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Jake     Verônica

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O suor fazia caminho por suas costas causando arrepios por onde deixava sua marca, seu coração martela em seu peito..., mas porque ela não conseguia acordar?

As imagens daquele dia sádico passando em sua mente como um filme de terror, as marcas florescendo novamente como fogo em seu corpo, o medo passando em um sopro. Tudo estava do jeito do ultimo pesadelo, Verônica poderia dizer que aquela sala iluminada pela luz vermelha e a luz da lua era o lugar que ela mais frequentava. Ela esperou pelo o homem aparecer em seu pesadelo, mas só oque conseguiu ouvir foi um barulho irritante e contínuo do que parecia ser um monte de instrumentos, e foi aí que ela conseguiu abrir os olhos

Seus olhos cansados encarou o teto de seu quarto, ela os fechou novamente quando o barulho de seu despertador ainda fazia sua presença. Ela até poderia dizer que a coisa mais difícil do mundo é acordar cedo, ou trabalhar, mas ela pensa que a pior coisa do mundo é viver. Algumas pessoas dizem que a pior coisa do mundo é pagar boleto, outras dizem que são séries para adolescente, mas sinceramente, a pior coisa do mundo é viver, porque se você não estivesse viva nada seria tão complicado

Ela se tirou de suas confusões quando viu uma abuelita cansada e irritada atravessar seu quarto com um martelo em mãos, Verônica a olhou confusa e alerta, abuelita e martelo não era uma combinação que você gostaria de ver, a garota se apoiou na cama com seus cotovelos, mas antes de falar qualquer coisa abuelita pegou seu martelo e quebrou o despertador que até agora estava tocando. As duas mulheres se encaram, Verônica ainda tentando entender, e Lydia satisfeita

_-Buenos dias hija_- e com um sorriso abuelita saiu do quarto balançando o martelo em suas mãos

Verônica levantou balançando a cabeça para desfazer seu coque mal feito na noite passada, em falar na noite passada ela se lembra de como praticamente implorou a Jake para não entrar em seu prédio, ela sabia como abuelita ia ficar em cima dele querendo marcar o casório dos dois, como ela fez com todos os homens que já fizeram amizade com ela, infelizmente abuelita tinha ainda os costumes preconceituosos com os quais ela cresceu em sua vida em cuba. Ela saiu do banheiro com uma toalha em suas mãos esfregando as pontas de seus cabelos

Ela atravessou o corredor e foi em direção a cozinha, não se surpreendendo em ver todos em suas cadeiras, até Schneider estava lá, a família praticamente adotou o homem, ele era um irmão para Verônica

_-Buenos dias—Verônica disse passando por trás de abuelita para pegar uma torrada, e aproveitando dando um beijo na bochecha da mesma, ela foi e deu um beijo na bochecha de todos na mesa

_-Mami, fui escolhida para ser a capitã da equipe de debates, interessante não? Mas abuelita só quer falar sobre a quinceañeras_- Elena disse sorrindo falsamente, abuelita ignorou o olhar matador de Elena, Verônica suspirou lembrando do tema da festa de sua irmã

_-Ela tem que ter uma quinces. Senão, como saberemos quando nossa menina virou mulher? _- Lydia falou, Verônica levantou da mesa bagunçando o cabelo de Alex no caminho, fazendo o menino soltar um gritinho e ir até o banheiro arrumar novamente

_-Você perdeu. Tinha 12, era aula de Ed. Física, e, ironicamente, eu estava de vermelho_- Elena disse sorrindo para abuelita, já a qual desviou o olhar de sua neta suspirando, Verônica já sabendo oque iria acontecer foi até ela para prevenir que Lydia falasse algo que magoaria Elena, ela olhou para Schneider que até agora estava rindo de toda situação, ele entendeu o olhar mortal que sua melhor amiga estava enviando e foi ao socorro

DEADSHOT ___ J. PeraltaOnde histórias criam vida. Descubra agora