Ironia da vida

72 0 0
                                    

Acordo no hospital, meu coração batia fraco, pouco a pouco ia me lembrando de tudo que aconteceu, tento me levantar mas estava demasiado fraco para o fazer.
Entretanto entra uma enfermeira distraída no quarto.
- Estou aqui a quanto tempo?- perguntei na minha voz rouca e frágil
- O senhor finalmente acordou, vou chamar o médico- disse a enfermeira surpresa
Enquanto ela foi chamar o médico eu observei o dia lá fora, estava um lindo dia.
- Sirius Silva lembrasse de mim?- perguntou o médico enquanto entrava no quarto
- É o senhor Grint?- perguntei ainda baralhado
- Sim isso mesmo- respondeu com um sorriso fraco.
- Que me aconteceu?
- O senhor foi baleado no coração mas não em cheio foi de raspão, e foi preciso um transplante de coração, por sorte houve um dador, se não hoje o senhor não estava aqui são e salvo- explicou o médico- Mas a vida é mesmo irônica senhor
- Porque o senhor diz isso?
- Porque a doadora do coração que agora o senhor possui é Melisa Rosenberg.
- O que?- pergunto chocado
- Sim quando o senhor foi baleado entretanto a polícia chegou ao local e ela envolveu-se em confrontos com eles e não se quis render e acabou por ser abatida- explicou o médico- A família deu permissão para doar o coração dela ao senhor, como ela era compatível como o coração estava intacto nós fizemos o transplante com sucesso.
Não sabia que pensar, afinal a vida era mesmo irônica, a pessoa que me tentou tirar a vida acabou por devolvê-la, era estranho saber que o coração que bate dentro de mim é de uma pessoa que me quis matar, mas sendo assim o caso está acabado, afinal os dois arguidos acabaram mortos.
Queria era sair dali e matar as saudades da minha esposa e da minha filha.
- Já avisei a sua família que acordou eles vêem a caminho- disse o médico.
Ainda me sentia um pouco fraco e acabei por adormecer até sentir um beijo nos meus lábios, abri os olhos e vi a minha esposa e minha filha.
- Olá mulheres da minha vida- disse sorrindo
- Paizinho- disse a minha filha me abraçando.
Foi bom sentir o abraço da minha filha novamente, ver seu rosto, saber que ainda vou ter a oportunidade de a ver crescer.
- Pregaste-nos cá um susto meu amor- disse Mafalfa
- Amor estou a pensar e acho que podíamos ir para Portugal viver- digo-lhe pensativo- Porque a Miriam nem ia estranhar porque ela na fala safasse bem e na escrita melhorava e tu também sabes o idioma
- O que estiver bem para ti está para mim meu amor- respondeu-me ela.
Pensei em sair de Londres não definitivamente mas por alguns anos, este acidente ensinou-me a dar valor a vida, que ela não era só trabalho mas sim estar com aqueles que amamos e nos fazem felizes.

O assassino de LondresOnde histórias criam vida. Descubra agora