Capítulo 12 - Ruínas

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Naruto observava a cidade do topo de um prédio, humanos lotavam as ruas e avenidas a baixo de si, perguntou-se se haveria alguma possibilidade de Hinata estar entre eles, concluiu que não e suspirou esperando.

Sentiu uma forte e conhecida energia surgir atrás de si e reconheceu o brilho intenso e característico chegar a seus olhos através de uma visão periférica. O corpo embebido em luz se aproximou até ficar ao seu lado e se revelou na forma de uma bonita e pequena mulher morena, de olhos castanhos e cabelos presos em dois coques perfeitamente simétricos.

- Obrigado por vir, Tenten. – Apesar de soar até um pouco frio devido a sua firmeza, seus olhos azuis traziam um brilho de verdadeira gratidão.

- Estou apenas fazendo um favor para um companheiro de batalha.

Ele assentiu e em seguida fez a pergunta que tanto ansiava por saber a resposta.

- Como ela está?

- Viva. – Tenten não parecia querer se aprofundar mais em suas informações.

- Eu esperava por uma resposta mais completa. – Ele admitiu.

Naruto estava estranhamente preocupado com Hinata, tinha um pressentimento ruim sobre o que estaria acontecendo a ela e isso nunca era bom, principalmente quando se tratava dos pressentimentos de um anjo. Como Hinata havia dito no dia em que ele foi embora, os dois estavam ligados um ao outro, naquele momento ele desejava que essa ligação fosse mais clara para que não precisasse da ajuda de Tenten para saber o que estava acontecendo na vida da Hyuuga.

- Eu não acho que seja uma boa ideia me aprofundar nesse assunto com você. – Ela disse de forma serena, porém firme. – Eu resolvi te ajudar porque já fomos parceiros por muito tempo, porque não quero que se perca nessa confusão de sentimentos por Hinata.

- Eu só quero saber.

- Se eu lhe disser que ela está com problemas o que você irá fazer? Correr atrás dela para ajudá-la e depois fugir de novo partindo o coração dela mais uma vez? Ou vai ficar lá e aguentar o peso das consequências de sua aproximação desmedida? Eu não acho que você tem força suficiente para fazer qualquer um dos dois, ou melhor, para lidar com as consequências de qualquer uma dessas alternativas.

- Eu estou preocupado com ela, Tenten! – Ele replicou, mas sabia que os argumentos dela eram mais válidos do que sua mera súplica por informação.

- Eu também estou, Naruto. – Ela suspirou e ele percebeu nos olhos dela uma preocupação que se estendia a além dele e que chegava à Hinata. – O que posso lhe dizer é que nesse momento Hinata está enfrentando um dos monstros escondidos no seu passado, cabe a ela enfrentá-lo, fugir dele mais uma vez ou desistir da batalha. Mas é uma decisão só dela, quando isso acabar eu lhe darei a notícia.

- O que você sabe sobre essa história? Não é a primeira vez que você parece saber muito mais do que me fala.

- Isso não importa agora.

- É claro que importa. Eu gosto dela, Tenten, e não quero que ela sofra, mas se eu não puder fazer nada então ao menos me deixe tomar conhecimento de sua vida, não quero que o tempo passe para ela sem eu nem ao menos souber o que está acontecendo... Deixe-me participar da vida dela, da vida de uma amiga, mesmo que na forma de um observador distante.

Tenten suspirou, como poderia negá-lo isso?

- Tem algo que eu não te contei quando você me pediu para ficar de olho nela. Minha história com Hinata remonta há um de seus ancestrais, há muitos anos atrás, contando pelo tempo humano.

O Pecado do AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora