ATO I - Capitulo 11: Suuch, o rei da floresta

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ATO I - Capitulo 11: Suuch, o rei da floresta

Suuch

Sinto minha pele quente, e logo coçando, abro meus olhos para constar que dói muito, fecho novamente e abro para tentar me acostumar, meu quarto normalmente não é tão claro assim, sinto uma brisa fresca no rosto e no corpo, esfrego os olhos e estreito os olhos, mas o que… tento me levantar e vejo que meus braços estão normais, estou com a pele inteira, normal, está até mais bonita, olho em volta e estou mesmo em uma floresta, olho novamente para minhas mãos e elas estão com uma tinta vermelha, arregalo meus olhos, é sangue, ah meu Deus! Eu matei alguém? Olho em volta, e um rastro de sangue está atrás de mim, olho para mim mesmo, se tenho algum outro lugar sangrando…

Porque razão eu estou pelado?! Pelado mesmo, sem camisa, sem calça, sem cueca, me sinto um tarzan sem a folha para tampar. Preciso pensar, o que aconteceu ontem? Me levanto olhando para onde tinha o rastro de sangue, caminhei lentamene, eu preciso ter calma, estou desarmado e pelado, mas não consigo controlar minha respiração, estou ofegante, tá, eu me lembro que estava no meu quarto, com dor, que dia é hoje? Se é de manhã só pode ser segunda, eu teria dormido tanto assim? Pra ser outro dia? Tá legal, se é segunda-feira meu primo deve estar me procurando, olhando para o sol dá pra ver que não deve ser nem 8 da manhã, o sol não está muito forte para ser meio dia e muito não alto para ser mais tarde.

Sigo o rastro de sangue com cuidado, meu coração está sobrecarregado, engraçado que eu preciso de ar, mesmo estando em uma floresta, as arvores são tão gandes, mas onde estava era um circulo, onde não cresceu tantas arvores e o sol pode entrar pelas frestas das folhas, como ele ainda não estava tão alto e ainda claro sem a menor vontade de escurecer conclui que ainda era manhã. Coloquei minha mão na boca pensando o que eu iria fazer, senti como se tivesse algo nela, endurecido, arranhei minha boca para saber o que era, minhas unhas ficaram cheio de pedacinhos pequenos de algo vermelho, sangue, e como não estava fresco fazia tempo que eu matei e... comi?

Mais a frente tem uns 7 coelhos mortos e dois cervos, com o susto eu dou um passo para trás, engulo em seco, fui eu? Eu fiz isso? Não, não, não é possivel, não me lembro de fazer isso. Caminho para perto dessa pilha de massagre, todos os bichos tinha a cabeça mole, caida, com os olhos sem vida bem abertos, coloquei as mãos na cabeça, preciso pensar, preciso raciocinar o que houve aqui. Alguém me arrastou aqui.

— Seven, não tem graça, pode aparecer. — Coloquei a mão na frente, escondendo minhas partes, mas ninguém apareceu, eu não ouvia nada além do som da natureza. Do vendo batendo nas folhas, as folhas caindo delicadamente na terra e o som de água, talvez um riacho, talvez o mar. Mas não posso deixar esses animais assim, se caçadores virem aqui, não só Venators, mas caçadores, humanos, infelizmente ainda tem gente que mata animais, soa hipocrita, mas não posso deixar que vejam esses animais assim, tenho que fazer uma cova para cada um deles, enterrando suas peles com seus ossos, cada um deles tinham suas barrigas rasgadas, com tanto ódio, com tanta vontade, percebia que minhas mãos tremiam tanto, eu não sei o que aconteceu, e não parece que foi bom, não sei onde eu estou, mas vou seguir a água, sempre levam para algum lugar, nem que seja a praia, e espero que seja uma de nudismo.

As plantas dessas arvores são muito pequenas para eu conseguir me cobrir, não é modestia, mas elas são pequenas mesmo, não cobrem nem meu dedo indicador. Mas onde foi parar minhas calças? Sigo o som da água, eu não sei se está perto ou se estou ouvindo de muito longe, não consigo decifrar onde não tem civilização. Onde não tem pensamentos, sussurros, batimentos cardiacos. Conforme eu andava as arvores aumentavam suas distancias, até que eu chego em um morro, posso ver a água daqui, e a borda é com pedras, é o mar, pois não vejo seu fim no horizonte, olho para a direita e o caminho se estende até ter uma curva onde não posso ver mais, apesar do mar seguindo, mas para a esquerda não posso ver por causa das enormes pedras. E pedras para mim significam termino, talvez não tenha lugares habitados por aqui, então decido seguir pela direita, desço o morro e entro na água, que está gelada, meu corpo inteiro entra em choque, já que eu estava quente, lavo meu rosto e minhas mãos, se eu for encontrar alguém eu não posso parecer cheio de sangue. A água é limpa, eu posso ver os dedos dos meus pés daqui, então humanos não passaram por aqui ainda, se não, por outro lado, a água estaria suja, consigo ver meu reflexo e limpar toda a sujeira.

Venatio - Leitura Unificada - Seven & SuuchOnde histórias criam vida. Descubra agora