Endless Nightmares - George Weasley

Capítulo 1

*2 anos depois*

– Vamos Draco, a gente vai se atrasar! –gritei para meu primo

–Já vou descer, preciso terminar de arrumar meu cabelo –ele respondeu, aparentemente no banheiro do seu quarto.

–Acha mesmo que alguém vai prestar atenção em você? É só mais um novato no meio de vários outros, não vai fazer diferença nenhuma se seu cabelo está bagunçado ou não –disse abaixando o tom à medida que o garoto vinha descendo a escada.

O garoto parou por alguns segundos na minha frente, me olhou de cima abaixo, como se eu tivesse acabado de insultá-lo.

–Claro que faz diferença, sou Draco Malfoy.

–Não que isso tenha diferença para o pessoal de Hogwarts, até porque dizem que esse ano o famoso Harry Potter estará na escola, não acho que irão dar muita atenção para o seu cabelo... –retruquei ao garoto enquanto me afastava em direção a porta localizada do outro lado da sala.

–O que? Harry Potter? Mas e eu? Será que se eu for amigo dele...talvez eu faça diferença lá. –o garoto respondeu vindo atrás de mim.

–Duvido muito, com essa sua arrogância o máximo que vai conseguir são uns amigos sonserinos.

–Mas Alya... –seus olhinhos brilharam, não percebi o que tinha acabado de falar para o loirinho previamente amedrontado.

–Olha Dray –disse, parando no meio da sala e colocando uma das mãos no ombro dele –só estou sendo sincera e outra, não é lá as melhores coisas ser o centro das atenções em Hogwarts, professores te marcam, pessoas te odeiam sem motivo, fora outras várias coisas... –completei, agora voltando a andar em direção à porta –Aprenda uma coisa, faça o que quiser fazer sem chamar atenção, a chance de sucesso é maior.

***

Chegando na estação 9¾, a ansiedade de Draco parecia ter aumentado, assim como a emoção de tia Cisa, que não parecia querer deixar seu filho e eu escaparmos de seu abraço.

–Sabe, se você não soltar a gente, o trem vai partir sem nós e então viemos até aqui atoa –avisei minha tia, que apertou mais o abraço antes de nos soltar.

–Se comportem, não quero saber de brigas ou confusões de nenhum dos dois –a mulher tentou falar, mas foi interrompida pelo marido –e me...

–Não quero você se metendo com os Weasley, nem o Longbottom –Lucio direcionou a fala ao filho, com um olhar de repreensão.

O garoto apenas confirmou sua cabeça, fazendo um leve sorriso surgir no rosto de seu pai.

–Bem, como eu ia dizendo –a mulher voltou-se para mim e Draco, seus olhos claramente marejados –me escrevam toda semana pelo menos, mas se possível todos os dias.

–Prometo te escrever sempre mãe, mesmo quando estiver atarefado –falou o menino animado, com muito carinho no tom de voz.

Os olhos de tia Cisa e Draco viraram para mim, como se esperassem algum tipo de confirmação ou despedida.

–O que foi? Eu já escrevo quase toda semana, vocês sabem disso. Além do mais, você sabe que eu vou sentir muito sua falta também, tia Cisa.

Terminamos a difícil e longa despedida de tia Cisa e Draco aproveitou para abraçar o pai, que retribuiu levemente.

***

Já estávamos eu e meu primo dentro do trem, em uma cabine vazia esperando alguns amigos chegarem ao meu encontro.