17. VIDA SEGURA

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Julie's POV

          Eu nunca precisei me preocupar em viver um dia de cada vez, mas parece que agora essa é a minha realidade. Eu nunca sei o que vai acontecer no meu dia tendo o Luke Patterson como o meu parceiro de trabalho. Ontem o dia foi caótico, como anteontem e o anterior ao mesmo. Hoje estamos indo ao encontro da entrevista dos noivos que irão se casar daqui dois meses. A sessão de casamentos funciona dessa forma, eu leio os e-mails com as suas histórias e se eles me agradam eu agendo uma entrevista com os noivos para conhecê-los. Eu, modéstia parte, sinto que tenho um bom olho para isso, sei reconhecer um casal que tem potencial.

          Steve e Jennifer entraram em contato comigo me contando a sua história e eu vi algo diferente, eles estudaram juntos no ensino médio e se reencontraram na reunião de dez anos da turma deles. Ela disse que o viu com outros olhos, e eu acho que o tempo pode fazer o coração mudar.

         Estávamos os quatro sentados na mesa de um restaurante no meio da cidade, havíamos chegado atrasados porque o trânsito dessa cidade é horrível, mas agora já com as apresentações feitas eu os questionava sobre a sua história:

-Então, me contem mais, vocês disseram no e-mail que se conhecem desde muito novos.

         Isso vai ser bom.

Luke's POV

         Isso vai ser péssimo. Estávamos nesse restaurante entrevistando os noivos e tem alguma coisa que não está certo, e isso não passou quando o noivo ia responder a pergunta da Molina, mas foi interrompido pela sua noiva:

- Nós não somos um clichê, se for isso o que estão pensando, eu e o Stevezinho – Stevizinho?- éramos da mesma turma, porém com vidas totalmente diferentes, eu era a capitã das líderes de torcida e ele o maior nerd de todos. Nós não cruzamos caminho a não ser nas aulas, principalmente de química que ele me ajudou a passar.

          Parabéns Jennifer, você acabou de exemplificar o que é um clichê. Espero que a Molina esteja vendo isso, me viro para ela e ela parecia encantada, ah puta que me pariu, só pode ser brincadeira.

-Mas o que levou vocês a se darem uma chance? – minha parceira perguntou empolgada e eu continuei na esperança dela só estar sendo educada.

-Bom – a noiva começou a falar sem dar a oportunidade ao seu noivo – nós éramos crianças, eu namorava o Jack, o capitão do time de football – mas é claro que ela namorou – e eu achava que ele era o amor da minha vida, mas quando você tem 27 anos você entende o que realmente importa em uma pessoa, e quando o Stevezinho me contou tudo sobre a sua vida e como ele passou na MIT e hoje é apaixonado pela empresa que criou, eu senti que ele era o homem certo para mim, mas ele sempre soube que eu era mulher da sua vida, já que é apaixonado por mim desde aquela época, não é Stevezinho?

          Ele apenas concordou com a cabeça eeu olhava a Molina com aqueles olhos encantados e eu simplesmente não acreditoque ela caiu nessa história.

          Ele apenas concordou com a cabeça eeu olhava a Molina com aqueles olhos encantados e eu simplesmente não acreditoque ela caiu nessa história

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LADY MAY | AU JUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora