Capítulo 19

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gnt, consegui escrever um pouco na viagem, ent tem cap novo hj msm, amém  kkkkkkkkkkkkkkk
eu espero mtttt q vcs gostem desse capítulo e eu quero pedir um coisinha: pfvr vão no meu tiktok (simp2768) e curtam, comentem e compartilhem meu último vídeo q é sobre esse capítulo, pq deu muuuuuuito trabalho pra fazer, muito meeeesmo(mas vão depois de ler pq tem spoiler)

É só isso gente, aproveitem bem a leitura
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Ficar na mansão Malfoy não estava sendo fácil depois do ocorrido. O dia em que nos buscaram na estação foi o pior de todos, me lembro de todos os detalhes e acho que vou lembrar para o resto da minha vida. Me segurei para não fazer um escândalo em público e fui em completo silêncio até em casa. No segundo em que a porta da sala se fechou comecei a gritar: 
–Como você teve a capacidade de fazer isso, ela é uma criança. Mesmo se não fosse, achou que poderia matar alguém e sair ileso? –Draco passou do meu lado e subiu as escadas, dessa vez nem ele estava do lado do pai. 
–Ele não queria matar ninguém... –Narcisa defendeu. 
–Então sabia disso e deixou acontecer? –perguntei –Isso é coerente vindo dele, mas de você? 
–Não tive a intenção de gerar os resultados que você tanto se incomoda, se não acredita em mim, tudo bem, não lhe devo satisfações, você quem me deve. Agora, se não se incomoda, perdi um elfo doméstico recentemente, então tenho muitas coisas para resolver. 
–Sorte tem o Dobby que não tem que ficar mais aqui, preso a você. 
–Não estou vendo nenhuma corrente aqui, inclusive a porta está destrancada. –ele retrucou. 
–Está me expulsando daqui? 
–Não, estou te convidando para sair, caso queira. Aliás, que bom que finalmente entendeu que quem tem o poder aqui sou eu e que, se eu quisesse, poderia te tirar desta casa num estalar de dedos. –O homem se virou e foi em direção à cozinha.
Narcisa olhou para mim por alguns segundos e depois seguiu o marido.Eu fiquei parada, analisando tudo que tinha escutado, principalmente a frase "não estou vendo nenhuma corrente aqui". Tinham sim correntes me prendendo ali, seus nomes eram Draco e Narcisa, mas será que essas correntes seriam fortes o suficiente? Afinal "...a porta está destrancada" e "estou te convidando para sair, caso queira." são justificativas muito boas.  
Eu quase sempre fui infeliz naquela casa e, honestamente, o que aconteceu com Ginny foi a gota d'água para mim, não quero nem estar perto daquele monstro de sobrenome Malfoy. 
Ginny...Isso me lembra George. Como ele pode fazer uma coisa daquelas comigo? Eu só queria fazer ele ouvir, a força, mas ele não quer, então não vou lhe dar o prazer de ouvir Cuma palavra minha sequer. Acho que ele também não quer ouvir, mas me sinto melhor assim, achando que tenho controle pelo menos disso. 
Ainda duas  semanas depois, não consigo tirar essas coisas da cabeça, o máximo que faço para afastá-los da mente por cinco minutos é ler O Profeta Diário. Uma vez, no lugar de me fazer esquecer os problemas, só fui lembrada: a família Weasley ganhou uma viagem para o Egito e colocaram algumas fotos deles no jornal. Nesse dia eu rasguei o jornal na mesa do café. De qualquer maneira, agora as coisas estão melhores, mas só para mim também. Aparentemente um perigosíssimo assassino fugiu de Askaban: Sirius Black. Não consigo imaginar o quanto isso deve ter afetado a Andrômeda, já que até Narcisa está meio preocupada com isso, apesar de eu não saber se é  por ele ser seu primo ou por ser um assassino. 
Por mais que isso não fosse uma das melhores coisas para se pensar, tirava a minha dor de cabeça. Só que por 10 min. Assim que baixava o jornal e voltava para o meu quarto eu voltava a refletir o que Lucio tinha falado. Ele estava certo, nunca me prendeu lá e eu sempre quis sair, então porque eu simplesmente não fazia isso? Porque eu não simplesmente fazia as malas e ia embora dali? Que ódio, eu não sei porquê. Não sei pra onde iria, nem o que iria fazer, muito menos o que estava me impedindo de fazer isso. 
Na mesa de jantar eu deveria pelo menos tentar parar de pensar nessas coisas, mas ninguém ligava mesmo se eu ficasse calada, acho que até preferiam. Mas Tia Cisa e Lucio não deixavam seus problemas de lado na mesa.  
–Narcisa, acha que eu consigo alguma coisa que dê para consertar aquilo na Borgin e Burkes? –Lucio perguntou. 
–Não sei querido, vai na loja e leva com você, aí você vê melhor com o pessoal. 
–Estão falando de quê? –Draco perguntou. 
–Do diário de Tom riddle. –Lucio respondeu na maior tranquilidade do planeta, mas Draco derrubou os talheres no prato e eu encarei o pai dele. 
–Tá brincando, né? –Perguntei. 
–Não, este diário pode ser muito útil em certas situações. –a tranquilidade no tom de voz do homem não mudou. 
–Como matar criancinhas? –meu rosto deveria estar vermelho, de tanta raiva que eu estava sentindo. 
–Não eram criancinhas que eu tinha em mente, mas caso necessário, sim. 
–Porque não usa em você? As pessoas seriam mais felizes. 
–Chega! –Ele finalmente perdeu a calma –Vá para seu quarto agora, não quero ter que ficar olhando para sua cara –sorri com ódio para ele e respondi com uma simples frase antes de ir para o andar de cima. 
–Que assim seja, Malfoy. 
Saí dali da maneira mais elegante possível, subi as escadas com calma e fiz questão de não bater a porta. Mas, assim que garanti que estava fechada, um desespero tomou conta de mim. Abri a porta do guarda roupa e puxei uma mala grande, depois tirei todas as minhas coisas mais importantes e sequei dentro dela. Sequei mesmo, porque se tivesse colocado tudo normalmente, nem metade caberia ali. Sem ao menos perceber, no momento em que vi que Lucio não tinha arrependimentos e que a própria Narcisa estava junto dele. Porisso, determinei que ali não era um lugar seguro para mim. Havia decidido: essa noite eu vou embora. 
Depois de garantir que tudo que precisava estava naquela mala, deitei na cama e esperei o tempo passar, esperei até dar umas quatro horas da manhã e, infelizmente, depois das duas horas começou a chover, me lembrando de levar uma capa impermeável. Quando tive certeza de que todos estavam dormindo, abri a porta e desci as escadas bem devagar, evitando o barulho. Eu estava prestes a abrir a porta da entrada, quando escuto um estalo de ossos vindo da escada.Me virei e vi Draco, de pijama, mas claramente acordado a horas. 
–Que que você tá fazendo aqui, Alya? 
–O que você tá fazendo aqui? –respondi no mesmo tom de cochicho –Era para estar dormindo. 
–Você também deveria...–ficamos nos encarando no silêncio por alguns minutos –Está fugindo,né? De casa. 
–Estou. Vem comigo, por favor. 
–Alya, sabe que não podemos ir embora assim, por mais que sejamos só crianças,  eles precisam da gente, as pessoas precisam que a gente fique de olho nele pra ninguém acabar morto. 
–Ela podia estar morta se não fosse o Harry, Draco, não fazemos um bom trabalho...somos só crianças. 
–Sabe que não estou falando só da Weasley. 
–Eu sei, mas também não temos nada a fazer sobre sua mãe, ela está sendo tão podre quanto ele ultimamente. 
–Alya, não vai, por favor –cheguei a repensar na viagem, mas era aquilo que eu queria e precisava. 
–Desculpa Draco, eu vou, vem comigo, posso te esperar fazer as malas. 
–Não, você não pode ir embora...Eu também não posso. 
–Pode sim, não tem nenhuma corrente aqui, lembra? 
–Tem sim Alya, se você não entende o que é a porra de um compromisso com os pais, eles são família, por mais que você não tenha uma…você… você deveria saber disso também. –caralho, não acredito que ele disse uma coisa dessas pra mim, parece que ultimamente as pessoas estão realmente focadas nas coisas que me machucam. 
–Se cuida Draco, se precisar de mim, vamos nos ver em Hogwarts –Abri a porta, o vento frio da madrugada soprou no meu rosto. Por fim, me virei e falei a única coisa que realmente rodava na minha cabeça: –Espero que entenda que família não se resume a sangue. – Passei e fechei a porta, sentindo o peso das lágrimas nos meus olhos. 
Andei uns dois quarteirões, as lágrimas descendo pela minha bochecha gelada graças ao vento frio. Então dei uma pausa para mim, sentei na beirada do passeio e esfreguei minhas mãos no rosto, pensando na única falha do meu plano: para onde vou? Droga, não tinha pensado nisso, quer dizer, pensei num hotel, mas acho que ficaria muito caro passar uns anos lá. Dinheiro né, só tinha uns trocados, acho que não daria nem uma noite em um hotel ou algo do tipo. Poderia ir para a casa de alguém, mas quem aceitaria uma menina com uma capa de chuva uma mala molhada pedindo um teto às quatro da manhã? Talvez alguém doida o suficiente para vir me buscar na mansão Malfoy de vassoura. A casa dos Tonks. Acho que eles me deixariam ficar lá,  pelo menos até o final das férias, pelo menos eu espero.
Estiquei o braço com a varinha nas mãos, tomando cuidado para que ninguém me visse ali. Em menos de um minuto, um ônibus roxo de três andares: o Noitibus. Já tinha ouvido falar, mas nunca peguei ele antes. Quando parou, um garoto abriu a porta e foi super gentil. 
–Oi, sou Stanislau Shunpike, mas me chame de Lalau. Vou te ajudar com as malas. –Eu estava com o malão de Hogwarts, minha vassoura e uma outra mala com as roupas, tudo isso em cima de um carrinho, para facilitar minha vida. 
Cumprimentei Lalau e deixei que se virasse com as malas. Então subi no Ônibus e paguei com quase todo o dinheiro que tinha, era realmente pouco. 
–Para onde vamos? –ele perguntou. 
–Hm, sabe onde é a casa dos Tonks? 
–Casa dos Tonks, Ernesto –Lalau gritou para o motorista. 
O ônibus começou a correr e se mexer violentamente,  então me segurei em uma barra que vi. 
–Então qual é a ocasião? Esqueceu um compromisso? Tem alguém te perseguindo? Alguém querendo te matar? Você quer matar alguém? Uuh, você está perseguindo alguém?É aquela senhora que chegou agora a pouco? 
–Não, só, hm fugindo de casa, eu acho. 
–Sério? Os Tonks são amigos, tios, avós? 
–Meus tios, eu acho. 
–Você é de que família? 
–Malfoy, eu acho. 
–Nossa, nunca vi ninguém saber tão pouco de si mesma. 
–O que disse Lalau? 
–Você respondeu tudo com um "eu acho", não tem certeza de nada não? 
–São coisas de família e a minha é um pouquinho complicada, então eu não tenho certeza se estou fugindo ou se fui convidada a sair e aceitei, se os Tonks são meus tios ou se o fato de Andromeda ter sido deserdada quando mais nova muda as coisas, se sou uma Malfoy ou só fui meio que adotada por eles por pena. 
–Uau, eu tenho um pai, uma mãe, um tio, uma tia e dois primos. É bem normal lá em casa, sabe? –Ele não falou para irritar, na verdade foi tão sincero que chegou a ser engraçado e eu só ri. 
Depois de uns vinte e poucos minutos, chegamos na aconchegante casa da família Tonks.  

Endless Nightmares - George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora