A viuva

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Batem a porta e eu convido a entrar, e era Sasori com a senhora Rosenberg.
- Está aqui a senhora Kate Rosenberg - anuncia-me Sasori
- Podes nos deixar a sós Sasori obrigado
- Sim senhor- disse Sasori fechando a porta
Convido-a a sentar-se, uma senhora na casa dos 40 anos loira de olhos azuis, estava já de luto e destroçada com os olhos inchados de tanto chorar.
- A senhora quer um café?- pergunto-lhe
- Não obrigada, eu estou bem responde-me na sua voz abafada.
- Bem antes de mais queria apresentar as minhas condolências pela morte do seu marido- digo-lhe enquanto as lágrimas lhe corriam pela cara a baixo
- Obrigado senhor agente- respondeu limpando as lágrimas com um lenço.
Sento-me na minha cadeira e penso da melhor forma de começar o interrogatório, penso em aliviar a tensão.
- Não fique assim o seu marido não a quereria ver triste, lembre-se de momentos bons que passaram juntos- tento confortá-la primeiro- Aqui tem uma coisa que lhe pertence.
Pego no elástico do cabelo e meto em cima da mesa, no qual ela ficou confusa ao ver o elástico.
- Meu? Desculpe mas esse elástico não é meu, eu nunca amarro o cabelo- diz me ela
Era o que eu queria ouvir, se o elástico não era dela de facto o senhor Rosenberg encontrava-se com alguém e aquele elástico era um começo.
- O seu marido costumava passar muito tempo no trabalho?
- Sim ele de uns meses para cá ficava sempre até mais tarde no trabalho, chegava quase todos os dias tarde- respondeu-me abalada- o que causou a morte dele foi ter ficado até tarde, se ele não ficasse até tarde nada disto aconteceria.
- Sabe se o seu marido tinha inimigos?
- Claro que tinha senhor agente, o dono da best news não podia ver meu marido por causa das redações, entende rivalidades.- respondeu
- Mas rivalidade saudável suponho?
- Sim nada de mais, apenas algumas indiretas mas nada de mais.
- Seu marido tinha algum sítio que frequentava muito ultimamente?
- Bem pelo que sei ele ia todas as manhãs a um pub que fica mesmo ao lado da redação.
A medida que ela me ia dando informações eu ia apontando num bloco tudo que me poderia ser útil.
Depois do interrogatório decidi ir almoçar e no fim tomar um café no pub que o senhor Rosenberg frequentava.
Pelo que vi era um sítio muito bem apresentado, com 2 empregadas extremamente bonitas uma alta, ruiva de olhos verdes e a outra loira de olhos cor de avelã, sentei-me ao balcão e fui atendido pela ruiva.
- O que vai ser senhor?- pergunta-me ela
- Um café por favor- peço-lhe
A ruiva serviu-me o café e olhava-me com curiosidade
- O senhor não trabalha aqui perto pois não?- pergunta-me curiosa
- Não, mas vocês também perderam recentemente um cliente diário pelo que sei- aproveito meter conversa para sacar informações.
- O senhor Rosenberg? Sim foi muito triste quando soube da notícia.
- Ele era uma pessoa muito sociável?
- Sim, ele até se dava muito bem com a Carla- disse apontando para a empregada loira enquanto se aproximava deles- Não era Carla?
- O que?- perguntou a loira
- Estava a dizer aqui a este senhor que o senhor Rosenberg gostava muito de ti.
- Pois, uma jóia de homem- disse a loira com pouca convicção.
Terminei o meu café e voltei a esquadra, cheguei ao escritório e em cima da minha secretária estava um saco com uma bala, finalmente já tinham retirado a bala do corpo, peguei na bala e observei-a vi que a arma do crime estava registrada e marcou o código "047057"
Fui rapidamente ao computador ao ficheiro das armas registradas e coloquei o código na barra de pesquisa e vi que arma tinha sido registrada no nome de Robert Rosenberg, a arma que o matou era a dele, mas quem a usou levou-a junto.
Vou à internet e vejo quando é o funeral do Rosenberg, como é uma figura pública a data e hora do enterro estava na internet e é amanhã as 15h, tenho que ir ao funeral posso encontrar algo que ajude a investigação, ver amigos família, de momento qualquer um pode ser o assassino, para além do mais a análise do cabelo só chega para a semana tenho ainda que esperar para saber mais sobre o crime, mas já vou tendo algumas informações sobre o crime, primeiro já sei que a arma do crime era do Rosenberg e segundo sei que o Rosenberg provavelmente se encontrava com alguém no seu escritório depois do trabalho, agora tenho que obter mais informações e não há sítio melhor do que o funeral onde se encontra família e amigos, irá me permitir fazer algumas perguntas.

O assassino de LondresOnde histórias criam vida. Descubra agora