5 - A Rainha Que Cada Um Merece 🌛

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" Cuidado com ela,Pois má foi aquela,Que um dia reinou"

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" Cuidado com ela,
Pois má foi aquela,
Que um dia reinou".

Assim que Dorion havia saído da sala do trono dos Reis, o lugar se encheu do som de risadas altas, e menções de "agora sim estamos bem" aquilo enfureceu Marce de um jeito que ela queria sufocar cada um ali presente, não importava se fossem seus novos aliados, afinal ainda não havia motivos o suficiente para comemorar, não até Silas Reis quebrar toda aquela pose de arrogante, aí sim poderia comemorar.

Marce suspirou fundo com o pensamento, quando se lembrou que por agora não podia dar bobeira, tinha que construir uma fama boa e louvável, ou seja, nada de mais corpos, por enquanto tinha que se satisfazer com a caída dos seus inimigos que ainda estava fresca na memória, então não podia se dar ao luxo de esbanjar mais.

Marce se irritou, não lhe agradava nada andar na linha, não depois de tanta decepção, mas por via das dúvidas teria que ficar somente com a parte de mostrar quem é que manda, e isso ela sabia fazer muito bem.

— JÁ CHEGA — ela falou em alto e bom som mandando uma onda de magia que instantaneamente gelou o ambiente, o que calou a todos, e voltou a atenção dos presentes para ela — olha eu agradeço imensamente a ajuda de todos os presentes nos eventos anteriores, e como ato supremo de minha benevolência, deixo a mão de vocês, todas as riquezas que conseguirem encontrar — a sala voltou a se cercar de vozes animadas, e Marce precisou elevar o tom da voz — exceto ao que tiver nos quartos dos Reis, esse eu irei inspecionar um por um antes de deixá-los em vossas mãos.

— Espero que não entenda mal minha pergunta — disse Taylor se aproximando — mas o que busca, acaso tem algo a ver com nosso hóspede nas masmorras ? — Marce sorriu de forma cínica.

— Exato meu caro, busco qualquer coisa que possa quebrar aquele infeliz, seja uma foto, uma joia ou o que for, quero destruir a alma de Silas Reis antes de o matar.

— Como queira vossa majestade — ele se curvou fazendo uma reverência à mais nova rainha.

Satisfeita em como as circunstâncias estavam indo, Marce se sentou no trono, onde apesar do pouco tempo que havia estado já se sentia segura.

Dez minutos depois, quando todos os seus novos soldados haviam se retirado para aproveitar o espólio dos Reis, restando apenas Taylor Mc'arthur com suas três impiedosas espadas nas costas, ele falou.

— Parabéns Marce, se saiu bem em sua vingança.

— Tão breve também vai ter a sua.

— Assim espero, depois que dei um fim naqueles miseráveis, parece que dobraram a segurança, preciso logo daquele trouxa que me prometeu para arrancar o sorrisinho de todos eles o mais breve possível, não permito que continuem vivendo tão normalmente.

— Só tenha paciência Mc'arthur, não é fácil destruir o psicológico de alguém a ponto dele fazer qualquer coisa para trair sua antiga vida — Taylor respirou fundo e sorriu de forma forçada.

— Você tem uma astúcia que me surpreende, não é atoa que e uma Reis — ele comentou como quem não quer nada, e sequer viu quando foi jogado com força na parede mais próxima pela magia de Marce.

— Pelo bem da nossa amizade, nunca mais me chame assim — ela falou brava.

— Desculpe, Marce — Disse Taylor saindo do buraco que tinha feito na parede e se limpando da sujeira, não queria brigar com ela, não agora que tudo estava tão bem encaminhado.

— Mas enfim, enquanto minha vingança não chega, tenho outras prioridades.

— E o que seria ? — ela perguntou curiosa.

— Curiosidade científica, aquele ancião que veio aqui tinha uma magia estranha.

— E por estranho quer dizer o que ? Por que eu não notei nada.

— Existe uma diferença de magia normal para magia escura, era como se ao invés de uma pessoa fossem duas.

— Deve estar delirando, não tem como algo assim acontecer.

— Seja como for, é melhor do que ficar aqui procurando tralhas com aquele bando de marmanjo — Marce riu.

— Então boa sorte com a sua caça — ele deu um sorriso contido.

— Boa sorte com a sua também — dizendo isso ele se retirou.

Marce ficou ali por mais um tempo aproveitando a vista do que era o golpe mais bem dado de toda sua vida, e quando se cansou, ela levantou tranquilamente do trono, e foi para a ala do quarto dos Reis, que como havia ordenado estava intocada.

A mais nova rainha andou até a primeira porta de madeira que havia perto das escadas e respirou fundo, no entanto quando sua mão seguia em direção a maçaneta, um tremor de raiva subiu por seu corpo, e foi impossível frear as lembranças que tanto queria esquecer.

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