Capítulo 7

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Eram meia-noite e vinte e um Yoongi havia acabado de me deixar em casa, então só o vi correndo pela rua para chegar em sua moradia.

Subi as escadas em silêncio, com o corpo gélido e o cabelo pingando, antes de entrar em meu quarto escuto uma tosse fraca. Era meu pai.

-Onde estava?- ele diz com aquele semblante despreocupado e cansado

-Nem sei porque pergunta se nem ao menos se importa, ou agora eu tenho seu amor novamente?

-Não fale assim comigo Sn, apesar de tudo eu ainda sou seu pai!

-Então me diz, pai faz o que você faz? Casa com outra mulher que é o próprio Diabo na minha vida, vive cego por ela, ama mais a filha dela do que sua filha biológica, me trata como se eu fosse um lixo e esquece completamente que eu também sinto. Porque quando eu Mais precisei, você nunca esteve aqui por mim, tenho sido esquecida desde que a mamãe morreu e nunca tive um apoio seu pra nada! Então me diga, como eu posso te chamar de pai se nem seu papel você faz?- Não deu tempo de nada mais, só consegui sentir o impacto de seus dedos encostando em meu rosto deixando o local avermelhado.

-Não fale assim comigo! Sua 'mãe' é a melhor pessoa que ja tive na vida, ela nunca faria mal a ninguém, então se você se sente incomodada, porque não vai embora desta casa? Porque continua aqui ainda?

Com a mão no local batido e o rosto inundado por lágrimas respondo ele com a voz trêmula e chorosa.

-Eu ainda continuo porque esperava que você mudaria, mas isso não vai acontecer..- Digo e entro correndo para o meu quarto, pego algumas malas e coloco algumas roupas dentro, a única coisa que penso agora é em sair daqui, e então, minha vida mudará.

'''''♡'''''

-Alô, Ji? Desculpa pelo horário, é urgente! Eu posso passar uns dias na sua casa se não for incômodo? Aconteceu uns negócios e não posso mais continuar aqui, não desse jeito

-Oi amiga, sem problemas viu? pode sim, claro, vou falar com meus pais, mas já vem pra cá me contar o que aconteceu, okay?

-Estou terminando de arrumar umas coisinhas, em 20 minutos estou ai, obrigada Ji.

-De nada amiga, venha logo, não faça nada de errado certo? Te espero.

-Okay, tentarei, até daqui a pouco.

Desligo a chamada e começo a arrumar mais coisas, pego um porta retrato e coloco-o em minha mala, até ver que na foto continha eu e minha mãe. Sinto falta dela, é como se o mundo fosse desabar sempre, minha vida era tão boa. Me pergunto o momento onde tudo desandou..
Sem perceber lágrimas escorrem de meus olhos, fazendo minha visão embaçar e a garganta doer.

Arrumo as coisas logo e desço as escadas correndo, meia-noite e quarenta e um, cheguei em frente a à casa de Yeji, mesmo com chuva e todo aquele breu da madrugada, nada me impediu de sair dali o mais rápido que eu pudesse, não poderia continuar ali.

Toquei a campainha e rapidamente a porta foi aberta, Yeji estava a minha frente com sua mistura de confusão e curiosidade, então ela me olha e me deixa entrar. No momento em que piso dentro da casa, vejo seus pais sentados no sofá encarando o chão, até levantarem o semblante e sua mãe se espantar.

-Minha querida, deveria ter esperado a chuva abaixar, porque veio de repente? O que houve?- ela diz e corre até mim colocando a mão na minha testa, então suspira e parece pensar. - Tome um banho antes certo? Não quero você doente, e aí conversamos, suba.

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