Capítulo 4

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Vamos Alya, é só entrar, não é nada demais, é só sua tia. Ela realmente precisa gostar de mim? Pra quê? Afinal, já tenho uma família, não é lá as melhores coisas, mas é minha família. Se bem que seria bom ter um lugar pra escapar as vezes, talvez pra sempre, podia até levar Draco, até fazer ela e tia Cisa se aproximarem novamente. Não. Para de viajar Alya. Você só precisa saber mais sobre sua família, chega de segredos, só isso.

–Se eu soubesse que ia ficar travada assim teria pedido pra Patricia vir e ficar tomando conta de você...

–Deixa ela Davies, não deve ser fácil.

–Tá bom Spinnet, mas se ela não entrar logo, vai ficar aí parda sozinha e ainda por cima bloqueando a passagem.

–Eu vou entrar –falei sem olhar para Davies e sua namorada, enquanto estava parada na porta do Três Vassouras.

–Então entra caralho.

Abri a porta, agora estava do lado de dentro. O que não mudou muita coisa, ainda estava em choque e desesperada, mas sem Davies para encher o saco.

–Você está bem? Precisa de ajuda? –disse Angelina passando uma das mãos na frente de meus olhos, enquanto Fred parava ao seu lado.

–Parece que ela vai cair dura kkkkkkkkkkkkkkkk –Fred falou levando um tapa de Angelina.

–Eu to bem, é só ... –tentei responder à menina, mas fui interrompida por um grito de uma das mesas.

–Alya! Alya! Aqui! –uma mulher muito linda me chamou, e creio eu que seja Andromeda.

Não sei de onde eu tirei coragem, mas eu fui na direção dela e fui recebida por um abraço caloroso e confortante, que me deixou bem mais relaxada.

–Oi minha linda, você cresceu desde a última foto em. Sou a Andromeda, acho que você já percebeu isso né.

–Oi, prazer...

–Venha, sente-se aqui. Nymphadora não pode vir, nem Ted, mas você vai conhece-los depois.

–Ah, que bom...

–Parece nervosa, não precisa ficar assim querida. Duas cervejas amanteigadas, por favor –disse ela falando com a garçonete.

–Ah, é que eu, bom, não sei...

–Relaxa meu amor, eu já gosto de você, não se preocupe em me impressionar.

Aquelas palavras foram bem reconfortantes, principalmente somadas ao sorriso encantador e ao fato dela estar segurando minha mão firmemente.

–Então, o que quer saber Alya?

Foi aí que caiu a ficha, tinha me preocupado tanto em fazer ela gostar de mim que não me preparei para essa pergunta específica. Agora, teria que ir no improviso mesmo.

–Bom, eu achava que sabia sobre mim né... Só que aí descobri que não sabia nada sobre a família Black. Sei, é claro, sobre o básico que todos sabem, mas não sei direito. Você por exemplo, só descobri que era minha tia porque o Draco gosta de falar.

–Não se preocupe menina, está tudo bem. Aquela família não é lá as melhores coisas, mas era muito boa em esconder segredos. Vamos do começo então? Bom, você tem duas tias, fique tranquila, não vai aparecer mais ninguém de surpresa. Seus falecidos avós, Druella e Cygnus, não eram pais muito amorosos, nem cuidadosos, mas eram melhores que os pais de Sirius e Regulus, Walburga e Orion. Meu pai era irmão de Walburga e primo de Orion.

–O que? Então pera, eles eram primos, tipo, realmente primos?

–Pois é, eu sei que é estranho, mas não eram primos tão próximos assim. Mas independentemente de serem próximos ou não, se você nasceu na família Black você só tem três opções: casar com alguém de sangue puro, o que provavelmente significa casar com algum parente seu, não casar e morrer jovem, ou ser queimada da árvore genealógica. Ser queimada da árvore é basicamente ser deserdada, mas, como existe uma tapeçaria em toda casa de nome Black, eles queimavam seu nome de lá e te expulsavam, então essa expressão é bem conhecida na família.

Endless Nightmares - George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora