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Verônica amava e odiava esconder seus pecados quando os raios de sol raiavam anunciando um novo dia

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Verônica amava e odiava esconder seus pecados quando os raios de sol raiavam anunciando um novo dia. Sentia que fazia isso quando escondia sua cara com seu edredom, procurando não ser perturbada com um novo dia.

Quando sua memória voltava fervorosamente ao seu consciente, seu coração palpitou e sua bochecha possuía uma coloração avermelhada, entretanto um grande sorriso preencheu seu rosto. Por debaixo das cobertas conseguiu ver os cabelos dourados de Spencer esparramados no travesseiro branco, dando mais vida aquela cena.

Ela sentiu vontade de tocá-lo só para ter a sensação se era real ou uma fantasia. Depois de alguns momentos resolveu sair debaixo do edredom, seu peito estava nu, por isso pegou uma camisa enorme que pertencia ao homem com xicaras de café enfeitando a frente da roupa. Quando se vestiu Verônica já não sabia mais o que fazer, o olhando sentiu vontade pegar as chaves e o deixar, pois seria melhor do que enfrentar uma nova confusão.

Ela poderia fazer isso, fugir em um carro de fuga. Ela quis gritar, mas não podia, iria acordá-lo, ou ela poderia gritar, assim o assustaria e ele a abandonaria. Não, ela poderia se jogar pela janela assim ele iria atrás dela e se sentiria culpado por algo que a relação dos dois causou.

Ideias estupidas, ela se sentiu estupida, ela era estupida

Então em vez disso, pegou o livro "Pessoas normais" de Sally Rooney na estante da sala, e junto com uma xícara de café voltou para o quarto agora totalmente iluminado, optou por se sentar em uma cadeira incrivelmente acolchoada, e ali ficou.

Olhou para o relógio, 6:30 da manhã, ainda tinha um bom tempo para ficar em sua casa, até voltar para a delegacia.

Leu com toda sua vontade o livro que estava em seu colo, escutando os roncos suaves e quase ignoráveis de Spencer, até que grifou uma frase peculiar para ela:

"Ela nunca se acreditou adequada para ser amada por qualquer pessoa. Mas agora ela tem uma nova vida, da qual este é o primeiro momento, e mesmo depois de muitos anos ela ainda pensará: Sim, foi isso, o começo da minha vida."

Respirou profundamente, e fechou o livro.

Verônica se sentiu assim, imersa em um vazio eterno, e quando olhava para as costas nuas de Spencer questionou, ela nunca se sentiu adequada para ser amada, mas Spencer afirmou que a amava, e ela o ama, mas e se for apenas uma grande mentira, se tudo o que ele quer é preencher um vazio que ele causou? Ou ela está querendo preencher um vazio que um dia foi dele.

DEADSHOT ___ J. PeraltaOnde histórias criam vida. Descubra agora