O Enigma dos Dados Vermelhos

Capítulo 18

No meio de uma folha branca em letras garrafais estava escrito:
 
 
Para resolver outros crimes, uma resposta é utilizar mais a memória.
Assim, lembrar as mortes anteriores recusará repetir outras mais.
Numa ordem geral, um assassinato reúne duas almas, vítima ou lúgubre, um matador e depois outra alma é responsável oficial para obter resposta tal óbito.
Este momento não obriga muita experiência, descobrir elementos do assassinato não traria outra notícia. Bom, expugnar geralmente ajuda limitar dados.
 
 
Sem entender nada do que está escrito ele dobra o papel e guarda no bolso, se prepara para sair. Antes recebe uma ligação do IML. Sua presença foi solicitada de imediato.
Logo que chegou recebeu uma lista com os nomes dos seis homens que faleceram, ele tentou ver alguma combinação entre as palavras e não encontrou.
– E o Jogador assassino descobriu alguma coisa sobre ele?
– Havia me esquecido. – Pegou alguns papéis e entregou para o delegado. – Com as impressões digital que os peritos recolheram descobrimos sua identidade. Está tudo aqui.
O delegado leu tudo de boca aberta.
– Ele era mesmo filho de Danton Begald. Esse era o nome dele. Quem coloca um nome desse no próprio filho?
– A razão que pedi para que você viesse pessoalmente aqui foi essa.
O médico legista trouxe uma pequena bandeja e entregou para o delegado. Sobre ela havia algumas bijuterias.
– O que são esses anéis?
– Cada homem morto que chegou aqui usava um anel como esse. São de ouro puro e a semelhança entre eles chamou minha atenção. Se olhar mais de perto verá que cada anel possui uma palavra diferente. Cada uma delas representa um esporte. Aqui estão na ordem das mortes das vítimas.
 
Futebol Handebol Basquete Polo Rúgbi Vôlei
 
– Vou levar esses anéis se tiver alguma pista neles, só uma pessoa poderá descobrir.
Mais tarde na delegacia os anéis repousam sobre a mesa do delegado. Haravena e Souza observam as peças junto com Dr. Queirós. Frederico chega e se junta ao grupo.
– Como vai Fred? Como havia dito pelo telefone são esses os anéis encontrados com as vítimas. Precisamos saber se eles têm alguma relação com os crimes. Se olhar de perto eles possuem alguns nomes de esportes. Essa ordem é a dos homens que morreram e usavam cada anel.
– Vou ver se consigo encontrar alguma coisa. Uma relação entre eles.
Fred abriu a sua maleta retirou uma lupa, lápis, borracha e um bloquinho de papel, sentou ao lado e começou a examinar os anéis e fazer anotações. O delegado se aproximou.
– Descobrimos a verdadeira identidade do Jogador. Ele era mesmo filho de Danton Begald. Seu nome era Enigma Begald.
– Muito Original. – Comentou Souza.
– Ainda bem que tudo chegou nos finalmente. Como disse Ramalho. Aliás, ele não apareceu aqui hoje. – Afirmou o delegado.
– A noite com a ex-mulher deve ter sido boa. – Brincou Souza.
Todos caíram na risada. Queirós não gostou da brincadeira e resolveu ele mesmo ir até a casa de Ramalho. Antes de sair, Queirós lembra de algo. Ele retira um papel dobrado do bolso e entrega para Fred.
– Recebi esse bilhete hoje pela manhã e não entendi o que está escrito. Quando tiver tempo vê se você consegue entender o que está escrito.
Minutos depois de deixar a delegacia, Dr. Queirós recebe uma ligação.
– Alô Queirós. Aqui é o Fred. Descobri a mensagem do bilhete. Você tem que ir até ao aeroporto e encontrar uma mala marrom que está no guarda-volumes em nome de Danton Begald.
– Mala? Aeroporto? Danton Begald? Como foi que descobriu isso naquele bilhete?
– Foi só usar a primeira letra de cada palavra e o resultado foi esse: “Procure uma mala marrom no guarda-volume do aeroporto em nome de Danton Begald”
– Você é mesmo muito bom nisso. Estou bem próximo do aeroporto. Vou desligar.
– Boa sorte.
O delegado desviou o caminho e foi saber o que estava no guarda-volumes do aeroporto.
O pequeno aeroporto Wilbur e Orville Wright, foi construído há pouco mais de 10 anos com ajuda dos empresários da região e é popularmente conhecido como Campos de Açu.
Dr. Queirós se identifica e solicita uma mala marrom em nome de Danton Begald.
O funcionário encontra a mala e entrega ao delegado. Uma mala marrom e pequena de bordo.
– Quem colocou essa mala aqui se identificou.
– Sim – Disse o funcionário consultando o computador. – Ele pagou o dobro, deixou a mala aqui hoje de manhã e exigiu que quem viesse buscá-la usasse o nome de Danton Begald para poder retirar. O nome da pessoa é Enigma Begald.
O delegado ficou pensativo e curioso.
– Tem certeza de que Enigma Begald deixou essa mala aqui pessoalmente.
– Claro. Foi eu mesmo quem o atendeu.
– Você poderia me descrever esse homem?
– Branco, alto, corpo de quem pratica academia, cabelos pretos curtos, olhos miúdos, nariz grande e barba desenhada.
Dr. Queirós não acreditava no que o homem dizia.
– Você só pode estar de brincadeira comigo.
– Desculpe senhor. Não entendi.
– Nada. Esquece. Vou ficar com a mala.
Queirós coloca a mala na viatura e sai com o carro, pensativo ele decide o que fazer. De volta para a delegacia. Fred estava aguardando sua chegada.
– E aí. Alguma novidade?
– Você não vai acreditar quem deixou essa mala no aeroporto hoje de manhã.
– Quem?
– Enigma Begald
– Mas como isso pode...
– Não me pergunte como. Estou mais curioso para em saber o que tem dentro dessa mala.
– Você não abriu ainda?
– Temos que descobrir uma senha enorme. Pelo que vi são seis números.
– Então pode colocar aí que eu já sei. 11, 07, 05, 04, 15 e 06.
Enquanto Fred falava, Dr. Queirós colocava os números e a mala destravou.
– Como é que você sabia que a senha era essa?
– Esses foram os números que descobri nos anéis. Cada esporte tem uma quantidade de jogadores atuando. Futebol 11, handebol 7, basquete 5, polo 4, rúgbi 15 e vôlei 6.
– Fred você me impressiona a cada descoberta. Sua inteligência e fora de normal.
– Deixa os elogios para depois. Vamos ver o que tem dento da mala.
Quando o delegado abriu a mala não conseguiu segurar as lágrimas.