Endless Nightmares - George Weasley

Capítulo 16

O Natal desse ano foi completamente diferente do que eu esperava, e isso começou com a fato de eu não ter conseguido me livrar da mansão dessa vez. O que tinha me intrigado mais foi que, durante a manhã, não tinha recebido nenhuma só carta de ninguém, nem dos meus amigos, nem dos Tonks. Será que Cisa estava "bloqueando" isso de algum jeito? Bom, espero que não, provavelmente estão só atrasados ou esqueceram de enviar. Talvez eu os lembre quando o meu presente chegar. Já à tarde, recebi cartas e algumas lembranças de Davies, Luna, Ginny, Angie, Lee e até Cedric (me senti mal por não ter enviado para ele entes, então enviei depois), mas nada de George e Fred.

Desci para o jantar de Natal, o clima estranhamente harmonioso na mansão, o que era raríssimo. Lúcio tinha uma cara neutra, já Draco e Narcisa, tinham dois sorrisos enormes estampados.

–Como é bom finalmente termos um Natal em família, unidos –Draco sorriu genuinamente para mãe, assim como o marido fez para a fala da mulher.

–Sabem que não precisamos de tanta comida assim né? Quer dizer, da pra alimentar mais duas famílias com isso aqui.

–Porque você sempre tem que estragar tudo, Alya –Draco apelou com meu comentário.

–Não tô estragando, só falando que é meio desnecessário e...

–Vamos comer em paz, que tal? –Lucio sugeriu, mas soou mais como uma ordem seguida de um sorriso forçado.

O único problema disso, foi que a paz não durou muito tempo, mesmo comigo mantendo a boca fechada. A campainha tocou e todos na mesa se entreolharam, os Malfoy não eram de receber visitas no Natal.

–Alguém aqui esperando visitas? –Narcisa perguntou cínica, sabia que ninguém tinha convidado uma alma sequer. Os três olharam para mim, como se fosse a única opção.

–Nem vem com essa cara vocês três, não chamei ninguém não. Acham mesmo que algum amigo meu vindo nesse infer-

–Dobby! –Cisa interrompeu –A porta, por favor.

Com um estalo, Dobby sumiu e, em menos de um minuto, voltou com outro.

–É uma família, a senhora diz ser irmã de senhora Narcisa, mas que pode ser melhor compreendida como tia da senhorita Lestrange. –O choque estava estampado na cara de todos, a diferença é que na minha também tinha um sorriso. Só uma coisa se passava na minha cabeça: Nem fudendo que eles vieram.

Narcisa se levantou, incrédula, e foi até a porta. Eu a segui, claro. Quando a loira abriu a porta, foi recebida com um uníssono Feliz Natal, mas sua primeira reação foi voltar a porta ao seu estado anterior: fechada. Ela se virou e já estava indo para a cozinha sem esboçar nenhuma reação. Então, como ótima filha/sobrinha que sou, abri a porta novamente.

–Feliz Natal –falei e Narcisa se voltou para mim na mesma velocidade que os sorrisos apareceram nos rostos dos Tonks.

–Mas o que é isso? –me voltei para a mulher já a caminho da cozinha.

–Ué, estava toda trabalhada no discurso de família feliz e unida até agora a pouco...além do mais, tem comida de sobra, como eu havia dito –virei para os visitantes e fiz um gesto para entrarem –Entrem, por favor.

–Alya, não pode convidar pessoas para a minha casa assim.

–Ah, qual é tia Cisa, entra no espírito natalino. Aposto que depois de algumas você nem vai ligar mais pra essas intrigas.

Mesmo com a relutante Narcisa, o emburrado Lucio e o chocado Draco, coloquei os Tonks na mesa de jantar, muito bem servidos inclusive.

Depois de um silencioso e tenso jantar, Lucio se levantou e, inicialmente, pensei que ia fazer um brinde ou algo, mas claro que não podia esperar nada do tipo de um cara como ele.