— Espera aí! Scorpius Malfoy é seu melhor amigo? – Kat perguntava curiosa a Rose. Apesar de ser sábado, as duas estavam trabalhando já que naquela manhã em questão haveria uma exposição de tendências da moda casamenteira e ambas precisavam registrar tudo para a próxima matéria do jornal. No momento, analisavam uma banca de margaridas e anotavam a tendência de arranjos da flor para a estação.
— Era meu melhor amigo na época de Hogwarts. Um mero estranho hoje em dia.
— Um mero estranho que te convidou para ser namorada dele ontem! – ela riu cutucando a amiga com seus ombros. – Me conta direito essa história! – implorou.
Rose revirou os olhos e lembrou da noite anterior.
— Ficou maluco, Scorpius? Que raio de ideia é essa da gente namorar? – ela perguntou perplexa a ele.
Ele reparou no rosto dela e em como suas orelhas estavam rosadas. Será que ela estava incomodada? Com vergonha? Ele não sabia, mas iria descobrir.
— Seria a solução perfeita! Você arranjaria um relacionamento para seu chefe te levar a sério e eu uma namorada que acabaria com meus avós. Além disso, você tem o sobrenome perfeito para afrontar eles!
Rose balançou negativamente a cabeça tentando entender o absurdo que ele havia acabado de lhe falar.
— Uma ótima solução. – soou sarcástica. – E onde fica o sentimento no meio dessa loucura toda?
Ele abriu um sorriso de triunfo o que fez Rose se irritar ainda mais.
— Não seria necessário ter sentimentos. Seria um namoro de mentira...
— Ok, agora você endoidou de vez! – constatou relando sua palma da mão na testa dele. – Com certeza está delirando de febre.
— Não estou delirando de febre.
— Então foi o álcool que subiu para sua cabeça!
Ela cruzou os braços e virou seu rosto na direção oposta a ele.
— Nunca estive tão lúcido em toda minha vida.
— Scorpius, essa história nunca daria certo!
— Eu sei que daria certo porque é com você. Minha amiga desde sempre, aquela que conheço desde os onze anos, a que entendo e me entende, mesmo ficando meses longe.
Ela suspirou cansada, mas resolveu dar uma chance àquela ideia maluca. O encarou novamente.
— Me explica direito como essa loucura iria funcionar. Por favor, use de lógica.
Ele concordou com a cabeça, sentou ereto na cadeira e começou a tentar explicar o que havia pensado.
— Bem, você acabou de me dizer que é um fracasso, que ainda mora com os seus pais, que odeia seu emprego e que seu chefe não te leva a sério só porque você não tem namorado e muito menos um marido... E eu preciso de uma namorada corajosa que coloque meus avós em seus devidos lugares.
Rose fechou seu rosto a ele. Tentou entender seu raciocínio, mas quanto mais pensava, mais achava que estava ouvindo um enredo de filme clichê.
— Acho que ainda não estou entendendo.
— É muito simples, Rose: seria um namoro de conveniência. Você tem seus interesses e eu tenho os meus, nosso namoro serviria apenas para outras pessoas acreditarem que estamos juntos. Acredito que, como somos amigos, isso não implicaria em nenhum tipo de constrangimento ou confusão.
Rose sabia bem o que acontecia nos filmes que assistia sobre o assunto, não era nada simples. Mas também eram só filmes, certo?
— Não sei se isso é uma boa ideia... Acho que não ficaria confortável morando com você. Porque, pelo que entendi, eu teria que morar com você, certo?
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FanfictionUma carreira brilhante porém com uma reputação questionável. Uma reputação invejável, com uma carreira frustrante. Mesmo depois de dez anos, ainda é possível aprender algo com um reencontro escolar? Talvez seja viável mudar toda a sua forma de enxer...