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MINHA VIDA SEM VOCÊ.

Como um bom escritor havia dito através de sua obra na qual eu li uma vez, "te amar pode ser a coisa mais perigosa na qual eu farei a mim mesmo." Nada se encaixava melhor entre eu e Lea. Minha experiência de vida nos meus últimos anos sem Lea me fez enxergar além dos limites e até onde eu conseguiria ir apenas com a força de vontade que habitava em mim.

Eu nunca mais encontrei alguém igual a ela. Lea era tão forte que sozinha poderia enfrentar um turbilhão de sentimentos com um sorriso no rosto. Lea era a tempestade da noite e o raio de sol pela manhã. Lea sempre foi poesia e seus dias na terra provaram a mim que sua presença era insubstituível.

Como eu sinto falta de seu cheiro doce amadeirado e seus cabelos loiros passeando pelo meu rosto. Como eu sinto falta de beijar seus lábios macios como sinal de te querer comigo. A falta que eu sinto será eterna.

Palavras não descrevem o que senti ao ler a sua última carta. De certa forma, eu sempre tentei negar o óbvio. Lea poderia se reerguer com o passar dos anos sem que eu a ajudasse, mas nunca cicatrizaria tal ferida estampada e aberta como um flor a brotar na primavera. Lea sentia dor, estava machucada, aos prantos e não gritava por ajuda. Lea estava depressiva, amargurada, sozinha mesmo rodeada.

Mas se eu pudesse...
Se eu pudesse te dizer uma última vez que sua voz é semelhante a dos anjos,
Se eu pudesse te dizer uma última vez que seu sorriso era o que fazia minha alma tremer dentro de mim,
Se eu pudesse te dizer que seu amor me salvou,
você se salvaria?

Sua presença martela em minha mente.
Sua falta me trás náuseas.
Saber que não te olharei de novo é um colapso.
Eu não quero ter uma vida aqui sem você.

Mas eu estou bem, Lea. Sua vida, me trouxe vida. Sou o homem mais sortudo por tal virtude. Quem me dera eu ainda tivesse 85 dias com você.

Te amarei da terra aos céus,
assim como sinto que me amas do céu até a terra.