LOST JK + JM

Epígrafe

"Quando a última árvore tiver caído. Quando o último rio tiver secado. Quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come."

Naquela época muitas nações indígenas norte-americanas foram transferidas para o oeste do Rio Mississippi. Mas aquela a qual lhe deu uma casa, se encontrava em uma ilha não identificada no atlas, não muito longe de águas salgadas conhecidas.

Desfalecendo cada ser vivo marinho já existente por ali.

Aquela água na qual a criança chorava tão desesperadamente, os pulmões queimavam, as narinas estavam vermelhas e a chuva caía impiedosa encharcando cada tecido que a envolvia.

As últimas horas marcavam o tempo necessário para que as doses constantes de frio que seu pequeno corpo recebia dilacerassem seu esôfago, as lágrimas a cada sentença vocalizada por aquela única presença humana no meio do nada, chamava ainda mais atenção de possíveis predadores.

Um barco tentava a todo custo permanecer inteiro dentre tantas ondas furiosas.

Talvez aquela criança não teria parado ao relento se os progenitores não estivessem brigando no momento do caos.

Ela se auto intitulava preocupada ao citar os pais do marido ou imitar a forma como a sogra a repreendiam para soar responsável e madura, mesmo quando ambos sabiam quão distorcidos eram seus valores e motivações para fazer aquele casamento permanecer de pé.

Seria comovente se não o conhecesse ou aos seus pais há bons anos. Todo aquele espetáculo particular sobre como ela deveria parar de brigar com a sogra e ser uma boa mãe era somente uma desculpa dentro do seu leque interminável de pretextos ridículos para começar uma confusão, sempre naquele complexo doentio de caçar motivos para a deixar sozinha e, no dia seguinte, encher sua cabeça de palavras cansativas e munidas da mesma ladainha habitual, objetivando a atribuir a culpa por tudo de ruim que acontecia naquele casamento.

"Você é a causa de todos os pontos negativos do nosso casamento. Espero que saiba disso."

A íntegra daquele relacionamento era um ponto negativo.

A razão do acidente catastrófico naquela noite chuvosa tinha nome e sobrenome: Jeon Jung-Ho, marido de Lucci e pai de Jeon II. Acumulando todo aquele tempo de relacionamento, nenhum deles iria estabelecer mais que um raciocínio simples para entender que a culpa de tudo se dava pela incapacidade de permanecerem maduros a essa altura da vida e idade de cada um. Na presença da conduta abusiva de cada um, permeada por todos aqueles mecanismos de controle e psicologia reversa.

Há algum tempo incalculável, o título de recém casados rapidamente cedeu ao de casal problema. A companhia um do outro já não era agradável, seus beijos não eram mais significativos e sua mão na cabeça do filho não se configurava como nada além da forma mais viável de mostrar que era apenas uma mera obrigação e nada de afeto, como um alerta tosco e soberbo para que outras pessoas o idealize como o pai perfeito.

As farpas só duraram por mais cinco minutos até o garoto acordar.

- Ótimo, assustou o garoto.

- Faça ele calar a boca. Já é chato o suficiente ter que escutar suas reclamações histéricas na minha cabeça enquanto estamos em alto mar.

- Quero que você se exploda, Jeon J....

Aquele frase nunca foi terminada da maneira a qual pensara.

Com menos de dois minutos depois, aquele barco de madeiras velhas deslizava sem controle pelas águas, sendo levado por ondas raivosas, cheia de ferocidade.

A criança chorou com mais força.

Estavam mortos.

Caos.

Lamúria.

Derrota.

Ódio.

Dor.

Choro constante.

Velas.

Uma ferida.

...

Obs: Se você leu até aqui, saiba que os próximos capítulos podem conter cenas explícitas de violência, palvras de baixo calão, sex0 explícito, entre outros tipos de "advertências" . Essa é uma obra fictícia de ação, então leia por sua própria conta e risco.

Espero que gostem, não esqueçam de me seguir no insta, (Katt_youn). Ansiosa pelos surtos de vocês 💜💜💜👌