AURORA
Eu mordo meu lábio inferior enquanto meus pés tocam o chão gelado, arrepios subindo pelo meu corpo. Se pelo frio ou pela visão de Nevio, seu olhar queimando em mim, seus braços esticados mas borda da jacuzzi como se estivesse em um trono, eu não sei dizer. Talvez uma mistura de ambos. Seu olhar é quase um toque, me esquentando de dentro para fora.
Quando estou próxima o suficiente, ele inclina a cabeça.
-Vem aqui, princesa. - sua voz é baixa e sedutora.
Eu não arrisquei trocar minha camisola por biquíni, com medo de fazer algum barulho, então apenas me enrolei no roupão e desci. Deslizo o roupão para fora dos meus ombros, formando uma poça de tecido no chão enquanto entro na água quente de camisola e tudo. Olhos poderiam estar em qualquer lugar, o que só deixa isso tudo mais empolgante.
Os braços de Nevio encontram minha cintura, como sempre pertencessem lá. Ele me puxa para perto, o tecido fino da minha roupa grudando no meu corpo. Ele desce uma das mãos e espalma minha bunda, beijando meu ombro e inspirando fundo.
-Porra, como eu senti falta disso.
Minhas próprias mãos ganham vida e deslizam pelo abdômen molhado de Nevio. Inclino o pescoço enquanto ele distribuía beijos na região, mordendo e beijando.
-Senti sua falta, Aurora.
As palavras me escapam, junto com a risadinha provocadora.
-E de quem é a culpa? - eu arranho de leve a pele sensível do seu baixo ventre e ele grunhe, puxando minha boca para a dele.
Os beijos de Nevio geralmente são como ele. Intensos, fortes, violentos. É inútil que eu tente resistir quando ele desliza a língua sobre meus lábios depois de mordê-los com força, uma das mãos apertando mais forte minha cintura e a outra segurando minha cabeça no lugar. Sou completamente dele no seu controle, enquanto Nevio me beija como se estivesse passando fome por tempo demais. Não consigo respirar, não consigo fazer nada além de deixar o instinto tomar conta e me enroscar nele, uma batalha onde ambos sempre saímos vencedores.
Nevio se afasta, nós dois ofegantes, seus olhos exigentes e queimando contra os meus.
-Diga.
-O que?
Ele desfaz o coque do meu cabelo, enrolando a mão nos meus fios até puxar e ter o controle da minha cabeça, encostando a boca na minha orelha.
-Diga que sentiu minha falta. - mordida. - Diga que pensou em mim. - beijo. - Porque eu pensei em você. Nisso. Toda merda de dia. E noite.
Todo momento com Nevio era intenso, mas isso parecia ainda mais elétrico. Talvez porque era o máximo de tempo que tínhamos ficado separados desde que tudo começou. Talvez porque... eu não queria pensar. Não queria pensar, queria me perder aqui, nesse momento. Nele.
-Sonhei com você. Todo dia. - minha voz é um sussurro na escuridão.
Nevio lambe os lábios, esticando-os em um sorriso, se afastando o suficiente para que eu pudesse vê-lo.
-E o que eu fazia nesses sonhos?
Eu pego sua mão, a guiando para baixo e colocando em cima de onde eu queria senti-lo. Fazia muito tempo. Nevio aumenta o sorriso, cruel e sedutor ao mesmo tempo.
-Continue falando. Eu quero ouvir. O que eu fazia?
Minha voz falha. A escuridão é minha amiga, mas Nevio me conhece bem o suficiente para saber que estou corando.
-V-você... coloca um dedo em mim.
-Um só? - ele desliza a mão por baixo da minha camisola molhada, afastando minha calcinha, um toque fantasma que não servia em nada para ajudar minha crescente necessidade dele.
-Dois.
-Essa é minha garota.
-Eu não...
Os dedos dele me invadem sem aviso, e minha respiração acelera ainda mais. Nevio me empurra para trás, minhas costas contra um jato de água quente. Há algo diferente sobre estar com ele hoje, um desespero, uma urgência.
-Só isso? - ele curva os dedos dentro de mim. - Tenho que admitir que estou decepcionado comigo mesmo.
Eu balanço a cabeça freneticamente, não querendo que ele pare. Nunca mais.
-Não?
-Não.
-E o que mais?
Eu pressiono os lábios juntos, olhando para ele.
-Nevio.
Ele ri, baixo. É melhor som do mundo quando estamos juntos. Nevio se aproxima, os lábios a centímetros dos meus...
-Que caralho está acontecendo aqui?
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Twisted Desire
FanfictionEla era a única que ele queria. E a única que não poderia ter.