- Qual é essa próxima parada?- Annya perguntou ficando ao lado do Capitão de cabelos vermelhos.
Dois dias haviam se passado que a garota estava dentro do novo navio, ela tentou fazer que as sombras mandassem um recado aos seus pais mas elas apenas riram da sua cara, Annya perdia a paciência aos poucos.
- É uma cidadezinha, vamos encontrar um homem que diz ser descendente de um dos sobrevivente de Athennias e ele tem alguns rascunhos das invenções que tem na ilha.
- Ficaremos quanto tempo nela?
- Na cidade? Um ou dois dias, se acharmos os rascunhos, vou ter que redesenha-los e mandar uma carta para o rei.
- Você sabe desenhar?- ele sorriu de lado.
- Uma das minhas habilidades, além de ser charmoso.- olhou para a garota enquanto sorria de lado.
Canalha. Annya pensou.
- E se não der certo? Se as invenções não funcionarem?
- Então rezaremos para Deus que a Inglaterra sobreviva nessa guerra.
- Você vai lutar nela?
- Não sei, não quero participar mas ao mesmo tempo não quero ver nosso país perdendo para França.
- É realmente necessário as invenções?
- França tem a Itália como aliada, Inglaterra precisa dessas invenções para ganhar.
- Eu sou italiana.- os dois se olharam.- Bom, eu nasci na Itália.
- Quer que eu te jogue no mar?
- Faça isso e antes mesmo de eu atingir a água, sua mente já terá sido apagada.- o pirata tirou os cotovelos do corrimão e ajeitou a postura ainda olhando os olhos azuis da garota.
- Então você pode fazer mais coisas além de controlar a escuridão?
- Ler mentes? Sim. Destruir sua mente e controlar uma pessoa? Nunca tentei.
- Nem tente, não quero sangue no meu convés.- a garota riu fraco e os dois olharam para o convés, eles estavam na parte alta onde ficava o timão controlado por Luca.- Está vendo aquelas garrafas ali?- apontou para algumas garrafas vazias do outro lado do convés.- Quero ver se consegue atirar em uma delas nessa distância.- a garota riu.
- Fácil.- a garota tirou do cinto uma pistola e mirou em uma das garrafas, era difícil por causa da distância mas Annya estava confiante.
A garota puxou o gatilho e acertou em cheio a garrafa, fazendo a mesma se estilhaçar. Uma leve fumaça saiu da ponta da pistola.
Anastasia sentiu a mão de Dante passar na sua cintura e puxar a segunda pistola, a garota levou um leve susto mas depois se acalmou vendo o capitão olhando a pistola em mãos.
- Impressionante.- ele travou e destravou a pistola, além de abrir o compartimento que ficava as balas.- Elas são de boas qualidade, e o design é lindo.
- Foi um presente. Meu tio me deu elas no meu aniversário de dezesseis anos.- o garoto a olhou e devolveu a arma, Annya guardou as duas na cintura novamente.
- Sentimental então.
- E você? Não tem nada sentimental da sua família?- o pirata riu fraco.
- Não gosto de falar sobre minha família, você não é a primeira pessoa a tentar tirar alguma informação sobre isso de mim.- a garota revirou os olhos e o pirata sorriu, ele deu leves batidas no seu ombro e desceu as escadas.
Anastasia observou ele se afastar, a garota apostava que se seu pai estivesse aqui ele já teria ameaçado a matar Dante. A garota sorriu com a memória do pai.
Annya foi para o lado de Luca no timão.
- Quem é o bruxo da primaveril?- o garoto riu.
- Sou eu.
- Ah eu....eu não sabia. Mas eu pensava que a primaveril só podiam se transformar em animais ou controlar a natureza.
- Eu sou "novo" na família, eu me especializei mais na natureza e em criar novos tipos de ervas, posso controlar a terra e não gosto de transformações.
- Entendi. Mas por que você decidiu virar um pirata?
- Porque eu queria liberdade e viver minha vida.
- Você tem alguma ligação com o senhor da primaveril?
- Não, acho que meu pai era um primo de segundo grau talvez, mas as vezes eu gostaria de ser apenas um bruxo comum.
- Bom, você é bom fabricando essas ervas, aquele pó pode ser uma arma boa.
- Eu dei a ideia de tentar criar uma erva tóxica para usar na guerra mas o capitão me proibiu.
- Por que?
- Ninguém quer mortes de inocentes, os soldados estão apenas fazendo o trabalho deles. A erva mataria todos.- Annya assentiu lentamente e ficou quieta.
Qual era o preço para ter uma guerra?
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A Estrela Amaldiçoada
FantasyCONTINUAÇÃO DO LIVRO A ESTRELA NA ESCURIDÃO Segundo livro O capitão Kira e a senhora da escuridão são um casal que viveram muitas aventuras juntos, o tesouro de Akiles não foi o fim, mas apenas o começo. Alguns anos depois, eles agora tem uma filha...