Capítulo Vinte e Seis - Livro 2

789 84 92
                                    

*Adrien*

- Pede dois hamburgueres ai Nino, preciso atender o telefone já tocou três vezes.

Ele assentiu e foi para a fila de lanches e eu fui retornar a chamada, atenderam na hora.

- Alô?

- Senhor Agreste? Sou eu, Alíce.

Olhei o visor do celular e juntei as sobrancelhas, o número ela desconhecido - Por que está ligando de outro número?

- Esse é o celular é da Heloísa, ela está tentando te ligar a horas e....

Sai da praça de alimentação e fui para a ala onde ficavam os banheiros - Alíce fala devagar, eu não estou entendendo, você está agitada? Aconteceu alguma coisa?

- A Heloísa deixou o celular comigo e foi levar a sua esposa no hospital.

- Foi o quê? O que aconteceu com a Marinette?

- Ah senhor vai pro hospital saber.

Ela me passou o endereço, eu desliguei e corri para a praça de alimentação e fui até Nino empurrando todo mundo da fila.

- Adrien, que bom que voltou, você quer milshake de morango ou de.....

Puxei ele e acabamos derrumando alguns lanches, após muito palavrão e correria nós chegamos ao estacionamento e entramos no carro, dei partida e corri com o mesmo, Nino me olhava de olhos arregalados enquanto colocava o cinto.

- Mas o que aconteceu?

- É a Marinette.....

- O que ela tem? É com o meu sobrinho? - ele se desesperou.

- Vamos saber assim que chegarmos no hospital.

Enquanto eu corria com o carro, Nino passava informações para Alya, era possível ouvir seus gritos, logo chegamos ao hospital e eu corri até a recepcionista.

- Marinette Agreste Dupain-Cheng, cadê ela?

Ela olhou uns papéis.

- Está na sala 14 mas o senhor mão pode.....

Corri até lá e abri silenciosamente a porta.

- Eu recomendo que você faça meditações, tome banhos mornos e ouvindo músicas, dê passeios calmos ao ar livre nem que seja só uma voltinha e um piquenique no jardim de casa. Você só não pode se estressar para não prejudicar seus bebês.

Ela assentiu, meu coração estava acelerado e eu ofegante.

- Adrien?

- Desculpe, fiquei muito preocupado.

- Eu entendo, senhor, mas se fosse grave te avisariam, não pode entrar bo consultório assim.

- Mil perdões mas....eu posso falar com a minha mulher? Prometo que serei rápido.

Ele hesitou mas acabou cedendo, cheguei perto dela e segurei sua mão.

- Amor o que aconteceu? Alíce me ligou super nervosa.

- Helô não conseguia falar com você de jeito nenhum, onde estava?

- Com Nino comprando seu lanche no shopping, ele deve estar com a Heloísa na sala de espera, o que aconteceu?

- A Lila foi na empresa e ameaçou a vida dos nossos filhos.

Isso era um absurdo, Lila havia quebrado todos os limites possíveis.

- Isso é um absurdo, eu vou até ela.

Me virei e senti sua mão macia e gelada me segurar.

- Não, por favor.

- Desculpa amor.

Beijei sua testa e sai, Nino estava entregando um copo de café para Heloísa e ao me ver correu até mim, entrei no carro sem esperá-lo e ele me acompanhou.

- Onde vamos?

- Lila. Você espera no carro.



Chegamos na casa dela e bati, Lila abriu e quando me viu abriu um sorriso.

- Adr.....- segurei-a pelo pescoço e entrei, a garota de olhos esmeralda alcançou um tom escuro e cheio de pavor com minha atitude, fechei a porta com o pé e empurrei Lila até encostá-la na parede mais próxima.

- Quem você pensa que é para sonhar em tocar em um fio de cabelo das minha crianças? - minha voz havia tomado um tom assustador que nem eu mesmo sabia que tinha e acabou surpreendendo nós dois.

- Adrien eu não.....

- EU PERGUNTEI QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA SONHAR EM TOCAR EM UM FIO DE CABELO DOS MEUS FILHOS SUA MALUCA DESMIOLADA - vi uma lágrima escorrer pelo canto de seu olho então a soltei, não por pena mas por sentir uma dor forte na cintura coloquei a mão e percebi que estava molhado, me afastei rapidamente de Lila e vi que a morena possuia uma faca na mão direita toda suja.

Suja com meu sangue.

- Você me esfaqueou?

Perguntei olhando a minha blusa que antes era branca agora estava tonalizada em vermelho.

- Cuidado antes de me ameaçar.

Ela riu e saiu de cena, conhecia a casa dela e sabia que ela tinha saído pela porta de trás, apenas gritei alto na esperança que alguém me entendesse enquanto pressionava com força o corte.
Minha cabeça girou e um filme passou pela minha cabeça, sabia que tinha agido errado com Lila, mas não poderia permitir que mais nada e nem ninguém destruísse a única família que eu tinha.
Estava tudo meio embaçado e a última coisa que vi depois que cai e bati a cabeça no chão foram os pés de Nino correndo em minha direção antes de desmaiar.

Miraculous: Um Internato - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora