Capítulo 2

248 23 0
                                    

O tempo parecia passar bem rápido, as matérias não estavam tão difíceis, o que é obvio, considerando que do meu trio de amigos eu era a única que realmente estudava alguma coisa. Aparentemente Davies parecia gostar de ocupar sua cabeça e tempo com Spinnet e Stimpson gastava boa parte de seu tempo descobrindo fofocas dos alunos mais velhos e da nossa idade.

Estava quase terminando o horário do jantar quando desci da comunal com meus amigos. Algumas pessoas ainda estavam chegando ou começando a comer também, mas a maioria já estava saindo. Encontrei Draco junto de dois amigos caminhando para fora do salão, normalmente só cumprimentaria, mas hoje precisava que ele me desse uma pequena opinião familiar.

–E aí Dray, como vão as amizades?

–Vão bem, eu acho, mas ainda não consegui a atenção que eu queria...

–Até hoje isso? De qualquer forma não foi muito útil dedurar Harry Potter e seus amigos por estarem fora da cama depois do horário então, afinal, todo mundo faz isso. Todos ficaram sabendo e digamos que a maioria não é seu maior fã depois disso.

–Pelo menos sabem quem sou.

–Mas não por um bom motivo, mas de qualquer maneira, acha que eu consigo passar o natal aqui em Hogwarts? As vezes se ficar muito doente? –perguntei ao meu primo, afinal o Natal já estava chegando e ultimamente tia Cisa não tem respondido minhas cartas da mesma forma e frequência de antes, o que significava que algo estava errado lá –Não estou afim de encarar seu pai.

–Bom se realmente for algo bem ruim talvez mamãe deixe você passar o Natal na enfermaria da...

–Vai ser bem ruim, vai ser terrível. Boa noite Draco –disse ao garoto enquanto me direcionava para a mesa da Corvinal.

***

Alguns dias se passaram, eu realmente precisava ficar doente, se só mentisse na carta tia Cisa iria ficar sabendo, seja por Snape ou qualquer outro meio. Poderia olhar um feitiço para me fazer ficar ruim, mas ficaria realmente muito mal e não queria nada assim, só parecer doente já era bom, o resto poderia atuar para parecer pior caso necessário.

Estava tarde, quase na hora de recolher, me encontrava na comunal passando os olhos por um livro, mas minha cabeça não conseguia se concentrar para realmente lê-lo, faltavam dois dias para o Natal e não conseguia pensar em nada que ajudasse meu problema. A chuva que estava caindo parecia tão distante, mas ao mesmo tampo tão presente no local...

–É isso!

–E ela ficou doida de vez –respondeu Davies sem tirar os olhos do pergaminho que estava escrevendo.

–O que é Alya?

–Se eu tomar chuva e passar um tempo no vento da noite eu...

–Vai ficar doente, não é uma boa... –Patricia me cortou tirando os olhos de seu livro e me encarando.

–Mas é esse o objetivo –respondi a ela segundos antes de passar correndo pela porta da comunal em direção à chuva.

Alguns momentos depois, já estava escondida em um canto, morrendo de frio, mas felizmente encharcada e provavelmente doente. Passados quase quarenta minutos, começo a escutar passos que pareciam vir correndo em minha direção. O que foi muito bem explicado, pois uns cinco segundos depois vejo os gêmeos Weasley virando o corredor e correndo muito, como se fugissem de algo engraçado, pois não paravam de rir. Um deles, quando passou ao meu lado, simplesmente gritou e me puxou: "vem, se não vai sobrar pra você também". Eu obviamente os segui assim que vi Madame Nora se apressar por um corredor, o que significava que era Filtch quem estava atrás dos garotos.

Endless Nightmares - George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora