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Nathan PoV

Quando eu acordo novamente, a Meredith não está na cama e eu sinto como se tivesse levado uma surra enorme, todo meu corpo dói depois da conversa que eu tive com a Meredith, ou que pelo menos, do que eu ouvi da Meredith e liberei a tensão que estava segurando há dias, parece que até minha respiração tá melhor, eu sei que está muito longe de superar o que eu senti sobre o desprezo da minha família, mas eu me sinto aliviado.

Levanto e vou pegar uma roupa pra tomar banho antes de ir procurar a Meredith, chego no meu quarto e a encontro sentada na cama, no meio de um monte de roupinhas bebê

- Eu me sinto em uma loja, definitivamente, eu quero algumas

Ela diz, eu sorrio, vou até lá e sento na cama

- Acho que exagerei

Ela ri

- Você me disse que dava pra devolver, então vamos fingir que você trouxe pra eu escolher

Pego uma meia, sério, isso é pequeno demais

- Eu fico imaginando essas coisinhas espalhadas pela casa

Eu digo olhando aquela pecinha

- Não é possível que juntando nós dois ainda não dê pra organizar pelo menos as roupas do bebê, Nathan

Assim que ela termina falar, nós dois observamos o quarto, dizer que tá bagunçado, não passa nem perto da realidade, caímos na risada

- A gente pode tentar

Eu digo, pego um macacão azul clarinho que está no colo dela

- Eu gostei desse

- Eu também

Eu observo a Meredith olhando pra roupinha e os olhos dela brilham, eu arrumo o cabelo dela atrás da orelha

- Você já é uma mãe incrível e eu tenho certeza que nosso bebê terá muito orgulho de você, obrigado por segurar a barra quando fica difícil pra mim

Os olhos dela vão ficando marejados a cada frase

- Não me faça chorar

Eu sorrio e a beijo

- Nós podemos ficar com a cadeirinha que vibra de 18 maneiras diferentes?

Eu pergunto e ela ri

- Isso é impossível

Levanto e vou pegar a caixa

- Tem várias inclinações, toca quinze melodias e tem bluetooth, tá vendo?

A Meredith ri

- Por que bluetooth é realmente essencial para um bebê

Ela diz

- Claro que é, vamos abrir essa?

- Você vai arrumar essa bagunça sozinho

- Onde está todo o companheirismo dessa vida que estamos começando juntos?

Eu pergunto em um tom de tragédia dramática, a Meredith cruza os braços

- Ok, eu arrumo, vamos abrir

Ela concorda e nós ficamos ali por um bom tempo.

***

Mais tarde, naquela noite, eu entro no quarto da Meredith e ela tá saindo do banho, só de roupão, eu sorrio e fico observando os movimentos dela pelo quarto

Amor em fases [CONCLUIDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora