Endless Nightmares - George Weasley

Capítulo 11

Era a última noite que passava naquela casa encantadora com pessoas tão cuidadosas e carinhosas. Vou sentir muita falta, com certeza, mas já sentia falta do Draco também, tia Cisa um pouco menos, por causa da briga, mas ainda assim queria ficar mais um tempo. Mesmo com a minha vontade, era melhor não forçar a barra, nem com Dromeda nem com Cisa.

Estava quase dormindo, quando, assim como todos os dias da semana, alguém bateu e abriu a porta. Um alguém bem específico, Nymphadora Tonks.

–Oi...

–Sinto falta de dormir, sabia?

–Pode dormir, ingrata, mas no meu quarto, depois de muita bala de goma e fofoca.

–Pra mim tá perfeito –cochichei enquanto andávamos juntas para o quarto dela.

A rotina foi a mesma, Dora lançou o feitiço para não acordar ninguém na casa e pulamos na cama cheia de pacotes de bala de goma.

–Então, eu quero que você termine de me contar sobre as duas últimas festas direito.

–Mas eu já te contei.

–Tá tá, contou da última, mas não da antes dela.

–Olha, se você tá pensando que a minha vida é interessante ao ponto de ter tantos detalhes...

–Não são detalhes assim, só quero saber o que você fez, porque a única coisa que eu sei é que você só não encontrou o Cedric lá e digamos que saber o que você não fez não me da um nível aceitável de detalhes.

–Tá, tá. Eu basicamente discuti com uma menina, bati num cara, depois surtei e fui dançar com os gêmeos, Lee, Angie a as amigas dela.

–Olha, partindo do ponto que você brigou e bateu num cara, os detalhes são necessários se quiser continuar viva –as duas riram.

–Tem uma menina, Erin Dolohov, a gente nunca deu certo, por motivos de: ela é do outro lado. Aí, na festa da sonserina, eu acho, aquele menino que veio pra cima de mim, era amigo dela, e aparentemente ficou bem interessado. Aí, ela achou que era uma boa ideia vir me ameaçar pra ele ter a oportunidade de me beijar, mesmo eu não querendo e-

–Pera, ela basicamente te ameaçou para não deixar você impedir um cara de te assediar?

–Não que tenha funcionado, mas sim, basicamente isso.

–Ok, tá...hm...Regra nº2A, tá na hora de você aprender essa: garotas são aliadas, não importa o quanto você odeie a menina, se um cara quiser encostar o dedo nela e você puder impedir, faça, seja quem for.

–Se alguém vai descer o cacete nela, que seja eu, certo?

–É, mas não é só isso. Olha, quando estamos com raiva, as vezes passamos dos limites, e ninguém merece passar por certas situações, por pior que seja o crime.

–Eu entendi, estava só brincando.

–Espero que tenha entendido mesmo, é praticamente mais importante do que a regra um, ou tão importante como, sei lá.

–Eu realmente entendi, calma, eu sei o quão isso é importante. Até porque eu meio que surtei depois disso, depois que eu tirei as mãos dele de mim e os dois foram embora, eu comecei a rir, tipo, muito. O pessoal em volta foi rindo comigo, mas eles se olharam estranho antes, perceberam que tinha algo errado, mas a questão é que eu nem sei o que era...

–Você ficou sem reação, meio em choque, aconteceu comigo já. Mesma reação, situações diferentes.

–É esquisito?

–Talvez –ela disse rindo.

–Quem disse que ser esquisita é ruim, certo?

–Exatamente –Dora concordou colocando outra bala de goma na boca.