castiga-lo então apenas fazia coisas mais agressivas, mas sem nada muito... masoquista de verdade. Eu apenas descontava um pouco da minha raiva. Louis poderia não notar, mas eu me distanciava dele a cada dia mais. Cada vez que o tocava era como se fosse a ultima e eu sabia que essa estava a cada dia mais próxima. Encarei Jace e acabei sorrindo para o garoto.
- Vou pensar, mas não seria tanto dinheiro assim, talvez eu vá de helicóptero o que acha? - ele girou os olhos e colocou o tablet sobre a mesa.
- Não que a minha opinião conte, mas... altura sem condições - acabei rindo e observando ele atentamente. Um perfeito submisso. Meu rosto se fechou e instantaneamente me repreendia pela observação. Respirei fundo algumas vezes e desviei o olhar do garoto a minha frente.
- Talvez eu o leve comigo... para dar uma volta o que acha - provoquei e mordi a parte interna da boca assim que a fechei. O que eu tinha agora? Me levantei vendo ele me olhar sem desconfiar que havia alguma coisa errada.
- Se for a trabalho quem sabe? Mas só se for muito necessário - eu sorri para ele quando o ouvi rir. Eu sentia falta da risada de Louis, do sorriso de Louis, do olhar inocente de Louis.... Do meu Louis. Do estudante de economia que corava apenas com a menção da palavra sexo. Do garoto que esteve ao meu lado em momentos difíceis, do menino que eu amava. Mas agora ele era o Louis do Will. E talvez continuasse a ser por muito mais tempo do que eu poderia aguentar.
- Sera necessário, bom tenho um jantar de despedida agora. Quer carona para casa? Vou passar em casa para pegar o Louis mesmo - ele assentiu e enquanto eu juntava minhas coisas ele fazia o mesmo com as dele. O menino sorriu para mim enquanto saiamos do meu escritório. Eu sentia que algo daria errado.
*
-Louis? - gritei ao chegar em casa. Joguei a chave do carro e da casa sobre o aparador e coloquei os papeis que Jace me entregou no escritório. Caminhei para o quarto tirando o paleto e afrouxando a gravata, eu estava cansado. Entrei vendo Louis sentado pronto na beira da cama, ele me olha com um sorriso estranho nos lábios. Os olhos dele mostravam uma confusão clara de sentimentos: Raiva, rancor, tristeza, amor... era tanta coisa junta que eu não sabia o que havia causado aquilo, além do medo mais que evidente ali. O observei atentamente me aproximando vendo as bochechas coradas e o nariz vermelho, assim como os olhos azuis marejados e avermelhados. Ele havia chorado e muito ao que parecia. Meu coração disparou no peito enquanto eu sentia a tristeza dele se tornar a minha também. - O que aconteceu? - Perguntei o mais calmamente que consegui e me aproximei para abraça-lo, mas ele simplesmente se levantou e se afastou o máximo que conseguiu de mim, franzi a testa unindo as sobrancelhas para sua ação inesperada. - O que houve Louis, está me assustando - disse sem me mover de onde estava e apenas o observei se aproximar mais da parede e estender a mão com um envelope vermelho desconhecido para mim.
- Isso aconteceu - sua voz fraca chegou aos meus ouvidos e me aproximei cautelosamente pegando o envelope de suas mãos, ele recolheu a mão rapidamente como se temesse me tocar. A rejeição dele me atingindo de uma forma inexplicável.
- E o que seria isso? - perguntei enquanto abria o envelope e analisava o conteúdo. Arregalei os olhos ao identificar aquelas fotos presentes ali. Eram fotos antigas, de uma época que parecia em outra era da minha vida de tão distante. Mas eram imagens fortes para alguém que não era acostumado com esse mundo. - Onde você achou isso? - perguntei enquanto analisava as fotos que eu tinha certeza, não deveria está ali. Ele deu de ombros fungando enquanto voltava a se sentar na cama.
- Na sua gaveta, escondido embaixo de um monte de coisas. - suspirei me voltando para Louis e guardando novamente as fotografias.
- Isso não deveria está aqui. - constatei e ele deu uma risada seca me encarando com certo desprezo.
- Oh claro que não! Na verdade deveria, mas não era para que eu encontrasse - exclamou irritado e eu não conseguia compreender porque tamanho alarde por algumas fotos.
- Na verdade isso deveria está no meu cofre, no Plazza, nada mais. Você te-las encontrado não faz muita diferença - ele me olhou com uma expressão de descrença.
- Não faz diferença para você! - ele se levantou irado e apenas acompanhei seus movimentos exasperados pelo quarto - Pelo amor de Deus, você olhou essas fotos? Eles estava... humilhados, machucados... e você provavelmente se divertindo com isso - acusou apontando o dedo para mim e coloquei o envelope sobre a cama ao meu lado enquanto me levantava.
- Louis isso foi a muito tempo, são fotos de garantia, no contrato...
- No contrato eles provavelmente aceitavam qualquer tipo de humilhação para que você pudesse fude-los depois - a acusação me acertou em cheio e por um momento fiquei sem palavras, porque ele estava tão indignado com aquilo afinal? - Era isso que você fazia com eles não era? Os humilhava, agredia, para o seu prazer próprio e depois como se eles fossem cachorrinhos adestrados você dava uma recompensa? Era isso que queria fazer comigo? E isso que ainda quer fazer comigo? - eu o encarei tentando entender onde ele queria chagar com tudo aquilo. Não havia planejado essa volta ao passado para essa noite, queria ao menos me despedi sem toda essa confusão.
- Louis você sabe que no começo sim, eu nunca escondi de você que o queria como meu submisso - ele arregalou os olhos e suspirei, até aqui nenhuma novidade, não sei porque a surpresa - Você recusou, viramos namorados, eu não exijo nada disso de você, não tem contrato nenhum entro nós e você sabe disso. Sabe que isso foi no passado...
- O passado que você tanto guarda e esconde! - ele me interrompeu com um grito exasperado e o encarei descrente. - O seu maldito passado ao qual eu não sei de nada. Esse mesmo passado que está ai, nessas fotos ou quem sabe em fotos piores no seu cofre no Plazza - minha respiração ficou presa e me controlei para não me aproximar e joga-lo na parede com raiva.
- Não há nada de bonito no meu passado para você saber Louis. Eu era isso que está ai sobre essa cama. Eu era e ainda sou um cara marcado e com um passado horroroso. Não posso apagar quem eu fui e nem quem eu sou. Eu mudei muito por você Louis - respondi um pouco grosso, mas eu não estava entendendo mais nada. O por que das acusações ou da revolta.
- Mudou, mas nunca me deixou entrar na sua vida de vez. Você me contou algumas coisas, mas nunca tudo. Você quer de mim o que eu não posso dar - eu o encarei vendo sua ira se transformar em tristeza e me senti indignado.
- Eu nunca exigi nada que você não pudesse me dar de bom grado. Eu nunca obriguei ninguém a fazer nada por mim. Nem eles nem você! Eu não contei porque não tem nada para contar, não tem uma historia bonita para contar, porque se essas fotos já te deixaram assim, não queira saber o resto - respondi vendo ele se aproximar parando próximo de mim.
- Se não tem uma historia bonita, então porque você não simplesmente esquece? Simplesmente segue sua vida sem se apegar a isso? Para de ter pena do que você viveu e comece a droga da sua vida! - eu o olhei com raiva. Ele achava que era fácil assim? Que apertava um botão e adeus todos os traumas e o passado ruim? Eu ri sem emoção o encarando com rancor.
- Você acha que eu já não tentei? Você acha que eu não penso nisso vinte e quatro horas por dia? Eu queria ser igual seu amiguinho é, perfeito e sem defeitos, com uma vida comum de adolescente popular e desejado, mas eu não fui assim. E se não pode viver com isso, eu não te obrigo a ficar - ele passou as mãos nervoso pelos cabelos e vi seus olhos marejarem novamente.
- Você não pode se comparar ao Will, Harry. Ele é tudo, absolutamente tudo que você não é. Ele é humano, não um monstro controlador que só pensa em si mesmo, que usava os outros apenas para se satisfazer. - eu arregalei os olhos me sentindo imediatamente tonto. A repulsa por mim mesmo crescendo enquanto suas palavras se cravavam na minha mente. Eu pensei em uma resposta, mas Louis não me deu tempo, ele apenas continuou - Sabe o que doí mais? Saber que eu amo você independente de tudo isso, mas não consigo lhe dar com o que você foi. Eu simplesmente não posso lhe dar com isso - o encarei com os olhos meio desfocados. Então era isso? Aquele era o fim? Pela primeira vez em muito tempo eu não tinha controle sobre a situação e não sabia o que fazer nem o que dizer. Me senti um tolo de pé no centro daquele quarto diante daqueles olhos azuis que me rejeitavam.
- Eu... - e naquele momento eu o fitei e vi o meu Louis frágil, o Louis que eu conheci e me apaixonei. O Louis que me fez mudar, que me fez enxergar alem da vida que eu vivia. Eu fechei os olhos me sentindo fraco, me sentindo um lixo. Eu sentia minhas mãos tremulas, meus olhos ardiam com as lagrimas, mas eu não as deixaria se derramar, não causaria pena em Louis. Apenas o deixaria ir. - Entendi, você não precisa carregar um fardo que não é seu, você não merece, por isso Louis, lhe desejo toda sorte do mundo e.... - respirei fundo caminhando para a porta, ele precisava saber apenas de uma coisa. - Eu amo você - disse alto o suficiente para ele ouvir, mas não fiquei para saber sua reação apenas caminhei para a sala o mais rápido possível e peguei a chave do carro saindo dali em disparada.
Eu sentia a dor da rejeição e da repulsa por mim queimar nas minhas veias, sentia cada célula do meu corpo me culpar por perde-lo e apenas acelerei o carro, para o mais distante que eu conseguisse naquele momento. Eu teria que aprender a viver com essa nova dor.
*
Pov. Zayn
- Eles estão demorando - Josh comentou e dei um sorriso malicioso para o baixinho a minha frente.
- Querido eles devem está se despedindo de acordo oras! - Niall que estava sentado ao lado de Josh riu e Liam bateu na minha cabeça com força - Ai amor - reclamei enquanto passava a mão onde ele havia cruelmente me agredido.
- Não deveria ficar fazendo insinuações sobre a vida dos outros é feio - ele repreendeu e me senti como se fosse Enzo tomando bronca por não se comportar direito.
- Mas você sabe que é verdade, se eu tivesse indo passar um mês longe de você faria a mesma coisa, eu iria te prender naquela cama que você...
- ZAYN! - A voz de Karina e Liam me repreenderam ao mesmo tempo e encarei ambos sem entender.
- O que? Agora estou falando da minha vida oras! - exclamei e Niall apontou para Enzo que brincava no chão e me encarava com os olhos curiosos. Oh merda! Nos últimos dia meu filho tem prestado atenção demais em coisas que não deveriam e como eu não tenho muito controle sobre a minha língua, sempre falava alguma coisa que atiçava ainda mais a curiosidade infantil dele.
- Poque que pende o papai na cama? - ele questiona e sinto minha bochechas ficarem vermelhas, ele me encarava determinado a obter uma resposta e os outros presentes apenas riram da minha situação.
- Para ele dormir melhor sabe? Papai Liam tem problemas para dormir as vezes - menti e a risada de Niall chamou a atenção de Enzo que encarou o loiro que ria descontrolado. Minha vontade era de mata-lo apenas com o olhar.
- Igual eu? Quando tenho sonho ruim? - ele disse voltando sua atenção para mim e acabei assentindo. Afinal não poderia prolongar aquilo, ou me complicaria de vez.
- É assim mesmo - ele se voltou para Liam pronto para continuar o interrogatório quando o choro de Thomas chegou a nossos ouvidos. Ele encarou Karina que apenas sorriu para ele estendendo a mão para ele - Salvos pelo Thomas! Serio que senso de oportunidade desse menino. Se ele continuar assim Ian você terá problemas - os azuis de Ian se viraram e ele riu.
- Ele já me causa problemas com os momentos que escolhe para querer atenção da mãe - nós rimos do falso sofrimento que ele empregou na frase e reiniciamos a conversa em um tópico qualquer enquanto esperávamos por Harry e Louis, já que o objetivo do jantar era a despedida do namorado de Harry. Liam se acomodou melhor ao meu lado deitando a cabeça no meu ombro enquanto eu passei o braço envolta da sua cintura o puxando para mais perto. Ian e Josh embarcaram em uma discussão sobre qualquer coisa de futebol e apenas troquei um olhar com Liam que deu um sorriso amável. Como tudo nele era amável do meu ponto de vista. Ele piscou os olhos castanhos lentamente aproximando seu nariz do meu e os tocando levemente em uma caricia despretensiosa.
- Amo você - Ele moveu os lábios para que eu lesse e dei uma risadinha tocando nossos lábios levemente. Naquele momento esqueci até mesmo onde estávamos com a sensação de aconchego que as palavras me causaram.
- Assim como eu também me amo - ele riu me dando um tapa no braço e ameaçou se mover quando o puxei de volta selando nossos lábios novamente em um beijo rápido - Você sabe que eu também te amo, e muito - sussurrei baixo na sua orelha e ouvimos um "Owt" vindo de Ian que começou a rir quando viu o rosto de Liam ficar vermelho de vergonha.
- Vocês são tão gays deveria parar com essas veadagens, virem homem - Josh sugeriu e o encarei com um sorriso de descaso.
- Você é muito hétero sexual não pigmeu branquelo? Estou até vendo sua namorada loira ai ao seu lado - desdenhei e Josh riu passando o braço pelos ombros de Niall.
- Ela é uma gostosa não é? - Niall se afastou dele com um tapa estalado no braço que o envolvia. Eu e Liam rimos enquanto víamos o loiro o encarar furioso. Ian apenas acompanhava a cena, como se fosse uma serie de Tv engraçada.
- Olha aqui seu anão de jardim mal terminado, ela é a senhora sua... - Niall parou no meio da sua ofensa a Josh quando a porta do apartamento dos dois foi aberta por Louis. Todos voltamos a atenção a ele e vimos que ele chorava copiosamente, Liam e Niall foram até ele preocupados e observei que Harry não estava com o garoto. Oh não.
- Onde o Harry está? - perguntei me levantando e Josh percebeu minha impaciência se colocou ao meu lado.
- Nós... Ele... - o garoto disse gaguejando e me senti muito afim de soca-lo. Naquele momento eu queria apenas coerência e saber onde estava meu amigo. Niall abraçou o garoto que desabou a chorar mais ainda no ombro do amigo.
- Ta tudo bem Lou, tudo bem. - Consolou e apenas bufei e Liam se colocou na minha frente tocando meu braço.
- Harry deve está bem, se acalme. Acho que o problema é outro - ele sussurrou e apenas suspirei impaciente.
- O que aconteceu Louis? - Ian que parecia ser o único capaz de manter a calma em qualquer situação perguntou e o garoto ergueu os olhos para nós que vimos uma tristeza gigante naquele olhar fragilizado.
- Nós terminamos. - E foi como se uma bomba tivesse caído na cabeça de cada um de nós.
Nada mais seria como antes.