CAPÍTULO DEZESSEIS.

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Se tinha uma que era Catarina, essa coisa era decidida, nem sua própria mãe costumava controlá-la, sabia, assim como eu, que seria perda de tempo. Sendo assim, próximo das oito e meia, parte para o meu banho e alguns minutos em frente ao meu guarda-roupa sem saber bem o que vestir, mesmo sendo um barzinho, metade da minha faculdade estaria lá, ele era um bar universitário e quase todos os dias fechava a rua de tamanha lotação. Recebi algumas mensagens de Tyler durante o dia, ele me chamava para saber como eu estava eo que estava fazendo, por mais que eu gostasse de alguém por perto, tinha momentos que ele não era muito agradável, e hoje seria um dia que eu iria tentar sei lá, ir até outro cara, tentar mostrar a Tyler que não sou sua propriedade e nem que estamos em um relacionamento.

Enquanto mexo nas peças do meu guarda roupa me deparo com o bendito vestido preto de costas aberta. Ele me trazia tantas lembranças, por mais lindo que eu o achava, não conseguiria vesti-lo sem estar sendo relatado detalhadamente por Sebastian, sempre que o vestia, ele me admirava como a mulher mais linda do mundo. Seria frustrante aparecer-lo com Tyler ou sabe la Deus quem e não receber a mesma olhada.

Coloquei uma calça jeans rasgada junto a um coturno de salto, bem grosso e um preto recortado, o frio de Seattle já tinha se tornado fichinha para mim, eu não me importava mais tanto com o vento gelado depois das oito da noite.

Mais uma mensagem de Tyler chega em meu celular, "vai para o puxadinho essa noite?"

- Fala sério. Isso não estava MESMO nos meus planos. - Digo para mim mesma baixo me referindo ao fato de me encontrar com Tyler lá.

Ouço um carro com música alta se aproximar da minha casa, certamente e obviamente era Catarina. Minha mãe entra em meu quarto antes de atender Catarina.

- Lea, eu te IMPLORO!

Dou risada.

- Mamãe, eu já sou bem grandinha, sei me cuidar.

- Não gosto dessa menina.

- Você não gosta de ninguém mamãe.

- Mentira! Eu gosto de Emily.

- Estou indo.

Dou um beijo em sua bochecha e desço as escadas com pressa.

- SE CUIDE!

Grita minha mãe próxima a escada mas saio antes de conseguir responder.

Eu e Catarina decidimos fazer um pequeno esquenta em um posto de gasolina perto da minha casa. Chegando lá, dois meninos altos e com vestimento mais jogada, nos observam de cima à baixo, saio do carro e vou até a conveniência onde eu sinto ou olhar de um deles me cercando. Não era um sentimento de medo e sim de desejo, pareciam que eles estavam com as intenções que eu e Catarina à noite.

- Beleza, compra camisinha.

Solto uma risada alta na conveniência.

- Garota, você realmente tem problemas.

- Pô, você viu aquilo lá fora? Eram dois pedaços de mal caminho.

Circulo pela conveniência em busca de alguma bebida forte e alguns docinhos para não ficar totalmente fora de controle antes de voltar para casa. Bebida alcoólica ainda era um gatilho enorme para mim, eu nunca perdi o controle quando não estava sob os cuidados de alguém, e em todas as vezes, esse alguém era Sebastian, e já que ele não estava mais presente na minha vida, eu acabava arranjando alguém responsável para me acompanhar. O que não era o caso de Catarina, que já estava virando uma garrafa de cerveja dentro da conveniência. Olho a cena e dou risada.

- Você vai sujar seu vestido.

Catarina estava vestida em um vestido rosa bebê com algumas flores brancas, de ombro a ombro, combinava com o seu cabelo e seu tênis vans preto.

85 ∂ıαs cσм ѵσcє. Onde histórias criam vida. Descubra agora