CAPÍTULO VINTE E NOVE

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Você o que?

TOBIRAMA SENJU

À medida que tomávamos mais distância do prédio jounnin, algo parecia crescer dentro de mim, como se eu devesse parar no lugar imediatamente e retornar para aquele quarto, uma sensação incomoda perdurou todo o caminho, assim como o sentimento de deixar algo mal terminado. Será que é algo relacionado a ela...? Pela situação em que ela estava ontem...? Acho que devia ter feito ela esperar para poder falar com Hashirama sobre o que estava acontecendo. Droga, eu não deveria me preocupar, mas parece impossível não me sentir desolado por vê-la assim. Seu olhar estava morto, simplesmente morto.

Pelo menos ela vai embora e eu vou poder voltar a me sentir normal. Não vejo a hora de poder voltar a dormir tranquilo a noite. Essa Hatake é uma praga.

- Tobirama...? - ouvi a voz de Mito me resgatar de meus devaneios.

- Sim? - a olhei de relance.

- O que você acha de irmos ao Ichiraku mais tarde? Eu, Hashi e você.

- Bom... - olhei para o céu observando as nuvens sendo levadas de acordo com o vento - adiantei um pouco do serviço ontem, então posso ir.

- Ótimo! - bateu palminhas soltando um riso contente, a fitei com o cenho levemente franzido quando senti um certo deboche de sua parte.

- Que?

- Você anda todo sério metendo medo em todo mundo - riu cobrindo a boca - é um sarro!

- Não estou sério - voltei a olhar o caminho – estou bem normal.

- Se tem uma coisa que você não é, é normal – inclinei a cabeça para seu lado de forma tediosa – brincadeirinha! Mas assim, quando tiver uma criança correndo em casa vê se tenta sorrir mais... - apontou o dedo para meu nariz o rodeando – e evita fazer essa cara, por favor.

- Que cara? - questionei a encarando.

- Exatamente essa, e nem adianta me olhar assim, não tenho medo de você - sorriu, dei um tapa em seu dedo e voltei a caminhar.

- Só acho que não tem necessidade de ficar sorrindo tanto – expliquei para ela que me fitava com atenção.

- Como não? - uniu as sobrancelhas – por que não sorrir? - revirou os olhos.

- Não importa, não vai mudar nada de qualquer forma.

- Credo. Não consigo acreditar que você e meu marido são irmãos.

- Bom, isso já é uma questão interessante – disse irônico fazendo ela rir fraco, baixei o olhar pensando sobre mais cedo – acha que fiz bem em colocar a mão dela na sua barriga? - perguntei fazendo ela me fitar confusa.

- Da minha parte sim, por que? - franziu o cenho desviando olhar para a rua – está me perguntando por ela ter recuado...? - voltou seu olhar ao meu, fiquei constrangido por deixar tão evidente minha intenção e acabei quebrando o contato, e como resultado ouvi uma risadinha travessa - você mesmo viu a cara dela... Você fez bem – apertei os lábios entre os dentes segurando um sorriso ao lembrar da face corada dela ao sentir o neném chutar.

- Tem razão... - levei a mão ao rosto o esfregando, espantando aquela vontade Não bem-vinda.

- Mas por que está pensando nisso...? - a fitei de relance balançando a cabeça levemente – vamos! Você não ia falar nada se não houvesse algo que está... - se aproximou cutucando minha testa – exatamente aí!

I Kill You  +18Onde histórias criam vida. Descubra agora