A PROFECIA DE GRACE

14 - QUAL É O MEU NOME?

Foi então que a transformação celeste se completou, passados mais de centenas de anos desde a última; ela já não era mais a Grace, seu verdadeiro “eu” já havia se mostrado, Markos? Ele nunca existiu, Markos era um receptáculo, ele era o guardião puro da segunda parte da alma de “Grace”, oque a impedia de se transformar em sua verdadeira espécie e mostrar seu verdadeiro poder.

Markos se tornou luz e se fundiu a ela, dando enfim a Grace todo seu poder, por um instante tudo fez sentido para ela, memorias se passavam por sua cabeça, memorias que não eram dela, mas sim de seus verdadeiros pais, ela pode ver o caos e a guerra, o sangue de centenas derramado em cada arvore da floresta, agora ela podia ver quem ela era na verdade.

Flutuando para cima, até chegar à superfície ela encontrou a casa do lago envolto de toda a neve que podes imaginar, na qual ela pisou e não foi frio que sentiu, e sim um calor aconchegante, de passo em passo, ela se aproximava mais e mais até que a porta se abrisse. Quando colocou os pés no assoalho de madeira toda a casa começou a reluzir uma luz azul, na qual começou a se esvair e cobrir toda a floresta em volta, galhos começaram a se mover, o chão começou a tremer, algo estava por vir.

Enquanto entrava, notou um espelho, quando foi até ele percebeu que seus olhos não eram mais os dela e sim os de Markos, quando percebeu já se derramava em lagrimas, logo as secou para notar que si própria não era a mesma, a textura de sua pele até seus ossos não eram os mesmos, parecia assustador, mas quando procurava mais e mais em suas memorias ela se sentia cada vez mais confortável com todos os sentimentos e objetos em seu redor.

A casa por fora não aparentava ter o que tinha adentro, estava quase vazia, um único espelho em frente aporta perto de uma janela com cortinas brancas de cetim rendadas com raízes de arvores douradas, de passa em passo se próximo novamente ao espelho que já tinha usado antes, mas que a chamava novamente, viu que desta vez o reflexo estava turvo, com um de seus dedos de pouco em pouco tocou até perceber que não era vidro e sim água, água tão pura que poderia mostrar seu reflexo;

No espelho d´água estava escrito um nome na moldura da madeira, um nome que não era de fácil visão, mas ela poderia lê-lo fechando os olhos e o sentindo se letra em letra, enquanto tocava a gravura na madeira, ela pode sentir como se estivesse viajando, flutuando pelo céu, cada letra a poria mais alto que a outra, na ultima letra ela teve cegueira e  uma memoria a tomou por completo, estava no mesmo lugar, mas era era um bebe no colo de um homem, homem este que era seu pai de  e ao lado sua mãe  não os que a criaram, mas sim os que a afastaram de tudo isso, ela viu que sua mãe, de cabelos pretos e olhos verdes, mais branca que a própria neve quando refletia no sol, estava entalhado um nome no espelho, cujo nome era o verdadeira de sua filha.