A PROFECIA DE GRACE

10- GRACE, NÃO VÁ.

MARKOS:

— Aqui mesmo onde estou vou ver o conteúdo daquele pendrive, a tv ligada não pode ser coincidência.

— Aquela sensação de afogamento passou, mas agora sinto tanto calor no meu corpo, como se estivesse queimando.

Abro o notbook, em seguida click na pasta que eu havia salvado para o conteúdo:

—Um vídeo? Parecem os pais de Grace, o que é isso?

Pego meus fones na mochila e os coloco:

— transformados, bruxas,  Grace é adotada? Isso deve ser uma piada, essas coisas não são reais.

— Grace, oque houve com você,  a sua casa, esse vídeo, se para encontra-lá tenho que acreditar, então vou tratar como se fosse realidade.

— Os olhos, os olhos de Grace, naquele verão que ainda éramos vizinhos.

— Quando ela se perdeu na floresta e eu a encontrei, eles eram brilhantes, parecia que a lua estava refletindo em sua alma.

— Pensei que era um sonho, os pais de Grace me fizeram acreditar nisso antes que derrepente  se mudarem para a casa mais afastada da cidade.

— Se isso realmente for real, aquelas pessoas na casa dela, devem estar procurando por ela, se voltaram, quer dizer que ela fugiu!. — Ótimo, não se preocupe, eu vou te achar.

— Não posso avisar a polícia,  vão me chamar de louco, ou dizer que quem destruiu a casa fui eu, sou o único aqui, no meio do nada.

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Markos então,  partiu em uma missão para encontrar Grace,  voltou sorrateiramente até a casa de Grace, que ainda em chamas, começou a procurar pegadas do tênis 37 de sua amiga .

Markos não achou pegadas, mas achou uma fita vermelha em frente à garagem subterrânea, a fita que parecia sussurrar socorro em seu ouvido.

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—Devo voltar, tenho que achar pistas, os pegadas dela, isso deve me ajudar a ver por onde ela foi, mesmo que a pé, devo segui-lá.

— Nenhuma pegada 37, só estas marcas de peneu saindo da garagem. — O que é aquilo vermelho  no meio das marcas? Uma... fita?.

— Ela parece me atrair e me chamar, sinto uma dor como se alguém estivesse agoniando por socorro.

Tomo a fita em minhas mãos,  o sentimento de calma e felicidade me consome, amarro-a em meu pulso, para que eu não venha a perde- lá.

— Está fita, por algum motivo me deixa feliz e me acalma,  me sinto completo com ela, coisa que jamais senti em toda minha vida.

Minha visão se turva, tudo em volta fica escuro, como se tivesse um apagão em toda a cidade a noite,  só enxergo uma linha brilhando em minha frente, ela se envolve em meu braço e me puxa para a luz.