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Tw: aviso de gatilho!!


Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ

Sentou-se na escuridão, agarrando os lados de seu estomago como se estivessem em chamas. Seu corpo gritava para ela se mover, lutar, correr. Ela não podia, seu corpo estava paralisado de medo. Ela estremece e começa a mastigar o interior de sua bochecha até começar a sentir o gosto metálico de sangue entrando em contato com sua língua. Isso a fez se sentir viva, a fez se sentir real, quando ela provou seu próprio sangue, quando ela conseguiu sentir a dor, provando a si mesma que ela ainda era um ser humano tangível. E foi viciante, se machucar para se sentir viva, sangrar para se sentir humano.

E isso era algo que ele não podia dela.

Ela podia ouvir sua voz em seu ouvido, sussurrando em seu ouvido seu nome enquanto suas mãos viajavam lugares em seu corpo onde eram indesejáveis. Ela não podia gritar, não com uma arma apontada em sua cabeça e para a cabeça deles. Ela perdeu tudo, sua pureza, perdeu sua confiança..., mas não podia perder eles.

Ela sentiu a ponta afiada afundar em seu lado, ele riu satisfeitos com seus gemidos de dor que era a única coisa que ele conseguia tirar dela ainda.

"você é minha agora "ele murmurou enquanto sua mão suada apertava sua mandíbula marcando seus dedos afiados em sua pele...

Ela acordou de seu pesadelo em um salto, uma camada de suor deslizando sobre sua pele gelada e tremula, seu pulmão estava apertando causando uma sensação de queimação, ela respirava cada vez mais rápido em procura de ar, ela se assustou quando um par de braços passaram por seu estomago a apertando firme.

-Shhh, foi só um sonho- Ela se acalmou quando escutou a voz de sua abuela, suas mãos faziam carinho em seu cabelo molhado.

Veronica olhou ao redor para perceber que Elena e Alex já haviam saído para a escola e Schneider com certeza já estava com outra mulher em seu apartamento.

Ela ainda sentia Lydia passando os dedos pelo seu cabelo castanho enquanto ela ainda tentava respirar normalmente e profundamente.

Já se passaram quase 8 anos desde que ele aconteceu, e cada vez que ela sonhava ou tinha um flashback, parecia que era ontem, ela ainda sentia as mãos dele como fantasmas. Ela havia tentado de tudo, desde que Holt e Hotch a resgataram ela foi a terapias, tentou mudar de nome, mudar a aparência, mas o que fazia ela esquecer era os arranhões que ela dava a si mesma em crises, arranhões que muitas vezes era capaz de tirar sangue, a sensação da lâmina em sua pele, tudo isso a fazia se sentir viva.

E ela odiava se sentir viva daquele jeito.






-O que você está fazendo? – Perguntou Verônica ao observar o capitão Holt com os olhos semicerrados.

Logo depois de se acalmar e perceber que estava atrasada ela foi ao encontro de Holt no lado de fora do 99º distrito para entrarem juntos, já que os dois eram novos. Verônica gostou da tentativa do capitão Holt de fazer sua transferência do FBI mais confortável o possível. Eles tinham uma relação entre pai e filha, igual a dela com o Hotch. Mas cumprimentá-la com um sorriso tenso a deixou mais nervosa.

-De acordo com estudos recentes, o ato físico sorrir pode melhorar o humor. Achei que isso a ajudaria a se sentir mais confortável com sua transferência Julieta. Sei que pode ser difícil- Poucas pessoas a chamaram de Julieta, ela considera esse nome uma chave para as pessoas verem quem ela realmente é.

Verônica deu um sorriso após ele desajeitamento a abraçar fortemente.

-Obrigada, mas acho que não vai funcionar.

DEADSHOT ___ J. PeraltaOnde histórias criam vida. Descubra agora