- Como está minha afilhada?- Liand perguntou as sombras, a bruxa terminava de mexer seu chá.
- Bem, minha deusa. Ela já descobriu que Dante é príncipe Daniel.
- É mesmo? Me pergunto se ela vai me apresentar a ele, um príncipe corsário.- ela riu fraco e bebeu o chá, a cabana transmitia um calor agradável.
- Eles chegaram logo em Athennias. A senhora acha que Anastasia conseguirá?
- Sei do potencial dela, ela tem meus poderes igual a mãe. Mas ela teve mais treinamento que Isabel, foi treinada desde pequena.
- Você acha que tem a possibilidade dela quebrar sua maldição?- a bruxa abaixou a xícara e olhou para o líquido amarronzado com aroma de canela.
- Não, ela poderá abrir um espaço mas quebrar totalmente não. Ela teria que absorver para quebrar por completo, iria...iria matá-la se fizesse isso.- engoliu a seco.- A maldição foi feita com raiva e ódio, sentimentos pesados que sobrecarregam as trevas, nem eu mesma sei quebrar a maldição.
- Anastasia iria morrer?
- Talvez sim, talvez não, não sei quais seriam as consequências.- colocou a xícara na mesa.- E William e Isabel?- disse para trocar logo de assunto, não queria pensar na possibilidade de Anastasia morrer.
- Vivos e bem, passaram por uma longa tempestade, sofreram perdas de botes e uma vela, mas todos estão vivos.
- Onde eles estão?- perguntou preocupada.
- Em uma cidadezinha no litoral de Portugal, estão reconstruído a vela e ajeitando o navio.
- Eles sabem de Annya?
- Sim, senhora. Eles receberam uma carta da garota, estão preocupados ainda mas aliviados que ela está viva.
- Muito bem. Pode ir, continue espionando.
- Sim, minha deusa.- as sombras sumiram da cabana.
Morgana se sentou na cadeira perto da janela do seu quarto, a mulher viveu a milênios mas nunca se sentia cansada. Perdeu amigos, companheiros e seu amor, mas ao longo dos anos foi ganhando novos amigos.
Ela achava os céus entediantes, por isso ficava na terra em corpo humano, a terra era mais emocionante.
A mulher pegou uma caixinha de madeira e abriu a mesma, nela tinha seus pertences matérias mais preciosos. A primeira concha que existiu, a primeira rosa e lírio conservados em magia, algumas joias com valor sentimental.
Liand afastou os objetos e pegou do fundo um papel mais grosso em formato quadrado, tinha tomado a coloração meio amarelada mas ainda estava conservado.
Era a fotografia de seu tempo em Athennia, a única coisa que levou com sigo depois que saiu daquela ilha.
Ela sorria enquanto abraçava o pescoço do marido, ele com os braços na sua cintura, atrás havia a casa deles, seu marido não olhava para a frente, olhava para ela.
No fundo da caixa, Liand também tirou sua aliança conservada com magia, era de ouro com detalhes em bronze.
Eram memórias dolorosas que a deusa gostava de relembrar, já tinha chorado o suficiente, mas gostava de relembrar de como era a sensação de ter uma vida normal durante alguns anos.
Ela guardou tudo na caixa e escondeu em seu armário, a bruxa fechou a porta do quarto e desceu para o segundo andar.
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A Estrela Amaldiçoada
FantasyCONTINUAÇÃO DO LIVRO A ESTRELA NA ESCURIDÃO Segundo livro O capitão Kira e a senhora da escuridão são um casal que viveram muitas aventuras juntos, o tesouro de Akiles não foi o fim, mas apenas o começo. Alguns anos depois, eles agora tem uma filha...