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oiiieee 

lembrem de votar e comentar 

boa leitura 

Tharn

Eu estava encostado na sala sentado no chão, o médico do Type me olhava, ele parecia curioso e tinha um sorriso divertido no rosto, parecia estar achando graça por eu estar tentando me controlar e não quebrar a porra da porta do Type para o ter em meus braços.

— Por... que é a primeira vez que e-ele entra em um...? — tento falar, mas minha mente não estava funcionando naquele momento, nem eu sei de onde tirei tanta força para sair daquele quarto.

— Ah, isso, bem, ... não sei se você sabe, mas o Type é um Ômega vinculado com um Alfa e isso lhe causa muito problema — o médico começa a contar e eu começo a ficar tenso, será que é esse tal namorado dele?

— Por isso que o cheiro dele mudou? — pergunto baixo.

— Não, ... ele tomava supressores, os dois trocaram o cheiro, mas ele não poderia ter contato com o Alfa da vinculação, pois isso faria os supressores perderem o valor. Com toda a certeza isso não pareceu ser muito interessante para o Type – fala.

— Está me dizendo que o cheiro de limão que vinha do Type não era o cheiro dele realmente?

— Isso, um Ômega com cheiro de limão. Se não me engano, eu sinto o cheiro de maracujá e alguma outra coisa — ele passa a mão no cabelo.

— Chocolate — falo baixo, quase que em um sussurro e o doutor olha para mim com um certo sorriso.

— Oh, então, ... você é o Alfa que foi vinculado a ele?

— Não, eu não... — tento falar. — eu... nunca fui vinculado ao Type, nem sei como isso funciona.

— Você acredita em destino? — o doutor me pergunta, pisco várias vezes, tentando pensar como poderia responder a isso.

— Bem, ... acho que sim, mas também acho que cada um traça seu próprio destino, a partir de algumas escolhas — falo, o médico sorri e concorda com a cabeça. Ao mesmo tempo que conversava comigo, parecia estar se divertindo.

— Bom, os pais do Type também acreditavam nisso, por isso que ainda bebê vincularam ele a um pequeno Alfa, mas parece que eles tiveram que se mudar quando o Type ainda era criança... e, pelo que eu vejo, um Alfa com cheiro de morangos não me parece ser muito certo — ele diz e pisco várias vezes.

Pera aíí, ... ele está dizendo que eu sou o Alfa que o Type está vinculado? Ele tá dizendo que o Type é meu...? Ele está dizendo isso? Ou tudo isso é só uma pegadinha que ele quer pregar em mim? Deve ser isso, pois não é possível que tudo isso seja real, que tudo isso seja algo que eu possa raciocinar.

Meus pais nunca me falaram sobre isso... caso isso seja verdade.

— Consigo ver a fumaça saindo da sua cabeça — o doutor diz.

— O Type sabe quem é o lobo que ele está vinculado? — pergunto quase que em um sussurro.

— Sabe, ele disse que cresceu ouvindo os seus pais contarem a história, então sabe. — responde e respiro fundo, escutando coisas quebrarem no quarto do Type, olho apreensivo — Acho que... o seu heat tem sido doloroso.

— Como assim? — estava completamente atordoado para raciocinar sobre o que o médico na minha frente dizia. Eu realmente estou tão perdido assim?

— Ele não vinha tendo o Cio dele por causa dos supressores e agora que eles não fazem mais efeito, deve estar sendo difícil. Bom, eu já vou indo. — ele diz. — Ah, ... por ele ser vinculado a você, ele tem a necessidade de o ter por perto, ele te ama mesmo que te odeie.

— Acho que não, ... acho que com quem o Type é vinculado é a pessoa que ele está, não eu – digo.

— Sabe, ... ele me lembra meu marido, o Max, — diz. — tão teimoso — ele ri.

— Hmmm... — olho para as escadas.

— Ah, nem me apresentei, sou o Tul. — o doutor diz, eu nem estava olhando para ele e ele ri, colocando a mão em meu ombro. — Deveria relaxar, eu já estou indo. Quando ele melhorar, diga para ir até mim, eu... preciso fazer uns exames nele, são muitos anos tomando remédios e precisamos trocar.

Ele diz e o acompanho até a porta, quando sai, a tranco. Escuto mais barulho de coisas se quebrando e não aguento, praticamente corro até o quarto do Type e abro a porta.

— Você está bem? — Type me olha, os seus cabelos estavam completamente bagunçados, os lábios em um tom de vermelho tão forte. Ele estava encolhido, mas quando me vê, faz menção de descer da cama, só que tinham cacos de vidro no chão. Ando até ele rápido, mas com cuidado, vejo o ninho que ele montou e ruborizo.

Não devia estar aqui, é tudo... íntimo, ... ele vai me odiar.

— Alfa, — Type chama, vindo até mim e se aninha em meu corpo, parecia só querer sentir o meu cheiro, quando se afasta, seus olhos estavam marejados. — você voltou pra mim — ele diz e beija o meu queixo, tento me controlar, mas o Ômega soltava uma quantidade absurda de feromônios por estar no Cio, aperto a cintura dele.

— Type, você não me quer aqui, você... — estava tentando ter um controle absurdo.

— Por que me rejeita...? por que...? — ele pergunta e põe as mãos na cabeça se batendo e murmurando baixo. — Meu Alfa... me rejeita... — Escutar ele repetir isso tantas vezes faz com que eu me sinta o pior Alfa do mundo, então eu me aproximo dele devagar, seguro o seu rosto e o obrigo a olhar para mim.

— Eu não te rejeito, ... meu Ômega — digo baixo. Nossos rostos estavam tão próximos, não aguento e encurto a pouca distância que tinha entre nós e o beijo. No início o beijo estava calmo, mas logo passou a ser rápido e urgente, apesar de tentar manter o controle para não marcar o Type, mesmo que isso fosse difícil, pois quando o beijo a única coisa que quero é cravar os meus dentes no pescoço dele.

Ele sobe para o meu colo e volta a me beijar, desta vez com mais urgência. Retribuo e minhas mãos sobem livres pela lateral do corpo dele.

— Type — sussurro e solto um gemido baixo.

Cadê o meu controle? O Type roubou? 

Inimigos Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora