CAPÍTULO DOZE.

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Era sábado, três da tarde.

Eu já estava com a ansiedade a mil, queria conhecer a vida de Sebastian quando não estou por perto ou quando ele me faz ser prioridade, isso me faz muito bem mas.. é tão bom sair da rotina e conhecer pessoas novas, eu estava ciente de que Sebastian era o mais fechado de seus amigos mas que mesmo assim eles eram amigos fiéis. Coloquei uma música alta para tocar em casa e me senti como nos antigos tempos, quando eu e Emma tínhamos uma festa para ir, quando os meninos buzinavam adoidado em frente de casa mas era quase impossível ouvir por conta do som alto, cenas como essa vinham como um flash dolorido em minha mente. Eu nunca mais conheci um grupo de amigos, nunca mais me prendi a algo ou alguém como era eu e Emma, e a última pessoa que mexeu comigo como Sebastian mexe foi Peter. Diariamente eu pensava nele, me perguntava o que ele acharia ao me ver com outro alguém, se ele sentiria ciúmes, se ficaria com aquela cara de marra, me perco sempre em pensamentos fortes de como seria minha vida agora se cada um deles estivesse aqui. Emma certamente estaria implorando para
Sebastian arranjar um amigo dele, ela não gostava de perder tempo.
As horas iam se passando e minha ansiedade aumentando, como seria minha reação ao estar em um baile de novo? em uma festa? pessoas? bebida...

Eu estava em um lindo vestido preto com as costas abertas, tal como Sebastian havia achado um pouco exagero, mas eu estava me sentindo a mulher mais linda do mundo. Meus braços mostravam minhas cicatrizes, mas pela primeira vez em meses, eu realmente não me importei. Me olhava no espelho com tanto amor.. Queria morar naquele dia.
Sebastian não demora ao estacionar em frente a minha casa, minha admiração própria em frente ao espelho tende esperar.

- Filha, Sebastian chegou.

- Estou saindo mamãe.

Digo animada e correndo pelas escadas.

- Não chegue tarde.. - Diz ela. - LEA!

- Diga mãe.

- Por favor, não beba.

- Pode deixar.

Desço e vou em direção ao carro de Sebastian, o mesmo está trajado em uma calça preta com a camisa vinho escura. Entro no carro e me inclino para um selinho.

- Está cheirosa.

- O que achou do meu look?

- Está perfeita.

Sebastian sorri e me dá outro selinho.

- Que cheiro é esse?

- Ah, dei uma goladinha só em um whisky que tinha em casa.

- Tá de brincadeira?

- Amor, foi só um gole.

- Está cheirando.

- Porque eu dei um gole.

- Sebastian... Deixa que eu levo o carro.

- Ah para com isso linda, eu já estou acostumado.

Ele ri. Mas continuo seria.

- Você deve achar que é uma piada pra mim. - Me viro para frente e cruzo os braços.

85 ∂ıαs cσм ѵσcє. Onde histórias criam vida. Descubra agora