O funeral

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Era quarta feira meio da semana, e avisei o meu chefe que iria ao funeral do Rosenberg, fui até a igreja da vila onde ele morava, estava cheio de pessoas até o dono da best news estava lá, fui prestar as minha condolências a família e novamente a esposa e refugiei-me num canto a observar as pessoas presentes, o assassino podia estar ali no meio daquela gente toda e eu sem saber.
Observo os filhos do Rosenberg e vejo que um deles esta indiferente, parece ser o filho mais velho tem mais ou menos a minha idade, alto, olhos negros e cabelo rapado de barba,precisava de falar com ele.
O funeral correu dentro da normalidade e no fim abordei o filho mais velho.
- Desculpe mas precisava de lhe fazer umas perguntas.
- Sim?- perguntam-me ele- quem é o senhor?
- Sirius Silva, agente da PIB- mostro o meu crachá e estendo a mão para cumprimentá-lo.
- Paul Rosenberg- apresenta-se mas sem me devolver o comprimento, e olhou-me desconfiado- A que devo a honra?
- Gostava de saber se a relação com o seu pai era boa, ou havia atritos entre vocês?
- Desculpe mas isso não é da sua conta se me dá licença, tenho que ir tratar de uns assuntos importantes- disse-me virando costas e afastando-se.
- Desculpe meu irmão- ouvi uma voz a trás de mim.
Viro-me e vejo uma rapariga baixa bonita de cabelos pelos ombros lisos e castanhos de olhos negros como os meus, devia ter mais ou menos 20 anos.
- É a filha do senhor Rosenberg?- pergunto cumprimentando- O meu nome é Sirius Silva agente da PIB.
- Chamo-me Melisa
- O seu irmão é sempre assim para as pessoas?- pergunto-lhe
- Sim, ele sempre foi frio para as pessoas incluindo para a família.
- A relação dele com o seu pai era boa?
- Não, pelo contrário passavam a vida a discutir sempre que se encontravam- respondeu-me tristemente- E agora ultimamente discutiam sempre porque meu irmão queria uma parte da redação e meu pai dizia que um dia quando morresse ficava para os filhos mas que enquanto fosse vivo, não havia nada para ninguém.
- E ele reagiu bem?- pergunto-lhe cada vez mais curioso.
- Bem se meter o fogo ao carro do meu pai é reagir bem, então sim reagiu bem.
- Que quer dizer?
- Quero dizer que meu irmão não controla os seus impulsos senhor agente, não pensa.- diz-me Melisa- Agora se não se importa tenho que ir.
Melisa afastou-se a passos largos deixando-me sozinho perto das sepulturas do cemitério.
Decidi ir almoçar antes de voltar à esquadra, quando me dirigia ao restaurante o telemóvel toca vou ver e é minha esposa, atendo.
- Sim Mor?
- Querido não queres vir almoçar comigo aqui perto do meu trabalho?- pergunta-me alegre- Tenho saudades tuas bebê.
Concordei e dirigi-me para a Tv news, cheguei e minha esposa já estava a minha espera, entra no carro e comprimentou-me.
- Olá príncipe como está a correr o trabalho?- perguntou ela contente em me ver.
- Bem Mor, venho agora do funeral do Rosenberg, ele tem um filho muito antipático- conto-lhe
- O Paul Rosenberg?
- Sim, como o conheces?- pergunto curioso.
- Ele está sempre metido em escândalos, é falado nas notícias quase todas as semanas.
- Sério? tenho que ver se ele tem cadastro- digo decisivo
- Acredita que tem, ou por agressões ou por condução perigosa, eu não sei mas ele como é o mais velho acho que vai ser o novo líder da times news.
Entramos no restaurante e começamos a almoçar.
- Mor este fim de semana vou levar a Miriam a minha mãe para termos um fim de semana só nosso- disse-me minha esposa contente.
- Sim uma ótima ideia mor- concordei, estava mesmo a precisar de descontrair um pouco com a minha esposa.
Terminamos de almoçar e levei-a de volta ao trabalho e fui para a esquadra, fui ao escritório do meu assistente Sasori e pedi-lhe para ver se o Paul Rosenberg tinha ficha de cadastro para depois me trazer ao escritório caso encontrasse algo.
Sentei-me na minha cadeira pensativo, agora tinha uma pessoa que me parecia muito suspeita, mas não fazia sentido, o filho não se podia encontrar com o pai ao mesmo tempo que a suposta amante, sim tudo bem que ele é conflituoso e tinha problemas com o pai mas não significa que o mataria, e para além do mais quero também descobrir quem se encontrava com o senhor Rosenberg no escritório, não tenho ainda provas concretas.
Peguei num papel e escrevi o que pensava sobre a investigação.

" Papelinho com mensagem
- Elástico com fio de cabelo
- Paul Rosenberg(suspeito)
- pessoa que se encontrava com Robert Rosenberg(suspeito)
- Cabelo loiro(ainda em análise)
- Arma do crime era do senhor Rosenberg "

Tinha já algumas pistas mas nada em concreto além disso não posso simplesmente acusar as pessoas sem ter provas concretas.
Passo o resto da tarde no meu escritório a ver a ficha de cadastro de Paul Rosenberg que entretanto meu assistente tinha trazido até mim, pelo que vi era uma pessoa muito violenta já foi detido várias vezes.
Finalmente o dia tinha chegado ao fim e voltei a casa para descansar.

O assassino de LondresOnde histórias criam vida. Descubra agora