Capítulo Quatorze

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Annya abriu os olhos e viu a luz do sol entrando na janela do quarto. A garota olhou por cima do ombro e depois virou o corpo, Dante dormia de barriga para cima, o rosto virado para o lado oposto, o peito subindo e descendo devagar.

A garota saiu da cama devagar para não acordar o garoto, se espreguiçou e seu olhar caiu para a mesa do quarto.

Annya segurou um desenho de uma das invenções, estavam perfeitos, Dante realmente tinha o talento de desenhar, quase não tinha diferença dos originais.

Ela colocou no lugar o desenho mas outro chamou sua atenção. A bruxa pegou o papel e sorriu surpresa.

O capitão havia a desenhado enquanto dormia, o desenho parecia uma verdadeira pintura ou cópia da garota. Cada linha do rosto até o cabelo estavam perfeitos, no canto da folha havia sua assinatura.

A garota deixou o desenho no lugar para não sujar de carvão, ela pegou sua bolsa e foi para o banheiro. Depois de um banho, a garota colocou calças, uma blusa verde escuro com decote ombro a ombro, com manga longa.

Junto com o corpete de alça marrom por cima do vestido e botas, o cabelo continuou solto.

A garota saiu do banheiro e Dante estava sentado na cama, ainda com a cara de sono.

- Bom dia moranguinho. Vamos acordar.- a garota disse e o capitão a xingou, Annya colocou seu cinto com as pistolas na cintura.

O garoto tomou banho e colocou roupas novas além de curativos novos. Blusa, calça e botas pretas e um sobretudo marrom por cima, ele ainda usava o curativo na sobrancelha.

Enquanto o garoto se arrumava, Annya escreveu uma carta para seus pais, explicou a situação e disse que tudo ficaria bem, depois ela daria mais notícias.

Dante também escreveu uma carta para o rei, Annya ajudou a colocar os desenhos e a carta em um envelope só com o aviso de urgente para o palácio na capital.

- Dante...o desenho...- a garota parou. Já estavam prontos para deixar o quarto.

- Ah...tinha sobra uma folha e ainda estava sem sono, pode ficar para você.- ele entregou o desenho, a garota sorriu e dobrou o mesmo.

- Obrigada.- deu um beijo na bochecha do garoto e ele a olhou surpreso.- Vamos.- colocou o desenho na bolsa e abriu a porta.

Dante ficou no lugar parado e piscou algumas vezes, pegou sua bolsa e saiu do quarto.

Depois de comerem algo de café da manhã na hospedaria, eles pegaram o cavalo novamente. Dante garantiu que estava bem para calvagar então foi na frente e Annya atrás, dessa fez a menina não hesitou de colocar seus braços envolta da cintura do garoto.

As cartas foram enviadas, Annya sabia que haverá uma reunião em uma semana, então o endereço seria para a reunião, sua mãe receberia a carta e ficaria calma.

Nas ruas os dois ficaram atentos para não sofrerem outro ataque.

A brisa do mar atingiu o rosto de Annya e a menina fechou os olhos por segundos, de longe já via o navio.

- Nem perguntei, qual é o nome do seu navio?

- Você não sabe?

- Não conheço o nome de todos os navios piratas.- o garoto riu fraco, ele segurou as rédeas do cavalo com uma mão e com a outra apontou para embaixo da proa do navio, onde ficava o nome.

A Maldição dos Santos

- É religioso?- claro que existia diversas religiões no mundo.

- Não muito, rezo para qualquer Deus, deusa, deuses ou santo que atenda minhas orações.

- E eles te ouvem?

- Ouvem, mas as vezes não realizam, apenas observam.- ele pulou do cavalo, Dante estendeu a mão e Annya segurou a mesma descendo do cavalo.

Dante vendeu o animal para um vendedor que precisava para se locomover, Windson já estava esperando os dois perto de algumas caixas de madeira do porto. Junto com uma bolsa com seus pertences.

- Capitão.- ele olhou o rosto de Dante, o curativo na sobrancelha.- O que houve?

- Não importa. Pronto?- o homem assentiu, Annya e Dante subiram a rampa e Windson vinha atrás.

Os piratas presentes no convés notaram Dante subindo.

- Capitão no convés!- um gritou e todos ficaram atentos, Emma e Luca se aproximaram.

- Tirem a rampa. Luca, coloque o navio para a rota oeste, depois eu te ajudo a acertar direito.- Dante disse.

- Sim, senhor.- o garoto se afastou.

- Houve algum problema?- perguntou à Emma.

- Nenhum, capitão. Os carregamentos foram postos, nada foi roubado.- olhou para o homem de óculos.- Quem é esse?

- Senhor Windson, o descendente de um atheniano. Ele vai na ilha conosco.- Emma abriu a boca para questionar mas desistiu.- Revista a bolsa dele, garanta que não tem armas.

- Sim, senhor. E que machucado é esse?

- Annya vai te explicar o que aconteceu, depois fale com Luca que eu preciso daquela erva curadora dele.

- Sim, senhor.- Emma olhou para Annya e se aproximou da garota.- Quero saber o que aconteceu.

- Pode deixar.- As duas sorriram, Emma pegou a bolsa do Windson e pediu para o homem seguir ela, deixando Dante e Annya sozinhos.

A rampa foi puxada e o navio fechado, Annya já sentiu o mesmo se movendo.

- Vou para minha cabine, se comporte.- bagunçou os cabelos da menina.

- Su não sou um cachorro para você falar para eu me comportar.

- Mas eu ainda sou o capitão aqui.- ele deu uma piscadela junto com um sorriso e se afastou indo na direção da sua cabine.

Anastasia acabou rindo fraco, seu coração traidor bateu rápido por causa da piscadela. A garota começou a andar na direção das escadas para o andar de baixo.

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E aí? Quem pegou a referência do nome do navio de Dante?

Espero que estejam gostando, quase não vejo comentários.

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