Capítulo Sete

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- Qual é essa próxima parada?- Annya perguntou ficando ao lado do Capitão de cabelos vermelhos.

Dois dias haviam se passado que a garota estava dentro do novo navio, ela tentou fazer que as sombras mandassem um recado aos seus pais mas elas apenas riram da sua cara, Annya perdia a paciência aos poucos.

- É uma cidadezinha, vamos encontrar um homem que diz ser descendente de um dos sobrevivente de Athennias e ele tem alguns rascunhos das invenções que tem na ilha.

- Ficaremos quanto tempo nela?

- Na cidade? Um ou dois dias, se acharmos os rascunhos, vou ter que redesenha-los e mandar uma carta para o rei.

- Você sabe desenhar?- ele sorriu de lado.

- Uma das minhas habilidades, além de ser charmoso.- olhou para a garota enquanto sorria de lado.

Canalha. Annya pensou.

- E se não der certo? Se as invenções não funcionarem?

- Então rezaremos para Deus que a Inglaterra sobreviva nessa guerra.

- Você vai lutar nela?

- Não sei, não quero participar mas ao mesmo tempo não quero ver nosso país perdendo para França.

- É realmente necessário as invenções?

- França tem a Itália como aliada, Inglaterra precisa dessas invenções para ganhar.

- Eu sou italiana.- os dois se olharam.- Bom, eu nasci na Itália.

- Quer que eu te jogue no mar?

- Faça isso e antes mesmo de eu atingir a água, sua mente já terá sido apagada.- o pirata tirou os cotovelos do corrimão e ajeitou a postura ainda olhando os olhos azuis da garota.

- Então você pode fazer mais coisas além de controlar a escuridão?

- Ler mentes? Sim. Destruir sua mente e controlar uma pessoa? Nunca tentei.

- Nem tente, não quero sangue no meu convés.- a garota riu fraco e os dois olharam para o convés, eles estavam na parte alta onde ficava o timão controlado por Luca.- Está vendo aquelas garrafas ali?- apontou para algumas garrafas vazias do outro lado do convés.- Quero ver se consegue atirar em uma delas nessa distância.- a garota riu.

- Fácil.- a garota tirou do cinto uma pistola e mirou em uma das garrafas, era difícil por causa da distância mas Annya estava confiante.

A garota puxou o gatilho e acertou em cheio a garrafa, fazendo a mesma se estilhaçar. Uma leve fumaça saiu da ponta da pistola.

Anastasia sentiu a mão de Dante passar na sua cintura e puxar a segunda pistola, a garota levou um leve susto mas depois se acalmou vendo o capitão olhando a pistola em mãos.

- Impressionante.- ele travou e destravou a pistola, além de abrir o compartimento que ficava as balas.- Elas são de boas qualidade, e o design é lindo.

- Foi um presente. Meu tio me deu elas no meu aniversário de dezesseis anos.- o garoto a olhou e devolveu a arma, Annya guardou as duas na cintura novamente.

- Sentimental então.

- E você? Não tem nada sentimental da sua família?- o pirata riu fraco.

- Não gosto de falar sobre minha família, você não é a primeira pessoa a tentar tirar alguma informação sobre isso de mim.- a garota revirou os olhos e o pirata sorriu, ele deu leves batidas no seu ombro e desceu as escadas.

Anastasia observou ele se afastar, a garota apostava que se seu pai estivesse aqui ele já teria ameaçado a matar Dante. A garota sorriu com a memória do pai.

Annya foi para o lado de Luca no timão.

- Quem é o bruxo da primaveril?- o garoto riu.

- Sou eu.

- Ah eu....eu não sabia. Mas eu pensava que a primaveril só podiam se transformar em animais ou controlar a natureza.

- Eu sou "novo" na família, eu me especializei mais na natureza e em criar novos tipos de ervas, posso controlar a terra e não gosto de transformações.

- Entendi. Mas por que você decidiu virar um pirata?

- Porque eu queria liberdade e viver minha vida.

- Você tem alguma ligação com o senhor da primaveril?

- Não, acho que meu pai era um primo de segundo grau talvez, mas as vezes eu gostaria de ser apenas um bruxo comum.

- Bom, você é bom fabricando essas ervas, aquele pó pode ser uma arma boa.

- Eu dei a ideia de tentar criar uma erva tóxica para usar na guerra mas o capitão me proibiu.

- Por que?

- Ninguém quer mortes de inocentes, os soldados estão apenas fazendo o trabalho deles. A erva mataria todos.- Annya assentiu lentamente e ficou quieta.

Qual era o preço para ter uma guerra?

A Estrela Amaldiçoada Onde histórias criam vida. Descubra agora