Hoje é sexta feira, dois dias desde que encontrei com o Plebeu no shopping e almoçamos.
Dois dias que não consigo dormir direito enquanto repasso tudo o que aconteceu naquele dia, a ligação que recebi de meu pai dizendo que Mia não esta melhorando, a maneira como aquilo me deixou tensa. Plebeu tocando em meu pulso, do mesmo jeito que faço todas as vezes que fico nervosa, quando ele pressionou o dedo sob a pinta, aquilo pareceu tão certo, e quando ele se despediu, quando seu pulso tocou ao meu, me senti inteira, como se aquele simples toque tivesse me completado, e então Mateus o chamou, e eu me afastei, e tudo voltou ao normal, tudo voltou a ser estranho, e fora de ordem.
Evito ao máximo conversar com a minha mãe, todas as vezes que papai ou Mia me liga, saio de perto dela para atender, ela que os ligue se quiser saber de algo.
Bruna me ligou há alguns minutos atrás, avisando que estava chegando em casa, que íamos sair, não gosto de sair de casa, mas gosto menos ainda de ficar em uma casa junto com minha mãe, sinto falto de casa, da minha casa, onde esta meu pai, onde esta minha irmã.
— Amiga, já são 20h e você ainda não esta pronta. — fala Bruna ao entrar pela porta.
— Claro que estou, essa sou eu pronta.
— Amiga, pensei que este vestido fosse uma camisola.
— Posso colocar jeans e tênis se você preferir — respondo indo em direção ao guarda-roupa.
— Não esta mais aqui quem falou — volto minha atenção para Bruna, e ela esta linda, seus olhos cor mel casam perfeitamente com seus cabelos loiros, as veias de seu pescoço sempre estão à vista, graças ao seu tom de pele, ela esta usando um vestido vermelho midi com a frente única e um decote nas costas, colado em seu corpo, valorizando cada uma de suas curvas.
Olho mais uma vez no espelho, e me sinto bem com o que vejo, estou usando um dos meus vestidos favoritos, amarelo, com as estampas em pequenas florzinhas boho, as alças são finas de amarrar, seu comprimento é de um palmo acima da coxa.
Me sinto feliz com este vestido, e me sinto ainda mais quando vou até o canto de minha cama, pegando meu par de tênis all star e colocando.
— Vamos, antes que eu desista.
— Você nunca abandona este tênis não é mesmo?! — fala Bruna enquanto me puxa pelo braço e me abraça.
— Não mesmo. — sorrio para ela, saio de seu abraço, caminho ao seu lado, estou muito menor do que ela, maldito seja quem inventou os saltos altos.
— Para onde estamos indo? — pergunto quando o taxi chega.
— Para uma festa.
— Não sei por que ainda pergunto.
Paramos enfrente a um barzinho, e percebo que esta tocando música ao vivo.
— Mudamos de ambiente hoje? — digo enquanto a cutuco na barriga.
— Sempre bom experimentar novos ares. — Olho para frente do bar, e vejo dois rapazes que conheço muito bem.
— Bruna... — olho para ela, indicando que acabei de perceber do que isso se trata.
— Vem, amiga, desce, tem dois rapazes bonitos nos esperando.
Plebeu está usando uma camisa preta de botão, com uma calça jeans preta, e coturno preto. Ele esta lindo.
— Seu cabelo é sempre tão perfeito assim? — pergunto a ele quando me aproximo.
— Posso te passar a marca do gel que uso se quiser, talvez ele de jeito em seus cachos rebeldes — ele responde se aproximando, me da um abraço de cumprimento, e deixa um beijo em meu ombro esquerdo.
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Dos sonhos eu sou o Amor
RomanceAVISO IMPORTANTE! Ao decorrer da narrativa, serão citadas questões como Abuso sexual, suicídio, vícios (uso de drogas e álcool). Peço que você leitor preste atenção, e caso seja uma leitura pesada, não leia. Tenho outras obras "leves" que vai fazer...