7 - Noites Tendenciosas A Maldades 2 🌛

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Marce não estava tão necessitada assim de usar o banheiro, na verdade era só uma desculpa para sair de perto da mãe, porque sua magia estava dando sinais de querer sair do controle devido ao excesso de animações que estava passando, mas pouco depo...

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Marce não estava tão necessitada assim de usar o banheiro, na verdade era só uma desculpa para sair de perto da mãe, porque sua magia estava dando sinais de querer sair do controle devido ao excesso de animações que estava passando, mas pouco depois de passar pela porta do banheiro, seu controle já havia retornado, então tudo que fez foi apenas lavar as mãos, e voltar animada na direção da mãe, mas parou quando viu pela janela que ela não estava mais sozinha.

— O que faz aqui ? — sua mãe perguntou brava.

— O que você faz aqui ? — ele falou com uma voz indecifrável — sumiu por tanto tempo — Louise riu de forma seca.

— Não vai me dizer que não sabe — ela debochou.

— O que ?

— Não se faça de sonso Silas.

— A garota, quem era ? — ele perguntou com um misto de emoções na voz.

— Ninguém que te interessa — falou servera.

— Ela te chamou de mãe — Louise ficou pálida.

Nessa altura, Marce sem ver já estava do lado de fora junto do garçom com seus perdidos, que pouco foi notado pela garota, pois ela reparava no homem a sua frente, nos pequenos detalhes que tanto eram parecidos consigo.

Louise vendo que a filha havia voltado, saiu como um raio da cadeira, pegou os pedidos, e arrastou a filha para bem longe de Silas.

O passeio não durou um segundo a mais depois daquele encontro, Silas só a deixou ir porque sabia bem a posição que se encontrava, e Louise só não ficou mais porque sabia os perigos que tinha deixar Marce com aquela família miserável por perto.

...

Naquela noite, mãe e filha se estranharam pela primeira vez, porque Louise se recusava em responder as perguntas da filha, e Marce já estava juntando os detalhes o suficiente para ter uma suspeita de que algo na história da mãe não estava certo.

Uma semana depois se mudaram para um lugar que Marce nunca havia ouvido falar, e a vida das duas nunca mais foi a mesma.

....

Silas depois do encontro que teve com Louise, buscou de forma discreta investigar sobre a vida dela, mas todos os resultados sumiram de forma "inexplicável".

Foram longos anos assim até obter alguma resposta,  enquanto isso ele foi levando a vida que ficava cada vez mais presa a dos pais, mal sabendo ele que o estrago já estava sendo feito na mente de Marce.
...

Marce não entendia porque a mãe estava agindo daquela forma, como se tivesse fugindo, primeiro daquele homem, depois da cidade, e por último se negando a dizer o que estava acontecendo.

No fundo ela já suspeitava o que fosse, mas a recusa da mãe de dizer algo deixava a pequena louca, e com a sensação de estar sendo enganada, ela odiava se sentir assim, ainda mais envolvendo algo que ela sempre sentiu falta, um pai.

Mas no fundo, em sua ingenuidade, ela ainda torcia que fosse coisa de sua mente, que sua mãe não teria motivos para esconder algo tão grave de si, ou teria ?

Eram tantos dilemas caindo em cima de sua vida de uma vez, que Marce já não estava mas tendo paciência para toda aquela enrolação da mãe, seu gênio forte não lhe permitia, tanto que depois de ser mudarem a pequena mal parou em casa, sempre buscando motivos para estender a volta, e Louise que estava a cada dia mais depressiva simplesmente deixou, porque assim não teria que inventar desculpas para não dizer a filha a verdade.

Foi em uma dessas escapadas que finalmente conheceu Taylor, a princípio ele parecia apenas um menino comum, mas Taylor tinha problemas que nenhum outro humano teria.

Taylor Mc'arthur era um jovem que havia se perdido dos reinos da lua vermelha, e sofria por ser diferente, e mesmo tentando de tudo para se encaixar a desconfiança estava sempre presente, até que um dia ele simplesmente parou de tentar agradar, e se rendeu ao seu pior lado.

Marce foi outra que não demorou muito a se render ao seu pior, pois sem ter quem lhe auxiliasse corretamente como guia seu espírito forte, ela só foi se deixando levar.

....

Louise quando viu que a filha andava por rumos incertos, tentou compensar suas falhas em uma certa noite de lua cheia.

Sua filha já não era mais criança, podia entender com facilidade tudo que abriu mão para lhe dar segurança, além de que sua saúde já não era mais como antes, mesmo estando no auge dos seus trinta e dois anos, a vida havia cobrado muito de si ao vivê-la com medo de que tudo pudesse dar errado, ou triste pela situação ter chegado ao ponto que estava, e nesse embaraço de emoções não ter reservado nenhum tempo para si.

Determinada a consertar pelo menos o que havia feito de errado com a filha, Louise a havia esperado até bem mais tarde aquela noite para conversarem, o que deixou Marce bastante surpresa.

— Mamãe.

— Oi filha.

— Está tudo bem ? — ela se remexeu inquieta no sofá, estar tudo bem era algo que não estava há muitos anos, mas mesmo assim ela sorriu terna e falou.

— Sim está, é que faz tempo que não conversamos, senta aí preciso lhe dizer algo.

Marce vendo a seriedade da situação se sentou, e ouviu da mãe tudo que ela havia deixado de lado em seus pequenos relatos sobre si, e entre as lágrimas de Louise a jovem entendeu que suas suspeitas já não eram mais suspeitas, e toda sua raiva acumulada ao longo dos anos já tinha um alvo, os Reis, eles tinham que pagar pelo que fizeram a vida dela, claro que também não aprovava a mãe ter escondido tudo de si, mas ela foi a única que esteve ao seu lado, e entendendo agora tudo o que ela havia passado, não tinha como continuar irritada com ela, já os Reis eram outra história, eles haviam passado dos limites, ela pensava furiosa enquanto ia se deitar naquela mesma noite.

Na manhã seguinte com a cabeça mais fria, Marce já estava disposta a relevar algumas coisas, sempre teve vontade de ter um pai, então naquele dia depois aconselhar Taylor a se livrar dos seus problemas no segundo encontro que tiveram, ela tentou se dar uma chance, e não saiu nada como queria.

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