Azriel estava em seu quarto observando os papéis com os relatórios de seus espiões. Só poderia dizer que estava observando mesmo, porque não havia conseguido ler uma única linha sequer. Como Rhysand convidara Helion sem que ele soubesse? O olhar que seu Grão Senhor lhe ofereceu fora estranho e ele suspeitou que aquilo tinha a ver com a ajuda que Rhys dissera que lhe daria com a questão da parceria de Elain. Mas, se fosse esse o caso, porque ele não lhe contou que chamaria Helion? Ele conhecia bem demais os amigos para saber que de nada adiantaria enviar suas sombras para tentar descobrir o que conversavam lá dentro, pois, além de barreiras, os Grão Senhores, tanto Rhys quanto Feyre estariam atentos a quaisquer sombras que entrassem para expulsá-las de lá. Seus pensamentos iam de uma hipótese a outra, ponderando o que eles poderiam estar conversando. Mas, ao final, chegou à conclusão que tinha a ver com a paternidade de Lucien e o fato de que Nerine estava grávida e, aquele olhar, significava apenas que teria que esperar um pouco mais.
Ele tentou se concentrar naqueles relatórios e, ainda que tenha conseguido ler as palavras, o que já era um avanço em relação a alguns minutos atrás, não conseguiu reter as informações. Então, Azriel acabou lendo a mesma frase dez vezes até desistir. Largou-se na cama, sem se importar em arrumar os papéis, e ficou olhando para o teto. Ainda que gostaria de estar sendo realista e se apegar ao fato de que Helion, provavelmente, estava ali apenas para conversar com o filho sobre reconhecer sua paternidade e anunciá-lo como seu legítimo herdeiro, Az não podia evitar que uma centelha de esperança permanecesse em seu peito. Não soube dizer quanto tempo se passou enquanto encarava o teto e tentava se convencer de que ter esperanças era bobagem. Até que, uma batida frenética em sua porta o arrasou de seus devaneios. Um pouco desorientado, devido ao susto, Azriel se levantou da cama e abriu a porta. Deparou-se com Elain, mais radiante do que nunca:- O que houve? - perguntou
- Lucien aceitou minha recusa à parceria - respondeu, com um sorriso enorme curvando-lhe os lábios
- O quê? - ele estava atônito demais para processar o que ela acabara de lhe dizer
- Podemos ficar juntos, sem nenhum impedimento, agora - disse e ela quase quicava no chão de tanta alegria.Então, a informação se assentou e ele começou a rir. Elain também começou a gargalhar. Seu coração acelerou, ainda não acreditava que aquilo era verdade e agradeceria a Rhysand mais tarde por ter cumprido a promessa que lhe fizera. Apesar de ter acreditado no amigo, não achou que ele tomaria uma providência tão rápido. Porém, naquele momento, Azriel tinha coisas mais urgentes a fazer. Ele puxou Elain para os seus braços e a beijou profundamente. Ela riu, mesmo com os lábios dos dois colados e passou os braços ao redor do pescoço dele. O encantador de sombras a apertou contra si, o membro já rígido contra as roupas. Os dois entraram em seu quarto e ele fechou a porta. Pouco lhe importava que havia outras pessoas na casa. Se seus amigos ficassem incomodados ou achassem que eles precisavam de privacidade, que fossem dar uma volta por Velaris. Depois de trancar a porta, Azriel deixou que Elain ficasse contra a porta, pois ela já estava ali mesmo. Ele, finalmente poderia sentir-lhe o corpo adequadamente outra vez. Ela ainda sorria e ele próprio não conseguia parar de sorrir. Estavam juntos. Finalmente poderiam ficar juntos.
- Elain... - tentou dizer, mas ela o interrompeu
- Eu sei. - e ela afundou as mãos em seus cabelosEle a beijou com todo amor e a paixão que precisou reprimir naqueles últimos meses. Agora, ele podia se libertar e reivindicá-la como vinha querendo. A partir daquele dia, Azriel nunca mais precisaria se frear ao beijar ou tocar Elain, pois ela era dele e ele era dela, para o resto da eternidade. Esse, definitivamente, era o melhor dia de sua vida. Acreditava que acontecera quando ouvira que ela o amava, mas saber que poderia amá-la e ser amado por Elain sem medo e sem reprimidas, empatava com a declaração dela. Az desceu uma das mãos para a bunda macia de Elain e, depois de apertar com suavidade, ele desceu para a coxa dela e fez uma leve pressão para subir a perna, para sentir a extensão do músculo abaixo. Ela enganchou a perna na dele e o puxou para mais perto de si. Elain estava tão faminta quanto ele e isso, por si só, o estava levando à loucura. Sabia que não era o único que estava incomodado com a distância que precisaram manter, mas jamais imaginaria que, por baixo do controle que demonstrava, Elain estava ardendo tanto quanto ele.
Ela passou a mão por baixo de sua camisa e a arrancou com uma rapidez surpreendente. Ele queria prová-la. Queria lembrar o gosto de Elain em todas as parte de seu corpo. Mas, permitiria que ela se satisfizesse, pois cada toque dela o levava ao delírio. Azriel, com único puxão, abriu o vestido da amada, que caiu pesadamente no chão. Não aguentava que houvesse tanto tecido entre eles. Com uma das mãos ainda na coxa dela, ele subiu a que estava em sua cintura para o seu seio e, como ocorrera da primeira vez, ele se encaixou perfeitamente em sua mão. O mamilo dela estava rígido e ela gemeu quando ele deu-lhe um suave aperto. Elain desceu as mãos e apertou-lhe a bunda e agora foi ele quem soltou um arquejo alto. Azriel sentiu o momento que ela passou as mãos pelo cos de sua calça e, irritado que a peça não saíra com a mesma facilidade com a qual o vestido dela foi ao chão, o mestre espião arrancou a calça, quase provocando um rasgo no tecido.
Ele já não aguentava mais não tê-la completamente unida a si, então, com suavidade, a ergueu do chão. Elain passou a perna que, até então, se encontrava no solo, ao redor dele e seu membro latejou com a contratação de que ela estava mais do que pronta para recebê-lo. Por conhecer a disposição dos móveis de seu quarto, Azriel evitou que os dois despencassem sobre o colchão e a deitou gentilmente. Elain, com uma das mãos ainda em sua nunca, para impedi-lo de descolar sua boca da dela, se arrastou mais para cima e ele subiu no colchão, para conseguir alcançá-la. Nos três dias que permaneceram na casa antiga, Elain aprendera como virá-los e, assim que ela trespassou novamente as pernas ao redor dele, Azriel mal registrou o momento que ela executou o movimento, somente quando se viu sob ela, com a cortina de cabelos castanho dourados de Elain ao redor dele, foi que a percepção chegou. Ela se levantou e tirou-lhe a cueca com uma facilidade impressionante. Voltou a beija-lo, porém, não ficou em sua boca por muito tempo. Elain começou uma deliciosa tortura com beijos e com suas mãos. Ela mordiscou sua mandíbula e foi descendo com beijos por seu pescoço, peitoral e abdômen. Azriel até cogitou erguê-la, para tomar-lhe a boca mais uma vez, mas assim que seu membro foi envolvido pelos lábios dela, todo e qualquer pensamento foi apagado de sua mente. Existia somente ele e Elain no mundo. O encantador de sombras só teve tempo de morder o lábio para evitar um urro antes de todo o seu corpo relaxar.
O rosto satisfeito de Elain apareceu em seu campo visual e ele a puxou para um beijo. Pouco se importava com o que acabara de acontecer, ele apenas queria beijar aquela fêmea que, de inúmeras maneiras, o deixava louco. Porém, agora que ela se divertira, era a vez dele. Az os virou e, com cuidado para não machucar Elain, ele levantou os braços dela acima da cabeça e a beijou mais intensamente. Saiu dos lábios macios dela e desceu para a mandíbula, depois foi para a orelha, onde deu uma leve mordida, e continuou descendo. Passou pelo pescoço, sendo inebriado pelo cheiro dela, misturado ao perfume que Elain usava e continuou admirando-a com beijos e carícias. Ela arfava a cada beijo. Azriel continuou seu percurso até chegar ao seio esquerdo dela, onde capturou o mamilo rijo com a boca. Estava contando os minutos para poder fazer aquilo novamente e ele se demoraria com ela. Todas as noites ao lado de Elain, sonhara com o dia que poderia adorá-la e, agora que estava livre para fazê-lo, não tinha pressa. Ela soltava pequenos gemidos e ele, sorrindo brincava com mesmo mamilo, com a língua e os dentes, percorreu a extensão da corpo de Elain, até chegar ao seu sexo e, ali, após afastar a calcinha dela, ele fez círculos preguiçosos. Sem pressa, Azriel mudou para o outro seio e fez a mesma coisa, apreciando cada momento e ouvindo a respiração de Elain ficar cada vez mais entrecortada. Ele colocou outro dedo dentro dela e sentiu o corpo da amada de contrair. A respiração de Elain ficou ainda mais acelerada e os gemidos mais altos. Continuou mexendo e brincando até que Elain precisasse sufocar um grito.
Sorrindo como uma criança, Azriel voltou os olhos para ela e encontrou Elain também o encarando. O amor em seus olhos castanhos o deixou desnorteado por um momento, apesar de saber que em seus próprios olhos o mesmo sentimento estava estampado. Ele engatinhou os poucos centímetros que faltavam para estar ao lado dela. Az apoiou a cabeça na mão esquerda e, com a direita, ele acariciou-lhe o rosto, afastando as mechas que estavam sobre suas feições. Não percebeu que estava sorrindo, até Elain perguntar:
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Corte de Flores e Sombra
Fiksi PenggemarNa iminência da guerra contra Hybern, foi Azriel quem trouxe Elain do transe causado pela falta de controle de suas visões e foi ele quem, com a assistência de Nuala e Cerridween, ajudou-a a vencer a depressão após o rompimento do noivado com Greyse...