Anjos

O treinamento

Com o desaparecimento dos humanos com poderes vieram preocupações aos anjos, pois não sabiam e nem faziam a menor idéia de onde estavam ou o que havia acontecido a eles.

Não houve um único aparecimento de um único deles e até um tempo atrás eram inimigos uns dos outros.

Ao procurar por todos os lugares do mundo e perceberem que já havia passado meses sem um único rastro de qualquer um deles Muriel e Jezreel pensaram que seu plano havia dado certo, mas encontraram todas as adagas dentro dos baús e foram consultar o Supremo Ser, que confirmou que o problema não estava resolvido, mas como havia dito antes não iria interferir, pois era problema deles.

Outros anjos aceitaram ajudar, pois não foram proibidos e devido a não terem uma luta significativa há milênios estavam curiosos a respeito dos novos seres, especialmente depois de verem Miguel lutar e se encontrar com problemas contra um deles.

Queriam testar e ver até aonde iriam suas capacidades.

Enquanto isso, na cidade criada, os Elucidati treinavam seus poderes e desenvolviam técnicas de combate, aproveitando e amplificando duas habilidades, criando combinações e mais combinações de ataques baseados tanto nas habilidades gerais quanto nas específicas.

Muitos descobriram até mesmo novas habilidades, outros aperfeiçoaram as que já tinham e devido a estarem num lugar próprio não precisavam controlar seus poderes e pelo fato de serem virtualmente imortais não precisavam ter pena de usar todo tipo de táticas de ataque ou de machucar e ser machucados.

O treinamento era tão intenso e o comprometimento estava tão grande que ficavam ali por dias sem parar e já não percebiam a passagem do tempo. Estavam todos bem mais fortes do que eram anteriormente, mas achavam que ainda não estavam prontos para uma batalha daquela magnitude.

Tendo noção de que poderiam inclusive ser mortos pelos anjos celestiais sabiam que para eles aquilo representaria viver ou morrer e pelo que ouviram falar a respeito dos anjos sabiam que enfrentariam seres de poder imenso, talvez até mesmo fora dos limites da imaginação.

Nos campos de treinamento cada golpe dado era pior que a explosão de bombas nucleares, mas devido a estarem numa área projetada e criada por eles em uma dimensão alternativa não poderiam ser detectados e nem incomodados, não sem a interferência do Supremo Ser, que por sorte se recusava a se meter nos assuntos, detalhe o qual eles não sabiam.

Conforme testavam seus poderes e seus limites descobriram que estavam divididos em classes e Joshua e outros, por conhecerem os livros de Enoque perceberam divisões bem parecidas com as descrições dos seguintes tipos: anjos, arcanjos, querubins, serafins, animais sagrados, principados e potestades.

Ao ver estas diferenças aplicadas também ao lado "trevas" começaram assim as divisões de classes para definir que papel cada um teria na batalha e em que lugar do campo ficariam, mas pelo conhecimento que tinham achavam que os lados diferentes não poderiam trabalhar em conjunto, até que Diego se manifestou.

- Mas é evidente que vocês estão totalmente equivocados com essa ideia idiota de que não podemos trabalhar juntos, afinal de contas estamos aqui esse tempo todo e tudo tem dado certo.

- Sinto muito, mas tenho que discordar de você, Diego. Nós somos iguais aos celestes, portanto não podemos nos combinar com a espécie oposta assim como eles não podem. Disse Joshua.

- Eu não estou gostando do Tom dessa história e sinceramente até aqui temos feito tudo certo, portanto não venha com essa de simplesmente dizer que por sermos diferentes não vai dar certo porque eu não sou obrigado a aceitar isso e nenhum de nós é. Disse Abadom.